AnálisesPCPlayStationXbox

Outward – Nem sempre um RPG quer ser épico | Análise

Analisado no PlayStation 4

 

O que não falta nesse mundo é jogo de RPG, com diversas histórias e ações de dominação complicadas. O mercado está meio saturado já. Então, o que Outward tem a oferecer? Em que ele se destaca? Essas são 2 de inúmeras perguntas feitas por mim e por vários outros players que cogitaram a remota possibilidade de dar uma chance para o game. Mas deixando bem claro para todos vocês, não esperem que Outward seja um jogo de orçamento elevado. Na realidade isso é bem nítido logo de cara, eles não investiram na produção. O gráfico não traz textura ou componentes dignos para comparação com qualquer jogo que já esteja no mercado atualmente. Ele é muito inferior a tudo o que já vimos, desde o menu de interação, passando pelos diálogos, até nos depararmos com as mecânicas.

 

 

Mas por sorte, há muito mais no game, do que sua aparência pobrinha, sofrida. O jogo possui artimanhas muito peculiares. Observando muito além das animações pouco desenvolvidas, vamos explorar o Reino de Auri. Como um bom RPG de ação, Outward também faz uso de elementos de sobrevivência, implementando isso nas abordagens de combate. Tem até um modo cooperativo (mas não testei).

Em Outward você pode escolher o gênero de seu personagem, o que é bem legal pra quem gosta de variar entre homem e mulher. Iniciaremos nossa jornada sem absolutamente nada, como náufragos em uma praia, onde encontraremos uma NPC amigável, chamada Yzan, que nos oferecerá uma tenda para um breve descanso. Lentamente a história vai ganhando forma e percebemos que nossa missão nada mais é, do que pagar uma dívida deixada por nossa mãe. Se não pagarmos, perderemos nossa casa que fica localizada em um farol. A história é bem simples, nada de “você é o escolhido” para salvar o mundo, trata-se apenas de um enredo pessoal.

 

 

Mas antes de se preocupar em pagar, seja lá o que for, devemos pensar na condição precária que o personagem se encontra. Uma condição que causará sua morte, inúmeras vezes. Como um RPG que se dê ao respeito, Outward oferece ao jogador uma diversidade de abordagens para situações diferentes, podendo até recorrer ao diálogo para convencer alguns NPC’s, além de abordagens mais cautelosas, usar magias ou mesmo um combate. O elemento mais interessante é o sistema de progresso, que funciona a base do treino. Se você for fraco em alguma área, pode treinar pra evoluir esse aspecto. Na essência, é necessário fazer uma ação repetidamente para melhorar nossas skills nessa área. Caso você não goste muito de treinar, pode tentar upar seu personagem no mundo do jogo. Combates aleatórios com inimigos, podem ser muito eficaz para melhorar a capacidade do seu protagonista, mas em contrapartida, são muito perigosas, e neste jogo a morte não é o pior que pode te acontecer. Caso seja capturado, você pode acabar sendo forçado a trabalhar como escravo em determinadas zonas, o que inicia uma nova missão, onde o principal objetivo é fugir dos captores.

 

 

Infelizmente, o sistema de combate em Outward não é muito fluído, mas ainda assim, funciona. Os ataques são simplórios, mas há bloqueios, esquivas e recuos. Como eu disse ali em cima, há a possibilidade de usar magias, que são bem peculiares. Ao invés de usarmos um botão para carregar essa magia para ser lançado um feitiço, precisamos realizar uma espécie de ritual para então executarmos a magia, o que por sua vez, se torna algo demorado e ligeiramente entediante. Mas quando conseguimos, podemos alterar o curso da batalha toda, o que torna mais interessante, ao menos visualmente.

O jogo por sua vez, nos aconselha a usar a cautela e várias outras ferramentas que estão disponíveis. Uma dica: Antes de sair lutando por aí, tentem algo que facilite a batalha, introduzindo veneno nas lâminas, plantando armadilhas no chão, tudo para que você consiga efetuar ataques à distância, para que o inimigo chegue próximo de você, bem debilitado. Essas opções são um pouco limitadas no começo do jogo, pois só temos acesso a 10 slots na mochila, o que automaticamente nos obriga a ter um cuidado mais especial com os recursos que mantemos. É surpreendente a variação de localizações e inimigos. Você pode ir de um deserto onde há escorpiões gigantes, direto pra uma aldeia lutar contra bandidos comuns. O jogo entrega um espaço muito amplo para exploração, e em cada área, há inimigos específicos.

 

 

O jogo não impressiona em aspecto algum, mas ainda assim, ele possui seu charme, por conta de suas ideias. Não é nada fabuloso, não acrescenta em muita coisa na vida de um gamer, mas é uma experiência válida, pra quem busca aumentar sua gama de games finalizados. Então, se você está com tempo livre e quer um RPG meio descompromissado, eu recomendo!

 

 

Outward

6.5

Nota

6.5/10

Positivos

  • Variedade de inimigos
  • Diferentes áreas de exploração

Negativos

  • Baixo orçamento da produção

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
Botão Voltar ao topo