Lucky’s Tale – Divertido, mas é bem curto | Análise

A raposa mais simpática do mundo VR

Analisado no PlayStation VR pelo PS5


Lucky’s Tale foi lançado originalmente para Oculus Rift em 2016 pela Playful Corp, e apenas agora, 6 anos depois chega ao PlayStation VR numa versão remasterizada.

Esse port não deve nada a versão do PC, trazendo gráficos limpos sem estarem embaçados ou serrilhados, mas é uma pena ter chegado apenas agora ao PSVR, pois se tivesse vindo antes de Astro Bot Rescue Rescue Mission evitaria ser comparado a ele.

Lucky’s Tale conta a história de Lucky, uma raposinha muito simpática que sai em busca do seu melhor amigo Piggy, que foi sequestrado por uma criatura muito semelhante a um polvo, mas esse é cheio de olhos. Piggy é um porquinho cofrinho que guarda todas as moedas douradas de Lucky, e é atrás dele que estamos durante o jogo, seguindo a trilha de moedas que Piggy deixou pra trás. Fiquei meio em dúvida por qual motivo Lucky realmente gosta de Piggy, se é por ele ser seu amigo mesmo, ou por guardar toda sua fortuna.

A premissa de Lucky’s é bem simples e se assemelha muito a Crash Bandicoot, Mario 64, e outros jogos do gênero, seguimos por várias fases enfrentando inimigos pulando em cima deles ou girando a cauda de Lucky, recolhemos diamantes e moedas para obtermos pontuação e vidas ao juntar 100 moedas, também tem um “presente secreto” em cada fase que libera uma pequena estátua dos personagens para colecionarmos. O grande diferencial mesmo é o ambiente em realidade virtual que nos leva a achar que estamos em uma grande mesa de festa de aniversário infantil toda decorada com lindos cenários cheios de árvores, cogumelos, etc. Lucky está sempre olhando com a cara feliz dele pra gente e é um dos personagens mais carismáticos que já vi. No quesito interação com o VR posso ressaltar uma única função interessante que é a de quando Lucky pega uma bomba e usamos nossa cabeça para mirar em alguns alvos, fora isso não há mais nada além da interação que a própria raposinha tem conosco, mas poderiam ter explorado melhor isso, como alguns inimigos nos atacando e nós mesmos tendo que desviar com a cabeça como acontece em Astro Bot. Enfim, como eu disse anteriormente, os gráficos são simples mas muito bonitos, trazendo um dos jogos mais bem feitos em VR.

Os inimigos do game são basicamente lagartas, abelhas, golens de pedra, plantas carnívoras e peixes na fase da água, sim temos uma fase com Lucky embaixo d’agua. Longe de querer colocar sentido em um jogo infantil, mas as mesmas lagartas terrestres que são encontradas nas primeiras fases, também estão na fase da água, podiam ao menos ter colocado a mesma bolha de ar que Lucky usa, ou ter feito algum inimigo diferente, e digo mais, elas estão presentes em praticamente todas as fases do game, trazendo uma pouca variedade de inimigos, mesmo que isso não tire a diversão do jogo.

Os controles são ótimos e não devem nada a nenhum jogo de plataforma que jogamos na TV de forma convencional. Basicamente só temos o botão de pulo, o famoso pulo duplo apertando duas vezes o mesmo botão, o botão de ataque com a cauda e o “stomp” que é a barrigada muito, mas muito semelhante a barrigada do Crash Bandicoot que fazemos apertando R2 quando estamos no ar após um pulo. Os ataques são praticamente os mesmos para todos os inimigos, alguns demoram mais para serem derrotados apenas com a cauda, mas são facilmente derrotados quando pulamos em cima.

Um dos aspectos em que o jogo peca é a duração, pois em menos de 2 horas é possível finalizar o game pegando todos os presentes secretos se você prestar atenção nas fases. O fator replay fica apenas para outros 2 modos, o modo Time Attack onde devemos passar a fase o mais rápido possível pegando todos os diamantes verdes que só existem nesse modo e o outro é o de passar a fase e pegar os 25 diamantes vermelhos espalhados por ela, inclusive para pegar o troféu de platina do game precisamos passar esses dois modos com perfeição, o que trás um pouco mais de desafio ao game.

Em conclusão, Lucky’s Tale é um jogo bastante fácil e muito divertido, que só fica devendo na sua duração, tem ótimos gráficos e sons, ótima jogabilidade e nos apresenta a raposinha mais fofa que já vi. O valor de R$ 104,90 na PSN Brasileira ($19,99 na americana) é justo para um jogo bonito e bem feito, mas que pode aguardar alguma promoção para ser adquirido.

Confira neste vídeo de gameplay as primeiras impressões de Lucky’s Tale:

Sair da versão mobile