Space Docker VR – Seja um operador de “empilhadeira” espacial | Análise

Space Docker VR é um dos exemplos de jogos muito bem adaptados para a realidade virtual.

Analisado no PC com o Quest 2


Space Docker VR é um jogo de simulação com temática espacial, desenvolvido e distribuído pela Cat Commandos. O título foi inicialmente lançado em 15/12/2021 como acesso antecipado para PC VR e atualmente também conta com versões para Meta Quest e PlayStation VR2.

Trazendo uma experiência relaxante, divertida e totalmente baseada na física, Space Docker VR é um dos exemplos de jogos muito bem adaptados para a realidade virtual.

Assim como o nome sugere, em Space Docker VR nós iremos jogar como um operador logístico espacial, um motorista de “empilhadeiras” que tem como objetivo buscar, entregar e organizar cargas (contêineres) com o auxílio de uma pequena nave. Não temos história e sim tutoriais que colocam o jogador como um novato nesse trabalho, nos ensinando o básico de como controlar a nave e operar cada tipo de carga.

O jogo é dividido entre modo carreira, trabalhos aleatórios e modo corrida. No modo carreira é onde teremos os tutoriais e missões que irão nos ensinar os comandos e objetivos, as missões aleatórias chegam com trabalhos pequenos e outros semanais para você testar suas habilidades e por fim o modo corrida te coloca para correr em um circuito alcançando checkpoints no menor tempo possível.

Este é um simulador espacial construído com base da física newtoniana, por este motivo o jogador precisa sempre prestar atenção ao impulso, ajustando os controles para não sair do percurso ou colidir. As missões sempre envolvem a recuperação ou movimentação de cargas e o jogo traz diferentes tipos destas, bem como obstáculos e interferências que colocam um pouco de desafio nessa experiência.

O título fornece uma experiência bastante imersiva e o maior fator que contribui para isto são os controles do VR, que por padrão aqui são utilizados na forma de mãos para realizar todas as interações. O jogador literalmente precisa apertar os botões na cabine e também agarrar os manches de controle da nave, sendo que os controles de movimento e aceleração são realizados ao virar e inclinar os pulsos enquanto segura os manches.

Se por um lado esta abordagem torna a jogatina imersiva, por outro ela deixa tudo bastante cansativo e é fácil começar a sentir um desconforto nos pulsos depois de um tempo de jogo, fato este que é agravado pela necessidade de manter os botões de grip pressionados o tempo todo para manter as mãos nos manches. Jogamos no PC e felizmente nesta plataforma é possível configurar um conjunto de HOTAS/HOSAS (manche e acelerador, ou dois manches) como controles, a configuração é fácil de se fazer e a jogatina fica muito mais precisa e confortável com os controles físicos, em contra partida o jogo perde um pouco da imersão, pois as mão são deixadas de lado.

Não temos informações sobre o suporte a diferentes controles nas outras plataformas, mas tirando esse fato, o título também se mostrou bastante acessível com diversas configurações disponíveis para ajuste. Aqui é possível modificar quase tudo, partindo desde a altura e distância do assento, controles, tamanhos de fonte e outros, o jogo está formatado para qualquer jogador conseguir aproveitar essa experiência e para melhorar a ainda mais a acessibilidade temos um assistente de voo, este que chega com alguns modos ajuda encarregados de controlar o contraimpulso, algo que é de extrema importância para auxiliar os jogadores menos experientes a controlar e estabilizar a nave.

Como é de se esperar a ambientação é espacial, mas não espere nada impressionante, até porque o foco aqui está na jogatina. Os gráficos e modelos no geral são simples com poucos detalhes e as texturas são um tanto apagadas, o ponto mais alto do visual são efeitos de iluminação que fornecem um pouco de destaque para os modelos. Para completar a ambientação, temos uma trilha sonora composta por músicas calmas e relaxantes que se alternam entre momentos de silêncio, onde só iremos ouvir o som dos propulsores da nave.

No final, Space Docker VR traz uma experiência imersiva e muito bem adaptada para a realidade virtual, o título é mais uma prova de que não é necessário gráficos de última geração para se construir uma boa experiência. O preço cobrado é camarada e com certeza vale a pena adicioná-lo à sua biblioteca.

No vídeo abaixo você confere as primeiras impressões de Space Docker VR:

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