AnálisesNotíciasPCPlataformasXbox

Crackdown 3 – Confira nossa análise.

Analisado no Xbox One X

 

Fazer o review de “Crackdown 3” não foi uma das coisas mais fáceis do mundo não. O jogo acabou tomando uma proporção assustadora de ódio, sendo massacrado por muitos. Lógico que isso foi agravado por vários motivos, um deles foi os grandes problemas que o game teve até chegar ao seu lançamento.

Na live que fizemos isso ficou muito claro. Nunca um vídeo nosso tomou tanta deslike no Youtube, e tenho certeza que isso foi provocado por uma ira contra o game e não exatamente porque não fizemos um bom trabalho na Live.

Mas, temos sempre que tentar ser imparcial e mostrar aqui o que realmente achamos do jogo sem nos deixar contaminar por toda a histeria que “Crackdown 3” causou.

Bom, para quem não se lembra, “Crackdown 3” foi anunciado em 2014 e a Microsoft prometeu que o game iria usar, como nenhum outro, o poder da Cloud, tornando os cenários totalmente destrutíveis a um ponto nunca visto.

Por diversos problemas, o jogo acabou sendo desenvolvido por 2 companhias distintas. A Sumo Digital acabou ficando com a parte da Campanha, por onde começaremos a análise.

A história é bem familiar se você já jogou algum game da franquia. Ao começar, percebemos que somos o último de um grupo de agentes especiais, e agora, precisaremos usar nossos poderes para enfrentar a Terra Nova e libertar New Providence. Para que isso aconteça, teremos que derrotar nove chefões e assim dizimar a organização. Até aí pode parecer legal, mas tudo soa com muita simplicidade e falha na imersão do jogador.

Talvez o que mais tenha chamado a atenção é poder jogar com o Terry Crews e foi por onde comecei. Mas é importante salientar que existem mais 21 agentes desbloqueáveis e cada um com sua própria história. Para isso basta encontrar os traços de DNA espalhados pelo mapa. No mapa também encontramos as esferas de agilidade.

Na falta de uma narrativa eficiente, o melhor negócio é sentar o dedo nas armas e irmos destruindo os inimigos. É aí que mora o ponto alto do game, em se divertir matando os inimigos. Apesar de o mapa ser aberto, as missões exigem uma evolução então não é todo o desafio que você pode ir de cara. Apesar disso, “Crackdown 3” não é um jogo difícil e não exige muito do jogador. Talvez simplório até demais.

As missões do jogo são bem repetitivas, bastando ir de um ponto ao outro e destruir tudo. Fora isso podemos coletar as esferas para a progressão de nosso personagem, participar de corridas e salvar alguns prisioneiros. A parte bacana é que você escolhe o que quer fazer e em que ordem.

Já na parte gráfica, “Crackdown 3” mantém o colorido que é marca registrada da franquia. Se podemos elogiar a excelente modelagem dos agentes, principalmente a de Terry Crews, o resto tem diversos problemas. Carros e inimigos acabaram ficando com uma modelagem bem simples e em alguns casos beirando ao ridículo como algumas pedras que encontramos no cenário.

A cidade de New Providence também não inspira, parecendo tudo bem inacabado e até mesmo cansativo de se ver depois de alguns minutos jogando. Mesmo o ar de psicodélico por causa das várias luzes que encontramos mais acaba atrapalhando do que ajudando depois de um tempo.

A jogabilidade também é bem deficitária. As armas tem poucas, ou nenhuma diferença e os próprios inimigos também acabam não tendo personalidade e carisma ao ponto de se diferenciarem, não provocando aquele momento de desafio esperado.

A promessa de um coop para 4 jogadores também acabou não saindo do papel e agora só podemos jogar com mais uma pessoa, o que é até divertido, mas deixa o jogo ainda mais fácil.

Já a outra parte do game foi seu modo Online, chamado de Wrecking Zone e foi produzido pela Elbow Rocket e realmente parece algo totalmente separado do modo campanha.

O grande chamariz para esse modo foi a promessa de um mundo totalmente destrutível, o que de certa forma até acontece, mas não como tinha sido vendido anteriormente. Neste modo de jogo, são 5 contra 5 mas aí já entra o primeiro problema: não podemos criar uma equipe para jogar, sendo feito apenas um matchmaking aleatório. Em relação a jogabilidade, apesar de os mapas não darem a chance de pensarmos em grandes táticas, sim, ele é bem divertido e conseguimos nos mover com bastante facilidade.

E os cenários totalmente destrutíveis? Bom, vamos começar pelo gráfico deste modo que foi muito simplificado, sendo que para justificar isso, o estúdio coloca como se fosse uma área de treinos dos agentes. Não funcionou muito bem, acabou por ser muito simples e não é nada convidativo ficar horas jogando ali. Não me esqueci da destruição não. Realmente podemos destruir muita coisa, mas perto do que foi prometido, fica muito a desejar, até porque isso serviu mais de alegoria para as jogadas do que algo que podemos usar para surpreender nossos adversários.

Colocando tudo na balança, percebemos que “Crackdow 3” é o que chamamos de um jogo simples e divertido. Longe de ser um arrasa quarteirões como todos gostariam, ele tem alguns triunfos, principalmente em diversão. Mas, infelizmente, peca em vários aspectos técnicos o que tira qualquer brilho que o jogo teria, deixando ele apenas um game mediano. O grande problema, foi que de um triplo A que foi anunciado, acabamos vendo apenas um game que só vale a pena se você tiver um Game Pass, devido a todos os problemas que houve na produção do jogo.

Que isso sirva para que as empresas sejam cada vez mais honestas com seu público e que possamos sempre ter uma boa noção do que poderemos esperar dos jogos que virão.

Confira nossa live do jogo:

Crackdown 3

199,95
6

Nota

6.0/10

Positivos

  • Diversão
  • Cenários destrutíveis
  • Dublagem

Negativos

  • Missões repetitivas
  • História fraca
  • Gráficos medianos
  • Somente Matchmaking aleatório

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
Botão Voltar ao topo