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Matchpoint – Tennis Championships – Um jogo que parou na rede | Análise

Game tem em sua jogabilidade fácil seu maior trunfo, mas precisaria melhorar todo o resto.

Analisado no PlayStation 5


Uma das coisas que sempre digo é: leia sempre a análise de um jogo e não apenas a nota. Por que isso? Apesar de a nota realmente ser importante e mostrar uma média geral de um game, há muitas outras coisas a serem consideradas e assim, o game pode ter partes boas e outras nem tanto. Então te convido a ler até o final esse texto para entender um pouco mais sobre tudo que foi levado em conta para se formar uma nota.

Todo mundo sabe que jogo de tênis é sempre bem-vindo, principalmente agora, onde tudo se torna cada vez mais realístico. Temos jogos de futebol, de golfe, de beisebol, futebol americano, automobilismo e Tênis. Agora, mais um jogo deste esporte tão difundido chega ao mercado. Mas será que eles que vale a pena dar uma chance?

Matchpoint – Tennis Championships é produzido pela Torus Games e distribuído pela Kalypso, uma desenvolvedora da Austrália e vem para brigar com outros nomes famosos neste mercado como AO International Tennis e também com o Tennis World Tour, jogos que já tem seu lugar ao sol.

Vamos começar falando do que o jogo tem de melhor, sua facilidade de jogabilidade. Sim, se tem um ponto que temos que dar o parabéns para a Torus Games é que Matchpoint – Tennis Championships tem controles bem fáceis. Basta fazer o tutorial e você já pode sair jogando. O mais bacana, é que eles conseguiram sintetizar os golpes com os botões de uma forma prática e que realmente funciona. Fazer um slice, lob, smash, fica tudo muito simples, bastando apertar o botão e usar o controle para direcionar a bola.

O mesmo acontece com o saque, escolher qual o estilo que você vai usar, apertar o botão correspondente, sempre lembrando que quanto mais tempo pressionar o botão, mais potência você coloca no saque ou no golpe que pretende dar, além de mirar onde a bola deva ir na quadra adversária.

Algumas coisas o jogo meio que faz automaticamente, como por exemplo, posicionar o seu jogador para rebater uma bola. Aí tem o lado bom e ruim. Vamos ao bom: com isso você pode se concentrar em dar golpes mais ousados e calculados. Lado ruim: as vezes não era exatamente ali que você desejava que ele estivesse.

O jogo tem como modo principal o Carreira, onde criamos e personalizamos nosso jogador e a partir daí entramos no circuito para galgar um lugar melhor no rank. Aí vai uma dica: Treine muito. Sim, com isso você vai melhorando seus atributos. Depois comece por participar de partidas amistosas e pequenos torneios. Depois que seu jogador tiver evoluído bastante, aí sim é hora de tentar um Grand Slam.

Você começa a perceber que o jogo é muito limitado quando chegamos na parte das licenças. Sim, infelizmente Matchpoint – Tennis Championships não deve ter um orçamento gigante e por isso optou por tentar um refinamento melhor na parte de jogabilidade.

Como sabemos jogos que tentam trazer o realismo de um esporte para a tela precisam tentar ser o mais fiel possível para passar essa sensação ao jogador. Com isso, gasta-se milhares de dólares em pagamentos para aparecer marcas famosas e grandes ídolos do esporte no game. Pois bem, não espere ver isso aqui. Um dos exemplos que podemos citar são os próprios nomes dos torneios, que passam a ser genéricos. O Torneio de Wimbledon, o mais importante torneio de grama disputado no circuito profissional de Tênis, chama-se Grand Slam de Londres. Já o torneio mais conhecido em quadras de saibro, o Torneio de Roland Garros, no jogo se chama Grand Slam da França.

Pode até parecer besteira, mas não é. Hoje, jogos que querem simular um esporte precisa e muito tentar passar essa atmosfera. Quem não gostaria de ser o Rafael Nadal a entrar na quadra Philippe-Chatrier, a principal quadra do Torneio de Roland Garros, e disputar uma final contra o suíço Roger Federe. Já imaginou???

Pois não dá para isso se concretizar. Além dos torneios, poucos jogadores do circuito realmente aparecem no jogo, e posso dizer que nem um muito conhecido. Cito aqui Tim Henman, Carlos Alcaraz,  Madison Keyes , Victoria Azarenka,  Nick Kyrgios e Daniil Medvedev.

Mudando um pouco do assunto, os gráficos estão ok. Se não são um primor, também estão longe de ser ruim. As CGs são muito bem feitas, mas no Playstation 5, sentimos algumas engasgadas durante as cenas. Já no jogo mesmo, ele é bem fluído.

Porém, como já dissemos, os rostos dos jogadores, juízes e das arquibancadas são bem genéricos, ficando uma grande sensação de repetição com o decorrer das partidas. Outro ponto que também não foi muito bem equilibrado foi a narração. Com poucas partidas, já fica bem chato, nos forçando a desligar.

Mas calma. Só a narração e comentários realmente são um pouco irritantes. O som das partidas e os efeitos sonoros dos golpes e da bola foram muito bem feitos e dão um bom realismo.

Então não vale a pena jogar Matchpoint – Tennis Championships? A resposta mais fácil seria que não vale a pena, mas não é bem assim.

O jogo, apesar de ter vários pontos negativos, tem uma coisa que é interessante: a jogabilidade, que vamos ser sinceros, vale muito. Lógico que ela também pode ser mais bem refinada, mas para pessoas que estão começando agora no mundo dos games, Matchpoint – Tennis Championships é uma boa porta de entrada, sendo fácil e intuitivo.

Outra coisa que nos chama a atenção é que nos parece que o estúdio fez tudo o que podia e, até, com todo orçamento que tinha. Dá para acreditar que se tivessem um orçamento maior, esse jogo poderia ser um dos melhores deste gênero.

Então, minha dica é para que dê uma chance a Matchpoint – Tennis Championships, principalmente se você tiver o Game Pass, já que lá o jogo está incluso na sua assinatura.

Confira neste vídeo de gameplay um trecho de Matchpoint – Tennis Championships:

Matchpoint - Tennis Championships

6

Nota

6.0/10

Positivos

  • Controles fáceis
  • Bons efeitos sonoros
  • Disponível no Game Pass

Negativos

  • Pouca personalização
  • Falta de jogadores e torneios licensiados
  • Narração e comentários ruins
  • Falta partidas de Duplas

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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