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O Crescimento da comunidade LGBTQ+ ao longo dos anos

Toda vez que se ouve falar em representatividade LGBTQ+ no mundo gamer, temos inúmeras reações e nem sempre são boas, visto que a maioria dos gamers se sentem inseguros e desconfortáveis, ao verem esse público sendo representado de forma séria, empoderada e importante, ao invés de serem apenas estereotipados de alguma forma pejorativa. Mas apesar desse hate, existe um grande apelo por parte das empresas, que vem trazendo esse tema à tona. Seja em NPC’s ou em protagonistas, essa forma de visibilidade vem aumentando, mostrando ao público em geral, que estas pessoas existem, e que mesmo que não sigam padrões heternormativos, merecem respeito e um espaço de destaque para mostrarem suas habilidades. Alguns jogos já apresentam essas personalidades de forma muito natural, deixando claro a condição sexual do personagem, mas dando foco total às suas skills. E isso, minha gente, pode parecer algo banal, mas em termos de igualdade é um grande avanço, pois permite que os mais preconceituosos, possam enxergar as diferenças com olhos menos odiosos. Alguns ainda dizem que é desnecessário e se protegem no bom e velho shield “É mimimi”, mas eu garanto, não é! A comunidade LGBTQ+ existe e está conquistando seu espaço, quer você queira, ou não.

Mas chega de militar e vamos a listinha de personagens de games antigos e mais atuais, que estão no armário ou não..

Streets of Rage 3

O jogo foi produzido pela Sega para o console Genesis lá em 1994. Na versões originais japonesas do jogo, o primeiro chefão a ser vencido é Ash, um homem musculoso e afeminado que sai dançando com um collant preto brilhoso e um colete roxo de motoqueiro, munhequeira de couro e botas de cano alto com salto agulha. Ele foi removido da versão americana, mas ainda assim era possível ter acesso a ele através de um cheat code.

 Metal Gear Solid 2

O bissexual romeno especialista em facas, Vamp, é um dos vilões em Metal Gear Solid 2, um jogo da Konami para Playstation. Como você pode esperar de um romeno chamado Vamp, esse cara também têm sede de sangue.

Grand Theft Auto V

Trevor

Philips, protagonista do jogo, é claramente bissexual devido a suas interações e demonstrações de interesse por mulheres e homens, mesmo havendo algumas controvérsias em torno de seu comportamento, ele é um dos personagens mais queridos de GTA V.

The Last of Us

Um dos personagens nesse jogo (muito interessante, por sinal) sobre um apocalipse zumbi é um cara dtodo machão chamado Bill, que é gay e não segue nenhum estereótipo.

The Last of Us

No DLC “Left Behind” do jogo pós-apocalíptico de PlayStation é revelado que a personagem Ellie, uma das principais do game, tem sentimentos por sua amiga Riley. As duas se beijam em um dos momentos mais climáticos da expansão. Sua homossexualidade será melhor abordada em The Last of Us 2.

Assassin’s Creed Syndicate

O nono jogo da série Assassin’s Creed conta a história de dois gêmeos da era Vitoriana que lutam para restabelecer uma ordem secreta de cavaleiros. Um deles, Jacob Frye, teve sua bissexualidade confirmada primeiro por um roteirista do jogo e depois pelo próprio Tumblr oficial da franquia, que admitiu sua orientação sexual. O jogo também tem um personagem de menor destaque chamado Ned Wynert, que é um homem de negócios transgênero. Um de seus parceiros de missões, Maxwell Roth, tem sentimentos por ele. Inclusive ocorre um beijo forçado entre eles antes de Maxwell morrer (morto por Jacob).

Mortal Kombat X

Sequência da histórica franquia de luta, o game tem um personagem gay, que, embora não se revele muito, teve sua sexualidade confirmada por um dos diretores da empresa criadora do jogo. O personagem em questão é Kung Jin, arqueiro que insinua sua orientação sexual em uma conversa com Raiden, o Deus do Trovão e personagem do original Mortal Kombat dos anos 90. No diálogo, Kung Jin revela ter medo de não ser aceito em seu clã por ser como é.

Final Fight e Street Fighter – Na versão de 1989 de “Final Fight”


popular brawler da Capcom, Poison foi concebida como uma mulher. Mas os produtores japoneses imaginaram que o público americano não receberia bem a possibilidade de bater em uma mulher, portanto modificaram a personagem para uma mulher trans (como se assim ela pudesse apanhar sem problema). Os desenvolvedores no final acabaram trocando o personagem por homens no jogo. Mas desde então, o sexo de Poison foi mantido ambíguo em outras séries em que participou, como em “Ultra Street Fighter IV”.

The Witcher 3: Wild Hunt

Uma personagem jogável e filha adotiva do protagonista da série, Geralt, Ciri afirma que prefere mulheres quando questionada sobre o que sente por um homem. Na série de livros do polonês Andrzej Sapkowski, que geraram os games, ela chega a fazer sexo com uma mulher.

Mass Effect 3

Praticamente todo jogo recente da Bioware permite ao jogador(a) ter relacionamentos com personagens do mesmo sexo. O piloto Steve Cortez, no entanto, apenas tem interesse no capitão Shepard se ele for homem (o jogador pode escolher o sexo de Shepard no início do game). A história pessoal de Cortez também envolve a recente perda de seu marido.

Assassin’s Creed: Brotherhood

No game da Ubisoft, outra empresa conhecida pela diversidade de seus personagens, é fortemente sugerido que Leonardo da Vinci é gay. Ele chega a dizer que mulheres pouco o distraem e depois é tocado o assunto do relacionamento amoroso de Leonardo com seu pupilo, conforme indícios históricos.

 

Representar a comunidade LGBTQ+ não afeta em nada a comunidade dominante deste mercado, apenas abre caminho para uma convivência natural, como deve ser.

 

 

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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