Já fazem 20 anos que a Terra se rendeu aos alienígenas e a XCOM ficou totalmente em ruínas. Agora os humanos vivem em cidades futurísticas que esconde uma sinistra política eliminando todos que discordam desta nova ordem.
É neste contexto que encontramos o que sobrou da “XCOM”, uma pequena força que tenta se reerguer e tem como maior objetivo expor a verdade por trás desta ocupação e eliminar essa ameaça alienígena de uma vez por todas.
Para aqueles que não estão familiarizado com a série, “XCOM 2” é um jogo de estratégia por turnos que saiu em Fevereiro para PC e chegou recentemente para os consoles.
O primeiro desafio da Firaxis era em relação ao comando, deixando de lado o teclado e mouse e termos que fazer tudo com um comando de console. Mas isso foi bem tranquilo e tudo funciona muito bem e é até fluído.
Mas em termos de gráfico, o jogo acabou ficando com alguns problemas. Principalmente nas cutscenes, onde é perceptível a queda de frame rates nas animações. Felizmente, isso não ocorre no gameplay propriamente dito. Uma das coisas legais que a produtora fez foi dar a opção de pularmos essas animações nas sequências de batalhas. E não é só isso, há vários tipos de opções que podemos escolher o que pode melhorar a experiência para cada gosto.
A princípio tudo parece muito parecido com “Xcom: Enemy Unknown”, mas com o decorrer do game, percebemos muitas mudanças. Apesar de o jogo ainda ser por turnos e de grades, o game traz uma tensão maior durante os combates e percebemos que ele se torna muito mais complexo com o decorrer da história.
Uma das coisas mais bacanas é que todas vez que o jogo vai começar, os mapas são gerados aleatoriamente, fazendo que os inimigos caiam em locais diferentes. Isso faz o jogador ter que tomar estratégias diferentes mesmo dentro de uma fase que ele já conhece.
Mas, também tem o lado furtivo, já que o inimigo não sabe onde você está. Isso ajuda, pois podemos preparar todo o terreno montando armadilhas e procurando uma posição mais privilegiada para o combate.
A estratégia está em em reforçar nossa base, recolhendo recursos e, sempre que possível, novos agentes. As opções em XCOM 2 sempre tem suas consequências. Temos que ser o mais equilibrado possível, pois se pendermos para um lado na hora da evolução do personagem, vamos perceber que as consequências da perda do outro lado vão se mostrar ao longo do jogo. Tenha uma coisa sempre em mente: todas as suas decisões terão consequências.
Cada personagem pode se mover por um determinado número de blocos, podendo realizar algumas ações como atirar, recarregar ou usar uma habilidade. Uma das grandes adições é poder colocar uma unidade sempre em alerta, chamada de Overwatch. Geralmente controlamos de quatro a seis soldados em cada missão.
Vale lembrar que além do game, veio incluso as expansões Alien Huntes e Shen’s Last Gift e podemos dizer com certeza que ambas são ótimas, permitindo várias mudanças importantes para a campanha de “Xcom 2”.
Se a parte gráfica está bem feita se levarmos em consideração jogos de estratégia, a trilha sonora segue na mesma linha, juntamente com os efeitos sonoros, muito parecido com o primeiro jogo, diga-se de passagem.
Apesar de alguns problemas de latência, o modo online nos divertiu bastante. Podemos escolher os parâmetros das partidas como duração de turnos, quantos pontos podemos gastar com equipamentos e unidades e onde ocorrerá cada batalha. O destaque fica por conta dos mapas, grandes e táticos.
Infelizmente, não há localização para o Brasil, o que torna o game, que já não é fácil, bem mais difícil.
Resumindo, é um título indispensável para quem gosta de jogos de estratégia, levando o jogador a pensar muito antes de cada rodada, mas que coloca muita ação e emoção em cada movimento. Se muitos achavam difícil a missão de continuar um jogo aclamado, “XCOM 2” mostrou que mantendo os pontos fortes e a adição de melhorias, podem fazer das continuações, jogos melhores do que o anterior.
Por tudo isso, XCOM 2 leva nosso selo Ouro.
