NEVERMIND
“Deixar pra lá” ou dar uma chance?
Nevermind é um jogo de aventura e horror, onde assumimos o papel de uma espécie de médico psiquiatra, chamado de “Neuroprober”, mas que literalmente entra na mente dos pacientes por meio de uma nova tecnologia e assim tentar achar a raiz dos traumas que tanto os aflige.
Foi lançado originalmente em 2015 para os PC’s e agora aterrisou no Xbox One pelo preço de R$39,00 em mídia digital.
Sobre o que é?
Os objetivos do jogo são bem simples, escolher um paciente, entrar em sua mente por meio da mais nova tecnologia do “Instituto Neurostalgia” e achar a fonte do trauma por meio de lembranças que o paciente possui.Essas lembranças são fotos que encontramos no decorrer da memória, após encontrar dez fotos com lembranças falsas e verdadeiras, selecionamos e organizamos corretamente cinco delas no fim da fase , trazendo a lembrança verdadeira para o paciente.
Gráficos: Nota 6
Os gráficos não surpreendem nem um pouco, é uma mistura de foto realismo com desenho, não é feio, mas também não é lindo e maravilhoso como os jogos de grandes produtoras.
O diferencial fica por conta das imagens perturbadoras que existem no jogo.
Controles: Nota 8
Os controles de Nevermind não poderiam ser mais simples, como o jogo é em primeira pessoa, usamos o analógico esquerdo para movimentar o personagem, com o analógico direito movemos a câmera e o botão “A” é o botão que realiza as ações(abrir portas, pegar fotos e objetos), nada mais, mas funciona bem.
Som: Nota 6
Quando vejo escrito, “adventure-horror game”, já imagino um som muito sombrio, com barulhos assustadores e muitos “jump scares”(sustos de pular da cadeira), infelizmente não existe “jump scare” nesse jogo, mas a atmosfera é tensa e o som faz o seu papel, nada espetacular.
Diversão: Nota 4
Não espere socos, tiros ou “fatalities” em Nevermind, além de andar, apertar o botão “A” e resolver quebra-cabeças, na maioria muito fáceis, não sobra muita coisa além de um breve interesse pela história dos pacientes, e suas mentes perturbadas.
O grande motivo de continuar(no meu caso) é o interesse na mente doentia deles, pois cada lugar é único e até que bem originais.
Tirando o tutorial, onde refazemos os passos de “João e Maria até a casa de doces da Bruxa”, o jogo conta com mais quatro…SIM, APENAS QUATRO pacientes “reais”.
Nesses casos, existem cenários perturbadores como entrar em uma geladeira comum e lá dentro ter centenas de cadáveres pendurados em sacos, casas distorcidas, parques de diversão malignos, velório e por aí vai.
Por causa do pouco número de fases, se você decifrar os enigmas rápido, vai terminar o jogo em menos de três horas, pois cada paciente dura em média meia hora.
Sabendo os caminhos e a resolução dos quebra-cabeças terminará muito mais rápido.
O fator “replay” também está presente.Após terminar uma fase, podemos voltar nela e procurar por itens importantes que não são “contabilizados” inexplicavelmente da primeira vez que jogamos, afinal, vamos encontrar as mesmas coisas que já encontramos durante a fase normal.
Veredicto
Apesar do jogo ser bem curto, achei a ideia interessante, e queria ver o resto das histórias.
Mas não se engane pensando que é um jogo de horror com muito sangue e sustos, pois sustos não existem, talvez só algumas imagens e histórias perturbadoras, uma delas incluindo uso de drogas, e talvez seja por isso que seja qualificado apenas para maiores de 18 anos.
Do resto é um jogo que pode passar despercebido por ser muito curto e bem parado, o que pode não agradar muita gente.
Pontos Positivos
– História dos personagens
– Jogo com temática original
Pontos Negativos:
– Gráficos fracos
– Quedas de framerate constantes
– Muito curto
– Quebra cabeças fáceis
Por isso a Gamers e Games concede o Selo de Bronze ao jogo.