Sniper Elite VR – Um tiro certeiro | Análise

Como nada é perfeito Sniper Elite VR chegou com alguns problemas, a maioria já resolvido após um pequeno patch.

Analisado no PC usando Windows Mixed Reality


Sniper Elite VR é o primeiro jogo da franquia Sniper Elite exclusivo para a realidade virtual. O título foi desenvolvido pela Just Add Water (Developments), Ltd, distribuído pela Rebellion e lançado em 08/07/2021 para PCVR, PSVR e Oculus Quest.

Sniper Elite VR é uma das poucas adaptações de um jogo flatscreen para a realidade virtual bem feitas. O jogo chega na medida certa, com uma campanha legal, uma jogabilidade arcade, bons controles e é claro, as famosas “kill cams” presentes nos outros jogos da série.

Seguindo o ritmo de Sniper Elite 4, VR também se passa em 1943 na Itália só que aqui a história será contada sobre o ponto de vista de um veterano guerrilheiro que lutou contra a ocupação nazista na Sicília. A história está divida em 18 missões que podem ser acessadas como páginas de um livro e o personagem principal vai narrando os acontecimentos durante a jogatina.

O jogo é diversão garantida, além da tradicional “kill cam” temos missões para todos os gostos. Em algumas missões é preciso fazer uso constante do rifle, acertando alvos a distância para defender algum ponto, em outras é possível tentar uma abordagem furtiva, mascarando os sons dos disparos com o som ambiente ou deixando o rifle de lado e partindo para um confronto mais próximo com pistolas, metralhadoras ou espingardas. As missões levam em média de 5 a 30 minutos para serem concluídas, o tempo vai variar de acordo com seu ritmo de jogo e eu diria que para um jogador experiente é possível esperar por volta de 6 horas de jogatina.

Os controles são o ponto mais forte dessa aventura. Diferente de um simulador, Sniper Elite VR tem uma jogabilidade mais arcade com movimentos de corrida e agachamento dependentes de botões e não da livre movimentação do jogador. Se por um lado essa escolha pode desapontar os jogadores mais hardcore, por outra ela permite uma maior acessibilidade e é aqui onde o jogo brilha.

Começando pela plataforma mais limitada o Playstation VR, o título tem compatibilidade e pode ser jogado com os controles PSVR Aim Controller, PS Move, ou DualShock 4. O interessante aqui é que este é um dos poucos jogos que dão a opção de o jogador operar o ferrolho ao jogar com os controles Move, o que aumenta bastante a imersão ao forçar o jogador a abrir e fechar o ferrolho em cada disparo e em cada recarga do rifle e armas.

No PC e no Quest temos maior flexibilidade nos controles e aqui a acessibilidade é percebida com maior facilidade. Jogamos a versão de PC e essa versão possui diversas opções de conforto e acessibilidade, sendo possível ajustar a movimentação da câmera entre smooth ou snap turn, alterar opções de estabilização de mira e modos de recarga manual ou automático. A cereja do bolo aqui é uma adaptação das luvas magnéticas introduzidas em Half Life Alyx, ou seja, você não precisa abaixar ou se aproximar de um item para pega-lo, é só apontar e puxar. As diversas assistência tornam possível jogar em pé ou sentado, o que é ótimo pois nem todo jogador tem a mobilidade suficiente para aproveitar os shooter tradicionais da realidade virtual.

Por ser um título feito para várias plataformas que incluem o mais limitado Oculus Quest concessões foram feitas e os gráficos e sons são medianos. Jogamos no PC e no PlayStation e os gráficos lembram bastante os encontrados em Sniper Elite V2, os modelos são bem simples, principalmente os da kill cam que mostram sempre o mesmo modelo com poucos órgãos e ossos. No PlayStation o jogo fica um pouco menos detalhado com texturas um pouco borradas, no PC temos texturas mais nítidas, mas não espere um milagre. Os sons em ambas plataformas é mediano, o som ambiente é até legal, mas é fácil perceber uma repetição nos sons de pássaros, som este que as vezes acontece mesmo em locais fechados onde não existiria vida selvagem, os sons das armas são bastante genéricos e não temos nada de especial aqui. Como disse mais acima o jogo e bastante divertido e mesmo gráficos e sons sendo medianos, eles não estragam a jogatina.

Como nada é perfeito Sniper Elite VR chegou com alguns problemas, a maioria já resolvido após um pequeno patch. Os principais defeitos no lançamento foram a falta de suporte aos Headsets da família WMR, e a posição das mãos que estavam bem acima ou abaixo dos controles. Eu solucionei problemas relacionados ao WMR ao criar e compartilhar na comunidade os controles para este headset, a posição das mãos e outros pequenos problemas foram solucionados com o primeiro patch, contudo o jogo ainda sofre com um pequeno problema de área de jogo que aparece as vezes, mas não é crônico. A resposta dos desenvolvedores foi rápida, eles anunciaram que estão coletando feedback da comunidade e estão trabalhando para melhorar o jogo e introduzir o suporte nativo para o WMR.

No final Sniper Elite VR é uma experiência fantástica, o jogo é simples, divertido e acessível para todos. O preço cobrado é bastante camarada e este é um título que eu posso recomendar para todos que possuem um headset de realidade virtual.

Confira abaixo alguns vídeos de Sniper Elite VR no PC em Live e vídeo de gameplay, além do game no PlayStation VR:

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