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The Division 2 – Confira nossa análise.

Desde que o jogo da Ubisoft chegou a nossa redação, The Division 2 causou reações diferentes em cada um dos nossos editores. Não teve jeito, aquele papo de que o game seria apenas uma evolução do primeiro rolou solto, mas depois de muito jogar, cheguei a seguinte conclusão: Sim…ele realmente é muito parecido com o primeiro, mas não há como negar que ele é muito, mas muito superior.

Porém queria começar esta análise, relembrando um pouco do The Division original. O game chegou as lojas no dia 08 de Março de 2016 e era super esperado, mas minutos depois de seu lançamento, infelizmente o que víamos era um jogo até promissor, mas com dezenas de problemas. Porém, A Ubisoft fez algo corajoso e até digno de elogios, aceitou que o game tinha problemas e trabalhou muito duro para resolver, o que levou muito tempo. Independente disso, no final The Division se tornou um dos melhores jogos do gênero, mas que muitos jogadores não conheceram.

Pois bem, 3 anos depois a Ubisoft corajosamente lança The Divison 2. Agora muito mais madura, soube trazer tudo o que o primeiro jogo tinha de bom e trabalhou em adicionar características que a comunidade do primeiro jogo queria. E não é que tudo isso deu muito certo.

Sim, podemos ser francos e dizer que é o primeiro jogo deste gênero que mistura shooter com loot que já é lançado sem grandes problemas. Não precisamos ir muito longe, Destiny 2 e mais recentemente Anthem, provaram que games deste tipo sempre tem uma possibilidade de começar com o pé esquerdo, mas não foi o caso de The Division 2.

Agora não temos mais o frio de Nova Iorque, mas sim um belo, se é que podemos chamar assim, verão na capital dos Estados Unidos. E aí já começam os elogios. Washington D.C. mostra uma cidade muito mais completa e com vida que a do primeiro game. A destruição que vimos com certeza nos mostra todo o caos que a cidade passou e nos dá uma percepção de todos os problemas que vamos enfrentar.

Fora isso, o detalhamento é algo estremo, seja na visão de prédios e monumentos ou no interior dos edifícios. O mapa é gigantesco, sendo que se você conhece Washington, com certeza vai sempre se deparar com lugares que conheceu por lá. Ao andar pelas ruas, podemos perceber que o gráfico do jogo está muito bonito, com efeitos de iluminação e sombras como destaques.

Talvez o ponto fraco de The Divsion 2 seja a história. Sim, se espera algo complexo, cheio de reviravoltas e personagens marcantes, já pode ir tirando o cavalinho da chuva. Não que o seja ruim, apenas está no nível de outros jogos de tiro em que a ação é muito mais privilegiada do que o roteiro.

Apesar de ser um jogo de tiro em terceira pessoa, igual a tantos por aí, The Division 2 se destaca por alguns detalhes. A equipe conseguiu balancear bem os tiroteios, deixando na medida certa, fora que o sistema de cobertura também funciona perfeitamente. Desta vez temos uma variedade de inimigos maior, desde aqueles ‘bons de mira’ como aqueles suicidas que correm atrás de você. Tudo isso encaixou bem, pois faz você ser forçado a se movimentar muito no mapa sempre procurando os melhores lugares para o combate. Apesar de toda a evolução, sim, as missões são sempre ir de um ponto ao outro do mapa e realizar alguma atividade. Mas peraí, isso não é uma coisa ruim?

Pois bem, aí vem uma outra vantagem do jogo: a progressão. Diferente de muitos jogos deste gênero, Essa continuação nos dá a sensação de que vale a pena jogar, que nosso personagem está evoluindo, que as bases que cuidamos estão evoluindo e o jogo também está. Você percebe que tudo no jogo é maior, inclusive nas missões secundárias, que são muitas e todas elas exigem muita dedicação do jogador já que elas são todas bem trabalhadas e grandes.

