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Immortal: Unchained oferece bom nível de desafio, mas sem muita inspiração | Análise

Analisado no PlayStation 4

 

Diferentemente dos jogos desse gênero, que são ambientados em épocas medievais, Immortal: Unchained faz o oposto e nos leva pra muito longe. Um universo futurista que está a beira do colapso com seus planetas em ruínas. Nesse universo existe um artefato muito poderoso, denominado “O MONÓLITO”, uma estrutura mística que deu origem a todo o cosmos. Detentor de um poder inigualável, ele foi usado pelos povos do universo, para prosperarem, e dentro deste universo, 9 planetas centrais foram formados através deste poder.

 

 

Este Monólito é responsável pela criação da STREAM, uma poderosa energia, que faz ligação com todo o universo. Porém, algo interferiu nessa conexão, fazendo com que criaturas parecidas com zumbis invadissem e atacassem os nove mundos, dominando tudo. Esses mortos-vivos são diferentes dos que já estamos acostumados, eles são criaturas biomecânicas, corpos orgânicos, cujas almas foram extraídas, fundidos com estruturas mecânicas.

Em meio a uma crise dessa magnitude, uma última e desesperada medida foi tomada, um prisioneiro antigo, considerado uma arma viva, é posto em liberdade, mas sem memórias de sua vida, para tentar impedir a destruição do universo, e é onde começamos nossa aventura:

 

 

Em cenários frios, marcantes por formas labirínticas, enfrentamos inimigos poderosos, que são cada vez mais forte, toda vez que trocamos de área. Chefes complexos, porém divertidos, dá pra gastar um bom tempo nessa jogatina. Diferente de Bloodborne, onde as armas de fogo são usadas em posição secundária, aqui as armas de fogo são cruciais pra sua sobrevivência e para o desenvolvimento do personagem no jogo, mas isso não caracteriza o game em um shooter propriamente dito.

O jogo possui inimigos bem organizados para te atacar e emboscar, os chefes não são tão difíceis, mas também não são fáceis, possuem pontos fracos e sequências de movimentos, que com uma boa memória será capaz de armazenar e poder explorar contra o chefe inimigo. Mas tenha emente: Você saberá onde os pontos fracos estão, explorá-los, será outra história.

 

 

Infelizmente, o gameplay não traz nada de novo ou dinâmico, é basicamente andar, correr e se esquivar, deixando as grandes emoções para os conflitos. O protagonista começa essa jornada bem meia boca e mal equipado, ou seja, já temos uma dica de como a forma de evolução do personagem vai rolar: Armadura e Level. Pra upar o Level é tranquilo, matando inimigos e coletando os BITS, você terá o necessário para melhoras seus atributos e suas armas. Já a armadura, é um pouco diferente. No jogo não temos armaduras equipáveis, começamos a aventura praticamente nus e para mudar isso, devemos procurar pelas Armor Shrines, estruturas que dão fragmentos de armadura. Toda vez que achar uma Armor Shrine nova, você receberá um upgrade novo, seja na redução de dando, uma capacidade aumentada de guardar itens de cura e claro, liberar slots de armas.

 

 

No começo do jogo conseguimos equipar apenas duas armas, mas ao longo da aventura, poderemos liberar mais espaços para até duas armas principais e secundárias, além de aumentarmos nossa capacidade de carregar granadas e seringas de cura. A customização das armaduras é bem pobrinha, só podemos fazer mudanças sutis na cor e alguns desenhos, mas nada de alterar sua estrutura. Temos também armas brancas no jogo, sempre sendo equipadas de duas em duas. Existe uma variedade bem bacana entre espadas, machados, porretes, machetes… Estas armas só permitem dois golpes, anulando assim, os combos mais extensos, uma vez que o foco do gameplay está nas armas de fogo.

Os cenários do jogo são bem simples, muitas vezes beiram o ridículo, com formas geométricas feias. Mas em áreas mais externas, temos um vislumbre de montanhas de gelo, florestas densas, cidades futuristas e ruínas assustadoras. O jogo se mantém fiel ao gênero e transmite uma atmosfera de ficção científica, com sua iluminação de neon. Os inimigos também possuem um visual interessante. Seus corpos em decomposição, reconstruídos com esqueletos mecânicos, todos trabalhados no neon. Este neon nos inimigos acaba entregando os ataques elementais, sendo azul de gelo e laranja de fogo. (Sério mesmo?)

 

 

A trilha sonora do jogo é bem peculiar e realmente nos imerge num universo de ficção, em alguns momentos parece que estamos ouvindo a trilha de ALIEN, por causa das músicas e efeitos dos cenários.

Para finalizar, preciso dizer que é um bom jogo, dentro de algumas limitações. Ele tem um desafio relevante e envolvente, a história é bem legal também, uma variedade imensa de armas que tiram a sensação de tédio do gameplay, proporcionando mais variedade na jogatina. É um jogo que deixa a desejar no quesito continuidade e torna tudo menos fluido, mas nada que comprometa drasticamente a experiência.  Eu recomendo o jogo para quem gosta de desafios e não se importa muito com visual e mecânicas de jogabilidade, jogue, mas jogue despretensiosamente.

 

Immortal: Unchained

7.5

Nota

7.5/10

Positivos

  • Desafio relevante, mas sem exageros

Negativos

  • Não possui dublagem e nem legenda em português

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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