AnálisesPlayStationXbox

Just Cause 4 – Confira nossa análise.

Analisado no Xbox One X

 

Eu sou uma pessoa que acha que a ambição, no lado positivo da palavra, sempre é bom para tentarmos atingir um grau de perfeição alto. Pois bem, não dá para deixar de perceber que Just Cause 4 é um jogo muito ambicioso, mas que isso trouxe demasiados problemas para ele.

As vezes quando pensamos em algo grandioso acabamos esquecendo de detalhes, e são eles que podem fazer a diferença entre se tornar algo bom ou ruim. Indo por esse ponto, vamos começar pela história.

Desta vez, Rico Rodriguez vai até Solis, com o objetivo de combater a organização paramilitar Mão Negra, liderada por Oscar Espinosa e Gabriela Morales que agora tem o poder de controlar o clima, podendo invocar tufões enormes e destruidores e tempestades arrasadoras. Com todo esse pretexto, Rico se torna líder de uma rebelião contra a Mão Negra.

Mas é isso, não espere algo profundo na história nem personagens interessantes. Infelizmente este foi um dos “detalhes” esquecidos pelos produtores o que faz o jogador nem sequer prestar atenção no que está acontecendo. Nem as tentativas de algumas reviravoltas, nem um segredo envolvendo a vida pessoal de Rico faz a história ficar interessante.

Aí o jeito é sair destruindo tudo, e é neste quesito que o jogo faz o seu melhor: ação. Os melhores momentos do jogo são os combates onde podemos destruir quase que tudo que aparece na tela e o mais divertido é usar as explosões a seu favor. Neste sentido o game tem uma física bem apurada dando várias possibilidades de brincarmos com as explosões e na manipulação dos objetos.

Para nos ajudar nessas cenas, aí aparecem algumas novidades como o novo gancho, que agora é muito mais fácil de usar e conta com diversas personalizações, além de nos dar ainda mais liberdade para nos locomovermos no cenário, juntamente com o paraquedas e o famoso wingsuit. O jogo tem um mapa aberto, onde nossa movimentação é livre. E neste ponto, pode aproveitar e andar bastante, pois o mapa deste game é realmente muito grande.

O jogo também nos traz um arsenal de armas incrivelmente impressionante e também não podemos esquecer dos veículos presentes que também não são poucos, divididos em carros, motos, aviões, navios, helicópteros e muito mais.

Como dissemos antes, o jogo se passa em um país fictício, mas que tem matas, montanhas, neve, cidades, rios. E é aí que começamos a reparar na parte gráfica do jogo, que traz o novo motor gráfico chamado de Apex, desenvolvido pela Avalanche Studios.

Como está na moda falar, os gráficos estão “OK”. Se estão longe de ser ruim, fica também distante de gráficos exuberantes vistos em muitos jogos desta geração. A parte que realmente é ótima são os efeitos climáticos visto no game. As tempestades e tornados foi muito bem feito pelos produtores dando uma excelente sensação de realismo. Se encontramos muitos pop-ups nos gráficos, também temos que dizer que o game roda com muita fluidez, sem queda de frames. aqui um detalhe, jogamos “Just Cause 4” em um Xbox One X.

As mecânicas do jogo também melhoraram muito, principalmente se compararmos com o jogo anterior. Tudo está muito fluido e intuitivo, principalmente agora podendo mirar com o gatilho esquerdo. Usar o paraquedas impulsionado pelo gancho também se tornou uma ótima mecânica de movimentação. Além disso, as lutas também ficaram boas, sendo que apenas o sistema de recuperação de vida de Rico acaba tornando o jogo bem mais fácil, já que o personagem se recupera muito rapidamente, juntamente com uma IA de inimigos bem fraca.

Como um problema recorrente na franquia, as missões são bem repetitivas e não tem como não comparar com outras já vistas neste mesmo jogo ou em outros anteriores.

Talvez a ambição de “Just Cause 4” tenha sido seu verdadeiro calcanhar de Aquiles, deixando de entregar muito do que prometeu. Mas se por um lado os defeitos técnicos e de designer atrapalham, é inegável que o jogo traz uma coisa muito importante: Diversão. Sim, apesar de tudo isso, é impossível não se divertir na pele de Rico. Mas por se tratar de uma franquia já tradicional, não se pode apenas se apoiar neste ingrediente, por mais que ele seja o mais importante.

A franquia deve analisar tudo o que “Just Cause 4” entrega, ou deixou de entregar, para que a ambição no próximo jogo seja pensar também nos “detalhes” que fazem a diferença. Por enquanto, vamos nos divertir com “Just Cause 4”, que é o que ele faz de melhor.

Confira nossa live:

Just Cause 4

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Ótima diversão
  • Efeitos climáticos excelentes

Negativos

  • Narrativa fraca
  • Gráficos abaixo do esperado
  • Problemas técnicos

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
Botão Voltar ao topo