AnálisesPlayStationXbox

The Dark Pictures: Man of Medan – Temos o controle | Análise

Analisado no PlayStation 4 Pro


Quem nunca quis estar em uma posição de definir o caminho de um determinado personagem e de alguma maneira tentar mudar o final de uma história de terror?

Pois bem, essa é a premissa de “The Dark Pictures: Man of Medan”, o primeiro jogo de uma série produzida pela Supermassive Games e distribuída pela Bandai Namco.

Para quem tem memória boa, vai lembrar que esse tipo de jogo e o estúdio não são novidades não. Isso mesmo, são os mesmos responsáveis por “Until Dawn”, game exclusivo para PS4.

“Man of Medan” começa nos anos 40 quando somos levados a bordo de um navio de guerra americano. Nesse curto prologo já podemos perceber o que estará nos esperando no decorrer do game. Com alguns eventos meio que sobrenaturais, aquela embarcação vira um grande navio fantasma.

Já no mundo atual, estaremos a bordo de Duke of Milan, onde cinco jovens vão atrás de relíquias perdidas no fundo do mar. São eles: Conrad, Julia, Alex, Brad e Fliss. Serão esses os personagens que controlaremos durante o game. Cada um deles conta com uma personalidade bem diferente do outro e logo nos primeiros minutos podemos perceber isso. Perceba que essas diferenças são essenciais para que possamos tomar decisões baseadas em cada um dos personagens e tentarmos levar a história da melhor maneira possível, ou seja, vivos.

Mas onde o game começa de verdade é quando durante um mergulho de exploração, piratas chegam ao barco. Sim, ao melhor estilo de Capitão Phillips tomam conta do barco e após alguns acontecimentos chegaremos ao navio que sim, agora podemos chamar de fantasma, o Navio Medan, o mesmo do prólogo do jogo.

A partir daqui não vou mais falar sobre a história para não perder a graça. Então vamos falar sobre as mecânicas do jogo. Pois bem, não há muitas novidades aqui não. O jogo vai nos conduzindo entre os personagens e com isso uma série de escolhas são colocadas a nossa disposição. Geralmente serão 2 escolhas de atitudes e mais uma que seria o silêncio, tudo isso pressionado pelo tempo que temos para tomar a decisão.

Fora as escolhas, os famosos Quick Time Events (apertar os botões em uma sequência certa) estão presentes. Aqui vai uma dica: fique bem espertos, pois o tempo para o “aperto dos botões” é bem rápido. Uma das novidades nessa mecânica é a nervosismo ou a calma, que são trechos onde podemos tentar diminuir nossos batimentos cardíacos através de um sistema de QTE.

Um outro detalhe são os pontos brilhantes que vamos achando no decorrer da jogatina, que são colecionáveis que vão dando um maior conhecimento da narrativa de “Man of Medan”. Outro detalhe bem importante são as fotografias. Essas são muito importantes, pois mostram algumas as premonições do que pode acontecer na nossa caminhada no game e ajuda, um pouco, nas decisões que podemos tomar.

O mais bacana neste game é que realmente corremos o risco de morte de nossos personagens. Sim, não importa se a aventura começou a pouco tempo, dependendo dos seus atos, qualquer um dos personagens pode ir para o além. Isso é bem legal, pois ainda bota uma carga dramática em toda a aventura.

Para ir nos mostrando os acontecimentos, nos intervalos da aventura aparece o Curador. Um personagem que tem o papel de ir comentando nossos atos e até mesmo dando dicas, quase todas que já sabemos. Achamos que apesar de ajudar na contextualização da história, quase não ajuda em nada. Mas com certeza ele será um personagem que estará nos outros jogos da série.

Em relação aos modos de jogo, temos 3. O single player onde jogamos sozinho. O segundo modo, online, é o Shared Story onde com a ajuda de um amigo onde cada um vai compartilhando personagem diferentes em momentos diferentes o que torna o resultado muito mais imprevisível. É um modo bem interessante. O terceiro e último modo Movie Night, onde foi feito para jogarmos em até cinco pessoas, passando o controle de uma pessoa para a outra na mesma sala. Divertido, mas não muda muito a experiência individual.

O jogo tem suas muitas qualidades, mas também sofre com alguns problemas. Por ser um jogo/filme, o ponto alto tem que ser os personagens. Apesar de alguns bem interessantes, na maioria ainda falham em ter uma vida própria, mesmo que bem interpretados.

A qualidade gráfica do jogo é aceitável, mas muitas vezes as modelagens dos personagens também ficam abaixo da média que encontramos por aí. Outro ponto que deixa um pouco a desejar são os momentos de terror, que usam os mesmos truques dos filmes do gênero onde tudo se torna bem previsível.

Tivemos alguns problemas de performances. Em muitos casos percebemos muitos soluços do game o que fazia perder um pouco da imersão em momentos mais tensos.

Mas a Supermassive Games ainda assim soube levar bem esse primeiro game da série e apesar de alguns problemas, faz com que “Man of Medan” se torne agradável, principalmente para quem gosta deste gênero. Com algumas mudanças no ritmo e na composição dos personagens, o segundo jogo da série pode surpreender nossas expectativas.


 


The Dark Pictures: Man of Medan

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Muitas opções
  • Consequências com nossas decisões
  • Boa atmosfera
  • História intrigante

Negativos

  • Alguns problemas ténicos
  • Modelagem dos personagens
  • Loadings

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
Botão Voltar ao topo