Uma coisa que todos devem estar se perguntando é: e o loot? Pois bem, ultimamente games deste tipo vem dando arrepios nos gamers devido ao critério de loot. Pois bem, desse mal eu não sofri. Sempre fui adquirindo novos equipamentos e armas, muitas vezes superiores aos que eu já tinha, dando ainda mais ânimo de continuar a jogatina.

Uma coisa importante de dizer é que apesar de The Division sem muito mais interessante de se jogar com seus amigos, você pode simplesmente jogar ele solo. Já adianto que a tarefa fica bem mais difícil, mas nada que um pouco de dedicação e pontaria não resolva. A grande diferença na realidade é que sozinho não há um companheiro para te salvar…mas é o jeito né?!?

Antes de falar do melhor do jogo, queria entrar no tópico da famosas (para quem já jogou o primeiro) Dark Zones. Pois bem, desta vez elas não são a estrela do jogo não. Pra falar bem a verdade até que ela ficou meio que esquecida, mas não foi por que estão ruins, mas sim por causa das muitas atividades que você tem no jogo. Misturando elementos de PVE com PVP, desta vez há uma variedade de níveis de acesso as 3 DZs do game. 2 Dzs fazer que todos os jogadores tenham uma normalização de equipamentos, deixando todos em condições de igualdade. Já a outra não faz isso e você pode levar todo seu progresso para esse modo.

Já o multiplayer, que pode ser acessado quando está na sua base na Casa Branca, trazendo alguns modos como team deathmatch e captura de objetivos. Mas atenção, percebemos que jogadores menos experientes irão ter muitas desvantagens, principalmente se não tiverem equipamentos bons.

Mas até aqui, você pode dizer: mesmo assim, não é só uma melhoria do primeiro The Division? Bom, o melhor eu deixei pro final. E quando digo final, é final mesmo.

Sim, o jogo da Ubisoft tem algo que poucos jogos deste tipo podem se gabar de ter, um Endgame excelente, onde posso afirmar que The Division 2 brilha quando você termina a campanha principal.

Primeiro que nesta altura do jogo você pode escolher sua especialização (Demolidor, Sobrevivente e Atirador de Elite) que como brinde te dá uma arma especiale a partir daí tudo o que você fizer serve para a progressão de sua especialidade.

Segundo: as Fortalezas do jogo são desbloqueadas e elas são missões extremamente grandes e que exigem muito do jogador, seja na habilidade ou para dominar as mecânicas. Pensa que acabou? Que nada. Quando você completa as Fortalezas um novo e maior desafio se apresenta.

Terceiro: a facção Black Tusks. Esses novos inimigos vem para deixar tudo ainda mais divertido pois tudo que você conquistou é resetado e praticamente começa tudo de novo, porém muito mais difícil e desafiante. Pode parecer falando assim que seria apenas fazer tudo de novo, mas não é isso não. Tudo é muito bem pensado, desde as mecânicas, a dificuldade e até mesmo os loots e progressão.

A Ubisoft mostrou com o primeiro The Division, que mesmo quando um game aparentemente não dá certo, tem que se concentrar, ouvir os jogadores e trabalhar muito para tentar modificar e deixar tudo redondinho.

Depois, com The Division 2, provou que não há a necessidade de se mudar tudo de um game pro outro. Sim, você pode aproveitar as melhores coisas e trabalhar na evolução de tudo o que deu certo.

O novo game da franquia é isso. Uma evolução do primeiro, mas que passa longe de ser apenas o “1.5”, principalmente provando que jogos desde tipo, pode ter um endgame decente. Basta se desafiar e buscar novas ideias e horizontes.

Confira nossa live de The Division 2:

The Division 2

8.5

Nota

8.5/10

Positivos

  • Endgame recompensador
  • Ótima jogabilidade
  • Muita variedade de inimigos
  • Bom sistema de loot
  • Muito conteúdo

Negativos

  • História raza
  • Jogabilidade repetitiva

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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