AnálisesNintendoPCPlayStationXbox

Wolfenstein: Youngblood: Uma boa experiência cooperativa? | Análise

Analisado no Xbox One X

 

Eu sou daqueles que acham que time que se ganha se mexe sim. Pois é. Disso ninguém pode reclamar da MachineGames que mesmo com o estrondoso sucesso de público e crítica com seu “Wolfenstein 2: The New Colossus”, decidiu não ficar parada e tentar coisas novas.

Para isso, se uniu Arkane Studios e fez uma expansão Standalone chamada de “Wolfenstein: Youngblood”. Ou seja, não se trata de uma simples DLC e sim de tanto conteúdo que eles acharam melhor ser vendido separadamente do jogo base.

 

 

Como todos sabemos “Wolfenstein 2: The New Colossus” é um jogo single player, totalmente diferente do que se tornou “Youngblood”. Sem medo, o estúdio decidiu apostar fundo no modo cooperativo e em elementos de RPG. Então não se engane. O que você vai jogar é um game que apesar da mesma temática, teve a ousadia de tentar algo novo. Mas será que isso fez de “Youngblood” um jogo tão bom quanto “The New Colossus”? É o que vamos descobrir.

 

 

A história se passa em Paris, mais de 20 anos após os acontecimentos de “Wolfenstein 2: The New Colossus”. Desta vez veremos as irmãs Jessica e Sophia Blazkowicz, filhas de William Joseph Blazkowicz, o BJ, tentam continuar a saga da família de destruir os Nazistas que encontram pela frente, tudo para encontrar o pai desaparecido.

Apesar de um começo interessante, a história logo vai se dispersando chegando ao ponto que o que menos importa é exatamente saber o que está acontecendo e sim em meter bala em qualquer coisa que aparacer pela frente.

Se a história acaba por se perder, em termos de gráficos e som, “Youngblood” mantém a tradição e conta com cenários belos em uma visão distorcida do mundo onde os Nazistas ganharam a segunda guerra mundial.

 

 

Em termos de jogabilidade, o game também mantém a média da franquia, mas com as mudanças propostas, agora não basta ser bom no tiro. Sim, um dos pontos importantes do elemento RPG é você subir de nível e isso é fundamental para irmos eliminando os inimigos que ficam cada vez mais fortes com o decorrer do game. Agora Wolfenstein possui uma árvore de habilidades e também podemos fazer upgrades nas armas. As habilidades estão divididas em 3 categorias: Poder, Músculo e Mente

Outro ponto bem diferente é agora poder explorar o cenário na vertical, podendo com saltos alcançar lugares mais alto. Mas falando em cenário, uma das coisas mais irritantes do jogo são os inimigos que voltam do além. Após você matar todos os inimigos de uma área e achar que está seguro, do nada aparecem inimigos te alvejando. Um erro absurdo.

 

 

O sistema de missões continua. E agora o jogo acaba forçando você a fazer as missões menores para ganhar nível suficiente para enfrentar os grandes desafios que são as chamadas Brother, sendo missões de assalto a torres.

Mas Marcelo e o modo cooperativo, como ele é? Sei que vocês estão se perguntando e vou tentar dar minhas impressões.

É bom ressaltar que existem 2 meios de jogar em modo coop: com um amigo, ou com uma pessoa aleatória. Vou ser sincero que todas as vezes que tentei jogar com um estranho, não foi uma experiência fácil não. Em 99% das vezes fiquei lá procurando, procurando e procurando e nada. Aqui na redação jogamos na versão Xbox.

 

 

O jeito então foi estar com um amigo. Aí temos uma vantagem. Se você possuir uma versão deluxe de “Wolfenstein: Youngblood” pode convidar um amigo para jogar com você sem a necessidade que ele tenha que comprar o game. E foi exatamente isso que fizemos.

No fator diversão, com certeza é mais gostoso estar com um amigo. Com isso, como dissemos antes, ambos os jogadores terão que se preocupar com o nível de seu personagem. Caso haja uma discrepância muito grande entre os 2, pode ter certeza que vão ter que suar sangue pára passar dos inimigos. Independente de qual personagem escolher, tudo é igual para ambos, árvore de habilidades, armas, skins e etc.

Mas e aí, qual modo é melhor: cooperativo ou single player? Pois é. Depois de algumas partidas percebemos que quase dá na mesma. Sinceramente, apesar da diversão, o modo cooperativo parece que não é sólido o suficiente, sendo que em muitas partes dá a impressão que não era essa a primeira ideia no escopo do jogo. Pode até ser mais divertido jogar com um amigo, mas não traz a experiência que esperava, o que me faz pensar que ainda jogar sozinho é a melhor opção.

 

 

Como disse no começo, sempre fui a favor de mudanças em vez daqueles estúdios que sempre ficam em sua zona de conforto. As mudanças em “Wolfenstein: Youngblood” não deram o resultado esperado, deixando sim uma pitada de que podia ser um pouco melhor. Mas torço que isso não tire essa inquietude da MachineGames nos seus próximos títulos.

Ahhh, o jogo conta com dublagem e legendas em português do Brasil.

 


 

 


 

Wolfenstein: Youngblood

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Ótima jogabilidade
  • FPS acima da média
  • Modo cooperativo divertido

Negativos

  • Missões repetitivas
  • Inimigos que aparecem do nada
  • Poucos jogadores no Matchmaking
  • RPG não faz muita diferença

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
Botão Voltar ao topo