DRAGON QUEST MONSTERS: The Dark Prince – Um anti-herói em busca por justiça | Análise

Encarne um anti-herói, recrute monstros e lute pela sua justiça no mais carismático estilo de Dragon Quest!

Vlademir Vitaliano02/02/2024Última Atualização 02/02/2024

Analisado no Nintendo Switch

Dragon Quest Monsters: The Dark Prince foi lançado em 01/12/23 pela Square Enix promete proporcionar uma experiência única e envolvente, enriquecida pelo toque especial da arte do mestre Akira Toriyama. Assumindo o papel de Psaro, um híbrido meio monstro e meio humano, os jogadores embarcarão em uma jornada para superar uma poderosa magia que o impede de buscar vingança. Nessa busca, Psaro precisará unir forças com diversos monstros, delegando a eles a tarefa de enfrentar seus inimigos enquanto ele elabora estratégias para leva-los à vitória.

A narrativa desse anti-herói é um dos pontos altos do jogo. Filho de uma humana e Randolfo, o rei dos monstros, Psaro é dotado de uma força que aterroriza os humanos, mas é constantemente desdenhado por seu próprio pai. Apesar de sofrer hostilidades dos cidadãos locais, Psaro, a pedido de sua mãe, luta para não sucumbir ao lado monstro de sua natureza. No entanto, após sua casa ser incendiada, ele se vê obrigado a fugir com sua mãe doente e confrontar seu pai em busca de uma solução para a saúde dela.

A descoberta de que o rei, apesar de possuir poderes para ajudar, talvez não tenha interesse em fazê-lo leva Psaro a erguer suas armas contra o tirano. Como resultado, ele é amaldiçoado e expulso, marcando o início de sua épica aventura. Sua missão é depor o rei tirano e assumir o controle do povo do Reino dos Monstros. No entanto, devido ao feitiço lançado por seu pai, Psaro não pode mais enfrentar os monstros diretamente. Seguindo o ditado “se não pode vencê-los, junte-se a eles”, ele inicia o treinamento dos monstros para que lutem em seu nome.

Com relação aos monstrinhos, além de poder recrutá-los, o destaque é a possibilidade de fundir aqueles que já chegaram no nível 10, fazendo com que seja mais fácil obter criaturas poderosas e não disponíveis para agregar ao seu time durante as lutas em mundo aberto. Assim, a diversão aumenta e não fica só na batalha de monstrinhos, que apesar de lembrar, é bastante diferente do jogo Pokémon (eu sei que você estava pensando nele)! O combate, como o clássico de um bom RPG, é baseado em turnos e os quatro monstros da sua equipe podem batalhar automaticamente ou sob ordens: você pode priorizar ataques com poder máximo, capacidades de cura ou suporte, por exemplo. O fato de as lutas serem em equipes dá espaço para bastante estratégias, o que acaba tirando o jogo do “raso”, já que o sistema de lutas acaba sendo simples.

Ao subir de nível os monstros ganham pontos de habilidade que podem ser usados para desbloquear habilidades de acordo com uma “Árvore de skills” permitindo a personalização do monstrinho de acordo com as suas preferências e necessidades em batalha.

Apesar de o jogo ter uma história bem envolvente com personagens carismáticos e estilo de batalha divertido, sofre com algumas questões que não passam despercebidas: desempenho problemático e cenários com visual datado. O início do RPG possui várias mudanças de cenário com diferentes cutscenes que fazem o jogador experienciar muitas telas de loading. Além de frequentes, elas não são necessariamente rápidas, o que torna o ritmo travado e sempre te faz dar aquela pegadinha no celular entre uma cena e outra. Já com relação ao cenário, a gente sabe que muitas vezes o importante é a diversão, mas frequentemente jogos spin off acabam optando por economizar em alguns detalhes, que infelizmente, comprometem a experiência como um todo. A falta de texturas e de capricho com os gráficos te fazem voltar ao passado, mas não de uma maneira boa.

Ainda assim, Dragon Quest Monsters: The Dark Prince é uma boa recomendação para os fãs da série ou para quem quer uma diversão descontraída com boa história em um mundo fantástico e carismático. Custando R$299,90 na eShop, o título não possui localização para o português do Brasil, mas promete divertir os amantes de jogos estilo Pokémon e os aventureiros de plantão.