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Starlink: Battle for Atlas – Confira nossa análise.

Analisado no PlayStation 4 Pro

 

O gênero Toys-to-Life se consagrou há alguns anos atrás com títulos como “Skylanders”, “Disney Infinity” e “Lego Dimension”. Caso você ainda não sabe do que estamos falando, vale aqui um registro. Esse tipo de jogos são aqueles que são vendidos brinquedos separados dos games que ao acoplar em algum tipo de dispositivo, aquela figura era transportada para dentro dos jogos. Porém, apesar de promissor, essas franquias acabaram se extinguido pois, um dos vários problemas era o valor de cada brinquedo, encarecendo ainda mais os já alto valor dos games.

Mesmo tendo esse cenário ruim, a Ubisoft resolveu arriscar com o jogo “Starlink: Battle for Atlas”, um jogo de naves produzido pelo estúdio Ubisoft Toronto utilizando o motor gráfico Snowdrop, o mesmo utilizado em “The Division” por exemplo.

Antes de entrar na análise propriamente dita, é bom salientar que existem 2 maneiras de adquirir o jogo. A primeira é comprar como um Toys-to-Life mesmo, ou seja, adquirir o jogo com um Starter Pack, onde vem com uma nave e armas para você acoplar no seu controle e usar em suas jogatinas. O mais interessante neste quesito realmente é a versão para o Nintendo Switch, onde inclui o FoxMcloud (da série Star Fox) e sua nave, a Arwing.

A outra maneira é comprar o game digital, que já vem com 6 pilotos, 12 armas e 4 naves. Se você quiser mais naves e mais pilotos, você pode adquirir separadamente. Foi essa versão, digital, que testamos em um Playstation Pro e que se baseia essa análise.

O jogo se passa no sistema estelar Atlas, onde um grupo de pilotos liderados Mason Rana, tem a companhia do cientista St. Grand que conseguiu aperfeiçoar uma misteriosa fonte de poder chamado de Nova. Mas as coisas não deram muito certo, já que a nave-mãe, Equinox, é atacada por Drax, comandante da Legião Esquecida, que sequestra St. Grand. A partira daí o jogador vai visitar diversos planetas e, o mais bacana, viajar no espaço.

A história do jogo realmente é bem rasa, mas aí tem um grande porque. Como já deu pra perceber, o jogo é um game para a família, o que realmente seria muito difícil ter algo muito bem estruturado neste aspecto. Em alguns momentos, até parece que estamos assistindo a um bom desenho animado, o que se pensarmos para o público alvo, é muito bom.

Mas o jogo se torna muito bom mesmo quando estamos em nossa nave e saímos pilotando por aí. O estúdio conseguiu um bom equilíbrio entre diversão e gameplay. Além de ser gostoso de pilotar, percebemos que as mecânicas tornam isso fácil. Sim, nada muito complicado, mas feito de uma forma que temos um certo desafio, combinado com uma dose cavalar de divertimento. Seja no espaço ou mesmo pilotando em um planeta, percebemos que tiveram um enorme cuidado em não deixar o game voltado a pessoas muito habilidosas para dominar as naves, mais uma vez demonstrando que ele é um jogo familiar.

Já com o passar do tempo, vamos ganhando pontos de experiência no game, e com ele vamos poder melhorar nossos pilotos e peças para nossas armas. Se pilotar é divertido, as lutas não ficam atrás. Com os vários tipos de armas e de inimigos, podemos criar combos para assim tornar o serviço de eliminar as ameças de forma mais criativa. Porém, é bom ressaltar que o jogo não tem uma dificuldade alta e é possível terminar o game sem trocar muitas armas, mas com certeza não é muito divertido fazer isso.

Além de jogar no modo single player, existe um modo cooperativo, onde o segundo jogador pode usar tudo o que o jogador principal já tiver desbloqueado no game, ou senão, usar uma figura do jogo. O modo é muito divertido pois as habilidades ficam mais nítidas e poderosas, mas saiba que os inimigos também ficam mais difíceis.

Já em termos de gráficos, o jogo se mostra muito firme. Deu pra perceber que o motor gráfico segura o game com bastante maestria, dando ao game aquele aspecto de desenho animado como ressaltei anteriormente. Os planetas são muito bem detalhados, cada um com suas características, habitantes, fauna e flora. Além disso os personagens estão muito bem feitos, e com certeza não deixa nada a desejar em jogos deste estilo.

Já em termos de localização, o game recebeu legendas em português. Talvez fosse melhor que, para o público alvo deste jogo, houvesse dublagem.

O grande problema do jogo são as missões repetitivas. Sim, isso faz muitas vezes ficarmos irritados por não ter tanta variedade neste quesito o que as vezes faz o jogo ficar chato.

Fico na dúvida se “Starlink: Battle for Atlas” deveria ser um game do tipo Toys-to-Life, mas o que dá pra perceber é que o game foi muito bem feito e muito divertido para se jogar. Apesar de a história ser mais infantil e ter muitas missões com mecânicas repetitivas, o jogo ainda traz uma grande diversão, principalmente para quem gosta de jogos de naves.

Starlink: Battle for Atlas

8

Nota

8.0/10

Positivos

  • Diversão ao pilotar
  • Gameplay
  • Gráfico
  • Exploração

Negativos

  • Missões repetitivas
  • História rasa

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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