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Thronebreaker: The Witcher Tales – Muito mais que um jogo de cartas | Análise

Analisado no PC

 

Thronebreaker: The Witcher Tales, desenvolvido pela CD Project RED, que também nos trouxe a saga The Witcher traz novos desafios tanto morais pelo seu sistema de escolhas quanto estratégicos em sua mecânica de batalhas. Servindo como uma ótima experiência single player e uma introdução ao jogo multiplayer Gwent, da mesma desenvolvedora, Thronebreaker é uma boa pedida para jogadores com interesses em puzzles, jogos de carta e um bom roteiro.

A história do jogo nos leva anos antes dos acontecimentos em The Witcher, em uma história alternativa com foco principal na rainha de Lyria e Rivia, Meve, uma líder forte e orgulhosa dotada de uma ótima intuição. No controle de Meve, o jogador deve tomar decisões e vencer batalhas para impedir que o Império Nilfgaardiano invada seu reino.

Em um sistema de mundo quase linear, o jogador controla Meve pelo mapa isométrico interagindo com os diferentes recursos, vilarejos, personagens e inimigos pelo mapa. Conforme avança pelo mundo, o jogador encontra diferentes tipos de interações, como vilarejos lidando com espécies não humanas, gangues de ladrões atacando vilarejos e até possíveis espiões que tentam se mostrar aliados, por meio de um sistema de escolhas o jogador pode escolher diferentes resoluções para os conflitos, como tomar partido e proteger as espécies não humanas, questionar o possível espião a fim de descobrir a verdade e enfrentar ladrões e proteger os vilarejos.

O jogador tem em sua disposição um baralho pré-definido com diversas unidades que representam o exército da rainha, e em um sistema de fileiras ele deve decidir qual a melhor estratégia, levando em conta as diferentes habilidades de suas unidades, bem como a de sua comandante. O jogo nos explica bem como funciona a mecânica de batalha e é sempre possível ler as cartas em sua mão ou até as postas em campo, suas e do adversário, para que possa seguir ou alterar a sua estratégia.
Durante a exploração do mapa, o jogador pode encontrar batalhas que exigem regras e ações específicas, com cartas já definidas na mão. Essas batalhas são a que exigem maior atenção, pois dependem de habilidades e comandos específicos para o sucesso, algo que pode demandar um bom tempo até que fique claro o que se deve fazer.

O jogador tem em sua disposição o Acampamento, que possui infraestruturas como a Barraca de Jantar, onde é possível conversar e conhecer mais sobre o passado dos personagens que acompanham a rainha e podem prover soluções para dilemas dentro da história, a Oficina que por um sistema de melhorias proporciona novas cartas, expansão do baralho, algumas vantagens no mapa, entre outras e a Barraca de Comando onde é possível criar novas cartas para seu baralho utilizando os recursos encontrados pelo mapa e adquiridos em batalhas, como ouro, madeira e recrutas e configurá-lo como desejar.

O visual é de encher os olhos com uma arte que mescla muito bem o 2D e o 3D. O baralho possui algumas cartas especiais, com animações, algo que lembra o universo fantástico de Harry Potter. O jogo é inteiro bem dublado, com vozes características para os personagens e é possível jogá-lo inteiro em Português, tanto os menus e cartas como a própria dublagem que também é bem-feita.

Apesar de servir de introdução para o multijogador Gwent, é um pouco decepcionante encontrar tesouros pelo mapa e os espólios serem cartas especiais e exclusivas para o jogo online, ou bordas e ícones para jogador, porém ele desempenha muito bem esse papel ao introduzir o jogador às mecânicas e surpreender pelo seu roteiro bem escrito e bons desafios.

Thronebreaker: The Witcher Tales

9.5

Nota

9.5/10

Positivos

  • Roteiro bem escrito
  • Sistema de batalha divertido e desafiador
  • Belos visuais

Negativos

  • Recompensas exclusivas para outro jogo

Diogo Espindola

Formado em Marketing. Nintendista assumido e fã da franquia Zelda, porém também apaixonado por jogos de ritmo e JRPGs.
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