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DollHouse – ótima proposta para uma execução sofrível | Análise

Analisado no PlayStation 4

Eu preciso começar essa análise dizendo que sou muito relutante, quando se trata de sair da minha zona de conforto e experimentar jogos novos, com propostas muito diferentes. Ou seja, quando recebi DollHouse para analisar, dei uma torcida de nariz por conta do conceito de terror, numa atmosfera que lembra vagamente BioShock. Mas abri minha mente e dei uma chance, joguei sem expectativas (para minha sorte). O jogo é bem raso e possui muitos fracassos no decorrer de toda a experiência, mas mostrarei seus sucessos também, para que vocês possam avaliar por conta própria, se vale ou não a pena jogá-lo!

 

 

DollHouse é um jogo de terror em primeira pessoa que nos coloca para exploração em corredores sinistros, a fim de encontrarmos “memórias” e objetos que nos auxiliam no progresso da narrativa. Procurando esses itens, temos que evitar diversas armadilhas espalhadas no cenário, enquanto fugimos de criaturas que nos perseguem apenas quando damos as costas para eles.

 

Vários personagens são apresentados, portanto suas habilidades particulares. Ao longo do game vamos aumentando o nível para melhorar cada personagem, para assim, se tornar mais capaz de sobreviver neste ambiente tão hostil. Os personagens são muito diferentes uns dos outros, mas também há limitações para usar as habilidades: É necessário encontrar itens consumíveis no cenário, para que possamos usar.

 

 

 

 

Existe uma série de habilidades comuns, mas uma que se destaca é uma das consumíveis, onde é possível usar uma espécie de FLASH, que permite eliminar as paredes falsas do labirinto, assim como as criaturas que nos perseguem. Existe uma habilidade que funciona como uma espécie de “POSSESSÃO”, que nos permite ver através dos olhos das criaturas que nos perseguem, possibilitando a percepção de objetos importantes no ambiente, mas isso faz com que a criatura saiba nossa localização, facilitando que nos encontrem no labirinto.

 

 

O contexto do jogo, assim como deu pra perceber no que descrevi, não é ruim. Mas sua execução é lamentável. É tudo muito cansativo, monótono e repetitivo, ou seja, não há incentivo para que continuemos a jogar. Sendo bem franco, é um jogo pequeno para a quantidade de bugs. Eu falo de números. E os bugs não são coisa pequena, só na primeira meia hora, tem dois bugs que me deixaram bugado, pensando em como passou tão despercebido por quem revisou o jogo. Pra se ter uma ideia, no começo do jogo, durante o tutorial, a legenda que estava em inglês parou de funcionar após a frase “Hello Marie”, o tutorial do jogo inteiro ficou sem legenda. Então, se por algum milagre você se interessou por este jogo, é bom que tenha algum conhecimento em inglês, pois é apenas baseado no áudio que você conseguirá entender e se comunicar com o jogo. Num contexto geral, preciso dizer, não melhora. Do tutorial em diante, é só ladeira abaixo. Sendo sutilmente franco, o jogo não está preparado pra habitar as prateleiras das lojas. Há muito a ser feito ainda.

 

 

Caso você queira uma experiência onde apenas os bugs serão enfrentados, sem inimigos e armadilhas, existe o “Modo Voyeur”, que te permite explorar os labirintos sem correr riscos. Embora pareça interessante, é ainda mais cansativo e desgastante. Mas pra compensar tanta coisa ruim, a trilha sonora é boa e interage com o aspecto noir, que é meio exagerado e repetitivo, assim como sua jogabilidade. Eu não testei o modo online, por motivos de “Não quis”, pois o jogo é desmotivador. Mas de acordo com 3 jogadores online no mundo inteiro, não há muita interatividade por falta de players. DollHouse tentou inovar, e realmente inovou, mas de uma forma negativa. Por isso, não posso recomendar. Se um dia esse jogo estiver gratuito na PS Plus, não baixem. Brincadeira. Ou não (risos). Embora sua mecânica e história sejam boas, o jogo apresentou um fracasso do tutorial até seu modo online (que não testei, mas pesquisei). Se você quer sentir medo, existem inúmeros títulos de games no mercado que oferecem isso. Infelizmente DollHouse não deveria nem ter chegado às lojas.

 

DollHouse

4.5

Nota

4.5/10

Positivos

  • História

Negativos

  • Bugs infinitos
  • Jogabilidade
  • Cenários repetitivos

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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