Hitman: Blood Money – Reprisal – O Agente 47 finalmente sai da nuvem para o Switch | Análise

Reprisal é um port decente de um jogo que não envelheceu mal, a experiência é boa, entretanto ela claramente mostra a sua idade.

Analisado no Nintendo Switch


Hitman: Blood Money é um jogo de ação furtiva desenvolvido pela IO Interactive e lançado originalmente em 2006 para o PC e consoles da época. Reprisal é o port do jogo original desenvolvido pela Feral Interactive e lançado em 11/2023 para as plataformas mobile Android/iOS, com a versão para o Nintendo Switch chegando em 25/01/2024.

Mantendo-se fiel ao original, mas adicionando pequenas melhorias, Reprisal é um port decente de um jogo que não envelheceu mal, a experiência é boa, entretanto ela claramente mostra a sua idade.

Iniciada em 2000 pela IO Interactive, Hitman é uma franquia de sucesso sendo considerada umas das melhores no quesito liberdade e criatividade. Seus jogos vêm evoluindo suas juntamente com os novos hardwares, sendo que todos os títulos mais antigos ainda estão disponíveis para PC, já nos consoles acabamos tendo coletâneas e às vezes versões especiais dada a falta de retro compatibilidade entre as plataformas. Lançado em 2006, Blood Money foi muito bem recebido e aclamado por sua experiência sandbox que proporciona uma grande liberdade, trazendo diferentes caminhos para se chegar a cada alvo. Este título que agora chega para as plataformas Nintendo Switch e Mobile com um port decente que adiciona pequenas atualizações.

Assim como em outros jogos da franquia, em Blood Money nós iremos jogar e acompanhar a jornada do Agente 47, o assassino profissional que tem como objetivo eliminar alvos em diferentes missões. O port mantém fielmente a experiência original, temos a mesma história, os mesmos controles e uma qualidade visual que remete bastante ao jogo original. A experiência é basicamente a mesma, mas temos algumas adições bem vindas principalmente para quem é mais novo e não pode acompanhar os originais em seus lançamentos.

Com um port fiel, as novidades ficam por conta de adições de qualidade de vida e Reprisal chega com uma interface nova, várias opções de configuração e de um minimapa, sendo possível ativar ou desativar praticamente toda a interface e auxílios para uma experiência mais limpa e sem ajudas. Os controles são basicamente os mesmos na versão de Switch que como novidade traz algumas adições de botões e ações, além de assistências de mira que contam com opções de mira automática ou por auxílio através dos giroscópios do Joy-Con.

No geral a mira por analógicos aqui é bem ruim e os auxílios são muito bem vindos, contudo apesar dos giroscópios do Joy-Con funcionarem muito bem em outros jogos, em Reprisal eles não estão bem calibrados e percebemos uma certa aceleração demasiada com eles. Por conta desses problemas na mira, a mira automática atualmente é a melhor opção para esta jogatina, lembrando que tudo pode ser corrigido com atualizações.

A grande novidade é a adaptação do Instinct mode presente nos últimos jogos que aqui pode ser usado para destacar e identificar, guardas, alvos e pontos de interesse ao redor do seu campo de visão. Este modo é uma implementação limitada se comparada aos das versões mais recentes, mas ele em conjunto com o minimapa são o suficiente para modernizar um pouco a jogatina, a deixando mais acessível para novatos mas ainda com alguns aspectos que não escondem a idade do título.

Como dito mais acima, este é um port fiel e por isso temos gráficos bastante datados e algumas inconsistências nas mecânicas de jogo que provavelmente irão irritar quem só jogou os últimos jogos da franquia. Blood Money traz caixas de interação muito pequenas que atrapalham e exigem uma constante atenção ao realizar ações, seu sistema de combate é datado e a apresentação visual está longe dos padrões atuais. A versão de Switch roda a 30 FPS 720 no modo portátil e 1080p na dock, o desempenho é estável na maior parte do tempo com pequenos slowdowns em algumas situações que não comprometem a jogatina.

No final, apesar de mostrar sua idade, Hitman: Blood Money Reprisal é um bom port. O título finalmente traz o Agente 47 para o Switch, visto que infelizmente a franquia só chegou ao console híbrido em sua versão Cloud que não está disponível globalmente. O preço cobrado é camarada e mesmo que você já o tenha jogado em outra plataforma, com certeza vale a pena adicionar esta versão a sua biblioteca.

Confira no vídeo abaixo um trecho do gameplay de Hitman: Blood Money Reprisal:

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