Trek to Yomi – Uma incrível jornada de autoconhecimento | Análise

Dando o “Play” no VHS

Analisado no PlayStation 5


Trek to Yomi (caso queira saber o que Yomi significa, é só ler o último parágrafo dessa análise), conta a história de Hiroki, um jovem samurai que tem como dever proteger seu povo, e a pessoa que mais ama, sua querida Aiko.

Aiko é filha do mestre de Hiroki, Sanjuro, que foi assassinado quando sua vila é atacada por bandidos logo no final da primeira fase do game, após esse evento os anos passam, Hiroki e Aiko se casam e protegem a vila de qualquer ameaça. Quando eles descobrem que um exército de inimigos se aproxima de sua vila, Hiroki toma a frente e antes que a ameaça chegue, ele decide que quer dar um fim nisso. Infelizmente as coisas não saem como o planejado.

O jogo é todo em preto e branco, lembrando muito aqueles antigos filmes de samurai, eu não sou muito fã de filtro de granulado, mas confesso que nesse jogo ele fica maravilhoso, nos dando a sensação de ser realmente um filme antigo. A direção de arte é incrível, Trek to Yomi traz gráficos simples, mas cheios de detalhes, em algumas cenas parece um filme antigo mesmo de tão bem feito que é. A trilha sonora não tem como ser diferente, músicas, e efeitos sonoros dignos de filme, mas o que mais me chamou a atenção foi a dublagem dos personagens, o idioma falado, é apenas o japonês, o que nos leva mais ainda ao passado dos velhos filmes, além disso temos vários tipos de legendas disponíveis incluindo o nosso querido português.

A jogabilidade mescla entre “2D e 3D”, mas o jogo é bastante linear, então não se preocupe em ficar olhando mapas como Ghost of Tsushima. Os combates são todos em 2D, facilitando o modo de luta de nosso personagem, enquanto a parte da exploração fica com o “3D”. Basicamente na parte dos combates usamos os botões quadrado e triângulo para ataques fracos e fortes, já o botão X usamos para virar nosso personagem para o lado oposto do que está, isso me incomodou um pouco no começo mas depois que peguei o jeito passou a não me incomodar mais. O círculo serve para rolar e o R2 para atirar (Bo-Shuriken, arco e flecha e uma arma parecida com uma bazuca). O jogo não tem o foco em um inimigo só, portanto você precisa ficar esperto com as costas até o final do jogo. No início estamos bem fracos e praticamente sem habilidades, durante o gameplay vamos recolhendo mais vidas e itens para aumentar nosso vigor. A árvore de habilidades também existe aqui, mas funciona diferente das que estamos acostumados, nesse caso vamos recebendo as habilidades e elas vão automaticamente ficando com nosso personagem sem a gente precisar ficar colocando, tirando, ou abrindo um menu para selecioná-las. Pra mim isso é muito útil e torna o jogo mais dinâmico, sem que eu precise ficar mexendo nos menus a toda hora.

Durante o gameplay teremos algumas escolhas para fazer que mudarão o rumo da história, tanto que na terceira fase, se você conseguir derrotar o chefe, automaticamente o jogo termina, pois você acabou de derrotar o chefe final do game, achei isso muito interessante, mas não consegui terminar assim, eu morri e continuei jogando até passar os 8 capítulos para ver um dos finais do game. Pelas escolhas, suponho que tenha uns 4 finais diferentes, mas até o fim desse review eu só tinha feito um mesmo.

Confira o início de Trek to Yomi no vídeo abaixo:

Alerta de Spoiler:

YOMI é a palavra que denomina o mundo dos mortos na mitologia japonesa e no xintoísmo. Sendo assim Trek to Yomi, seria “Caminhando para Yomi” ou Jornada para Yomi, cujo nosso personagem vai após “morrer” em certa parte do jogo.
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