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Red Read Rendemption 2: Um Velho Oeste como nunca vimos. Confira nossa análise.

Analisado no PlayStation 4 Pro

 

Após oito anos finalmente colocamos as mãos na sequência de “Red Read Rendemption”, que chegou aos consoles da antiga geração em 2010. E, para surpresa de muitos, o jogo se passa antes do game anterior.

Se levarmos em consideração que o jogo anterior do estúdio foi “GTA V”, que apesar de ser portado para os novos consoles, foi lançado em 2013 para Xbox 360 e PS3. Sim, você não está enganado não. A Rockstar Games não lançava um game há 5 anos e “Red Read Rendemption 2” é o primeiro game do estúdio feito pensado para o PS4 e Xbox One.

É até difícil achar por onde começar a falar deste jogo monstruoso em todos os sentidos. Mas vamos pela sua história.

Como disse anteriormente, o jogo se passa antes do game anterior e isso foi uma decisão sábia dos roteiristas. Se lembrarmos, a saga de John Marston acontece entre os anos de 1911 e 1914 e já mostrava o final da era do Velho Oeste.

Agora retrocedemos alguns anos no tempo e desta vez tudo começa com Dutch van der Linde vendo que seus roubos não estão dando mais certo e decide levar sua gangue para as montanhas, onde nasce uma nova saga, a de Arthur Morgan.

Nesta procura por um Oeste mais selvagem e longe da civilização moderna, vamos conhecendo novas pessoas e novas terras, em uma construção de história e personagem muito bem feita. Sim, desde o começo do game, através de nossas escolhas, vamos decidindo se Morgan penderá por ser mais bonzinho ou mais cruel. Tenha em mente que isso vai influenciar em diversos momentos do jogo, mas garanto que seja qualquer a decisão, a diversão será a mesma.

Através de milhares de linhas de diálogos, percebemos que, diferente dos que acham que seria um GTA do Oeste, “Red Dead 2” tem uma história adulta e séria, mostrando a tragédia que assola nosso personagem e aqueles que os rodeia. Nisso tudo iremos conhecer personagens sensacionais e histórias incríveis. Não fique preocupado com o começo do jogo. É proposital que o game comece num ritmo mais cadenciado chegando até a ficar lento, mas isso foi feito devido a quantidade de informações que vamos ter que absolver. Mas, no final, o jogo vive de altos e baixos, com momentos sensacionais e outros que não vão ser lembrados. E isso é meio que o veredito de sua história, boa, mas que apesar de tantas e tantas coisas, sentimos que poderia ser um pouco melhor, pelo menos tinha muitos elementos para que isso acontecesse. Mesmo assim, sua narrativa acaba sendo muito boa.

Com o andar da carruagem (belo trocadilho hein?!?), vamos acumulando dinheiro e mantimento, o que será muito importante. Sim, com o dinheiro poderemos comprar armas, vestuário, alimentação e até mesmo cavalos. Mas agora precisaremos tomar cuidado com algumas pequenas coisas. Morgan não é um super-herói. Não mesmo. Temos que nos alimentar e até mesmo dormir para que nosso personagem tenha um vigor maior e possa superar os obstáculos. E com o cavalo, no meu caso o Dinamite, é a mesma coisa: cuidar da alimentação e também da limpeza faz com que ele cavalgue melhor.

Ahh, sabe quando eu disse milhares de diálogos? Pois bem, não foi para te impressionar não. São milhares mesmo. Nunca tinha visto tanto diálogo entre personagens quanto neste jogo. É tanta coisa, que praticamente seria impossível dublar esse game a tempo de ser lançado mundialmente e a escolha de apenas legendas foi a mais acertada. Ahh, só para não deixar passar, menus e itens e tudo mais está em nosso idioma, o que, com certeza já foi um estrondoso trabalho.

Quando citei que algumas pessoas esperavam um “GTA no Oeste”, isso ocorreu porque a Rockstar Game ficou especialista em games de mundo aberto. E mais uma vez ela mostra que ela está em um nível muito superior aos seus concorrentes. Mas aviso, não, o mundo aberto de Red Dead 2 não tem nada haver com o de GTA. Realmente vemos um mundo muito mais vazio do que na outra franquia do estúdio, mas devemos lembrar que isso é um deserto. Grandes áreas com pouca civilização. Mas, esse mundo foi recriado com muita perfeição, desde rochas, vegetações, rios, cachoeiras, cidades fantasmas, animais e muitas outras coisas que nos deixaram de boca aberta.

E não tem como não ficar. Fora a direção de arte, muito bem feita, os gráficos do jogo estão num nível altíssimo. Os detalhes acabam fazendo a diferença, seja de uma cabana ou de uma carruagem ou uma vegetação. Tudo muito bem cuidado, como a captação de movimento que foi feita quase que perfeitamente e aqui vale uma menção honrosa que é cavalgar. Sim, cavalgar nunca foi tão prazeroso e tão perfeito quanto em Red Dead 2. Além disso, as texturas e os efeitos de iluminação estão espetaculares e, como o jogo tem ciclo de dia e noite, veremos tudo isso o tempo todo, seja em um reflexo do sol na água, o detalhe da pele de um traje de Cowboy ou uma labareda de uma fogueira.

Mas aqui vale outra ressalva. Os consoles mais potentes se deram melhor nos gráficos. Notamos aqui na redação que o PS4 Pro e principalmente o Xbox One X levam muita vantagem em cima dos consoles base, o PS4 e o Xbox One. Para fazer este review, joguei em um PS4 Pro.

Em termos de mecânicas, o jogo nos coloca diversas ao decorrer do jogo. Cavalgamos, atiramos, seguiremos rastros, pescaremos, usaremos o laço, arco e flecha e muitos outros. Tudo isso de uma forma até bem feita, mas com alguns probleminhas que as vezes irritam um pouco. Percebemos que com tantas mecânicas, as vezes o controle não responde de uma forma perfeita, seja ao tentar controlar o cavalo, atirar, pegar um item ou até mesmo usar os menus.

Outro ponto não muito legal é que em diversas missões temos que atravessar uma boa parte do mapa e isso não é uma tarefa fácil. Sim, as distâncias são as vezes gigantescas e acabamos ficando até 10 minutos ou mais cavalgando sem parar. Uma das saídas é utilizar o Modo Cinema, que você pode ficar assistindo como se fosse um filme sua cavalgada.

Mas isso são coisas pequenas perto da grandiosidade de Red Dead Redemption 2 onde a Rockstar mostra que está um passo a frente de outros estúdios, trabalhando um jogo com tempo suficiente para desenvolver tanto um mundo plausível, como protagonistas que ganhará nosso carinho, tudo alinhado com um enredo envolvente. Além disso, mostra que jogos de mundo aberto podem ser atraentes, se esse mundo for vivo e que mostre ao jogador que ele é muito interessante.

A grandiosidade de um jogo também pode ser mostrado pelas horas que estará envolvido em tudo isso, cerca de 50 horas caso queira apenas conhecer o suficiente para terminar a história e o dobro se quiser realmente conhecer o fabuloso Velho Oeste.

Sim, com certeza Red Dead Redemption 2 é monstruoso.

Confira nossa live do jogo:

Red Read Rendemption 2

9.5

Nota

9.5/10

Positivos

  • Narrativa
  • Gráficos impressionantes.
  • Mundo aberto atraente
  • Personagens envolventes
  • Recriação impecável do Velho Oeste

Negativos

  • Jogabilidade
  • Muito tempo para atravessar o mapa

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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