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Assassin’s Creed 3 Remastered – Novo visual, mesmo game | Análise

Analisado no PlayStation 4

 

Assassin’s Creed 3 é um dos jogos mais comentados, entre todos os títulos da saga. Ele foi lançado em 2012 para finalizar o arco de Desmond Miles, um assassino da atualidade, e foi nesta aventura que fomos levados pela primeira vez para solo americano, mais precisamente na América do Norte, em 1.775, durante um período em que as colônias americanas estão prestes a se revoltar. Neste novo episódio, entramos na pele de Connor, um guerreiro, filho de uma nativo-americana com um pai britânico. Enquanto uma violenta revolução se aproxima, a vila de Connor é ameaçada por um grupo perigoso que tenta parar a revolução a todo custo, controlando as treze colônias. Obrigado a entrar em ação por conta do cenário em que sua vila se encontra, Connor oferece sua vida à causa da liberdade e se entrega a uma jornada que durará décadas.

 

 

As coisas não estavam tão boas para a Ubisoft na época, por conta do desgaste em que os títulos se encontravam, em função da cinematografia exagerada, mesmo que por vezes, exigisse a interação do jogador. A Ubisoft gastou 2 anos e meio no desenvolvimento deste jogo, mas infelizmente não tirou o jogo de um limbo, que a própria franquia havia se inserido através de lançamentos anuais, que apresentavam apenas algumas melhorias de um jogo para o outro. As mecânicas estavam gritando “DESGASTE”, a estagnação era inevitável. Mesmo sendo a jornada mais épica (até então), Connor estava destinado a não ganhar muito destaque. Motivo: Assassin’s Creed aparentemente entregava mais do mesmo. Ao chegar às lojas, o jogo dividiu opiniões, pois a saga sempre foi excelente em mesclar realidade com ficção para enfatizar como o Credo e os Templários exerceram um papel fundamental na história, combatendo figuras icônicas como George Washington. A exploração de cenários selvagens e urbanos (como Boston e NY) sugeriram um ar novo, coisa que os anteriores jamais fizeram. Mas do outro lado tínhamos que enfrentar um enredo relativamente fraco e um protagonista quase nada carismático. As passagens de tempo constantes foram outro problema, levando o jogo ser deixado de lado por boa parte dos fãs.

 

 

Essa remasterização é uma clara tentativa ambiciosa de redenção. Uma história muito fragmentada que tenta disfarçar cortes bruscos da narrativa e um protagonista vazio, com saltos temporais constantes. Mas como se trata de um remaster, é óbvio que suas qualidades, assim como seus defeitos continuarão no mesmo lugar, ou seja, não adianta problematizar. Mas a melhoria visual é o ponto alto do game. Como um novo esquema de iluminação, os cenários conseguem se destacar de forma mais gradiente, seja em áreas urbanas como NY ou Boston, ou em cenários mais selvagens, trazendo uma realidade maior para a estação do ano em que você se encontra. Pra mim foi a melhoria mais perceptível no jogo.

 

 

No geral, é isso, Assassin’s Creed 3 Remastered faz pequenas correções nos bugs, alavanca um pouco mais a performance e nos entrega um sistema de iluminação mais moderno e robusto, permitindo o vislumbre de cenas que passaram despercebidas na versão original. Além de suas melhorias, temos o Assassin’s Creed Liberation HD Remaster, que é um acréscimo e tanto para o produto final, o que consegue tirar um pouco do foco para a falta de carisma do protagonista, quando comparado a outros personagens da saga (Aveline é maravilhosa). Independente de suas falhas, Assassin’s Cred 3 Remastered merece ser jogado, pelo simples fato de render uma jogatina divertida e despretensiosa. Se você não for um perfeccionista insano, provavelmente terá uma experiência, no mínimo, satisfatória.

 

Assassin's Creed 3 Remastered

7.5

Nota

7.5/10

Positivos

  • Sistema de iluminação que enriquece a experiência
  • Traz Assassin's Creed Liberation HD Remaster

Negativos

  • Protagonista superficial
  • Saltos temporais constantes

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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