
Sempre quando vamos analisar um jogo, levamos em consideração desde sua concepção até sua jogabilidade. De 2 anos para cá, a Square Enix vem mudando sua forma de se relacionar com seu público. Isso vem refletindo em atitudes que está trazendo o Gamer para perto da companhia novamente. Além disso, um bom atrevimento também vem ocorrendo, como aconteceu com “Hitman”, um grande sucesso que recebemos com uma certa dose de desconfiança quando anunciado que seria dividido em 7 capítulos.
Hoje vamos analisar o primeiro deles, que se chama Paris, onde mais uma vez estamos na pele do Agente 47.
A história começa quando somos recrutados e devemos completar 2 assassinatos. Nenhuma novidade para quem jogou o beta. Daí por diante, somos agentes da ICA e devemos completar as missões no melhor estilo agente secreto.
Antes de começar devemos nos preparar, escolhendo trajes, armas e apetrechos que pretendemos usar durantes as missões. E isso não é frescura não. Muitas vezes depois de frustradas tentativas o melhor é voltar e planejar nossa missão novamente.
Quando começamos, é nos dado os alvos e a partir daí temos um mundo quase que aberto, onde devemos nos ater a diversos modos de chegar ao final. Na maioria das vezes, paciência, investigação e uma boa dose de oportunismo ajuda mais que tentar resolver tudo de cara.
Uma das coisas que ajuda muito é uma ferramenta chamada de conjunto de oportunidades que vamos descobrindo ao explorar o lugar. Assim fica muito mais fácil achar e eliminar nosso alvo.
O que mais me agradou logo de cara é que a IO Interactive retornou com uma jogabilidade que nos lembra o melhor de “Hitman”. O modo furtivo, escutando conversas alheias que nos dão mais oportunidades de exito, nossa pistola com silenciador, tudo faz nos remeter ao começo desta série como “Hitman: Codiname 47”.
O mais incrível são as diversas formas em que podemos realizar o assassinato. A cada lugar que visitamos, a cada pessoa que conversamos, ou a cada item que achamos, tudo nos dá oportunidades diferentes para acabarmos com o nosso serviço.
Mas nada é tão fácil. Nossos alvos também vão se deslocando de lugar, as pessoas podem ficar desconfiadas com nossas atitudes e nossos rastros podem ser descobertos. Infelizmente, se nos pegarem, dificilmente conseguimos sair desta situação e teremos que recomeçar do save mais próximo.
Mas há alguns problemas, mesmo no ponto que achei mais positivo: o formato episódico deste título. Ao terminarmos percebemos que ainda faltou um pouco mais de conteúdos reais.
Ao terminar o capítulo, fica um vazio pois queremos começar o próximo. Principalmente pois dependendo de qual o caminho que você siga, ele não é tão grande. O jogo tenta, e aí até acho um ponto positivo, nos dar vários motivos para um replay, assim podemos fazer os vários contratos um mais bacana que o outro. Mas ainda a sensação de falta fica grande.
Os donos de PS4 tem a missão Os 6 de Sarajevo, mas que tem como ponto negativo a utilização do mesmo mapa de Paris. Depois de um certo tempo, se não ligarmos para a pontuação, percebemos que podemos fechar os objetivos mais facilmente, pois deciframos com mais facilidade o mapa. O número um pouco exagerado de guardas as vezes prejudica um pouco a diversão.
Em relação aos gráficos, ficamos meio divididos. Em certas ocasiões o game mostra que tem um design perfeito, mas em outras percebemos que foi feito apenas o básico, com poucos detalhes. Com algumas poucas travadas e quedas de frame rate em nossa versão para análise, o jogo corre liso e com mecânicas fáceis e bem fluídas.
Mas no geral, a IO Interactive acertou. Mesmo correndo certo risco com a ousadia de transforma “Hitman” em um jogo de episódios, ela mostrou que acertou em trazer novamente o antigo Agente 47 à tona. Nos sentimos novamente um verdadeiro agente,onde o fato de termos que apenas eliminar um alvo, já se torna um objetivo em que vale a pena esperarmos 30 dias para o próximo episódio.
Por tudo isso, o primeiro capitulo de Hitman recebe o selo Ouro da Gamers e Games.