
Red Dead Redemption – Um excelente port para o Nintendo Switch | Análise
Lançado em 2010, Red Dead Redemption foi sucesso comercial em ambas as plataformas PlayStation 3 e Xbox 360
Analisado no Nintendo Switch
Red Dead Redemption é um jogo de ação e aventura desenvolvido e distribuído pela Rockstar Games. Inicialmente lançado em 2010 para PlayStation 3 e Xbox 360, o título acabou recebendo versões para as plataformas Nintendo Switch e PlayStation 4 em 17/08/2023.
Trazendo uma boa história e um excelente conjunto de gráficos e desempenhos, Red Dead Redemption é mais um excelente port que chega para o Nintendo Switch mostrando a capacidade desta plataforma que já é limitada para os dias atuais.
Lançado em 2010, Red Dead Redemption foi sucesso comercial em ambas as plataformas PlayStation 3 e Xbox 360, o título recebeu vários prêmios e uma “sequência” Red Dead Redemption 2 que chegou em 2018 e 2019 para as plataformas mais modernas de consoles e PC respectivamente. A história principal é baseada no velho oeste onde acompanhamos a saga de John Marston, um “ex fora da lei” que é forçado a aceitar um trabalho de pistoleiro em troca da segurança de sua família. O jogo recebeu várias atualizações incluindo até um popular modo zumbi que também está incluso neste port.
Com rumores que apontavam para um possível remake de Red Dead Redemption, o inesperado aconteceu e o que tivemos foram as confirmações dos ports do jogo para as plataformas Nintendo Switch e PlayStation 4. Sim, não temos uma versão para a família Xbox visto que o Xbox One / Series possuem retrocompatibilidade com o Xbox 360 e o PlayStation 4|5 não dispõem deste recurso com o antigo console, assim infelizmente na plataforma PlayStation o título se encontrava ainda exclusivo do PlayStation 3 que já saiu de produção a um bom tempo.
Chega de enrolação, esta análise tem como o foco a versão para o Nintendo Switch e já posso adiantar que o jogo chega bem completo ou quase. Red Dead Redemption chega no Switch trazendo todo o conteúdo offline já lançado para o jogo em um pacote que inclui a expansão Undead Nightmare, códigos de trapaças e itens desbloqueados. Quem gostava do popular multiplayer online irá ficar desapontado, pois ele foi cortado desta versão que se solidifica como uma experiência single player offline.
Ports para o Switch geralmente tem qualidade inconsistente e a plataforma já recebeu jogos boas versões de títulos de sucesso como Doom, Wolfenstein e Skyrim, mas ao mesmo tempo também já tivemos ports ruins que precisaram de várias atualizações até ficarem jogáveis, como é o caso da trilogia Grand Theft Auto o popular GTA que até hoje não está 100%.
Quem estava com dúvidas em relação a performance deste port pode ficar sossegado, pois você irá cavalgar nas pradarias trocando tiro com bandidos a sólidos 30 FPS. A performance está excelente e diferente da trilogia GTA não notamos nenhum problema relevante durante a jogatina, sim ainda existe uma pequena queda de quadros antes de algumas cinemáticas ou quando utilizamos explosivos nas batalhas contra vários inimigos, mas não é nada que comprometa a jogatina e as quedas também eram presentes nos originais.
Um dos motivos para a boa performance é que este é um port básico do jogo original e não uma remasterização. No geral esta nova versão é um pouco superior, pois o jogo alcança uma maior resolução no Switch chegando a 1080p no modo dock e 720p no modo portátil, ambas superiores às do PS3/360. Este aumento de resolução faz com o jogo fique com uma apresentação mais nítida, mas infelizmente como esperado ainda é possível notar alguns pop-in que aparecem às vezes na vegetação e sombras, em contrapartida os tempos de carregamento foram bastante reduzidos. Essas pequenas melhorias visuais são acompanhadas de uma bela trilha sonora que conta com uma boa dublagem e localização com legendas para diversos idiomas incluindo o PT-BR.
Mesmo com uma boa performance é difícil não notar que o jogo não envelheceu tão bem e os controles deixam isso claro. Embora o port traga alguns recursos como a possibilidade de ajustar a sensibilidade dos analógicos, bem como assistente de mira e outras opções, é impossível não notar que Red Dead Redemption tem controles um tanto quanto antiquados para os dias atuais. Por causa dos controles várias ações como o simples ato de cavalgar acabam se tornam cansativos e às vezes um tanto frustrantes por causa da precisão e do fato de ter de ficar pressionando ou alternando botões para tarefas simples, fato que é agravado pois os joy-cons que acompanham o console não são os controles mais confortáveis.
Jogando no Switch Oled eu percebi que a experiência é mais sólida e suave no modo portátil do que no modo dock, pois mesmo com as limitações de resolução e de processamento, o jogo apresentou menos problemas de pop-in e quedas de quadros durante a jogatina fora da dock. Independente do modo de jogo, os controles acabaram sendo o fator que mais limitou minhas sessões de jogo, pois eles simplesmente te fazem cansar de jogar.
No final, Red Dead Redemption é mais um port sólido que não só mostra o potencial do já limitado Switch, como também confirma que quando quer, a Rockstar sabe fazer um bom port. Infelizmente o preço cobrado é salgado visto que este é somente uma adaptação do original para a nova plataforma e como este é um jogo que foi popular no seu lançamento é bastante provável que já o tenha jogado em outra plataforma, por este motivo se você se interessou eu recomendo que espere por uma promoção, mas se nunca jogou e sempre seguiu as plataformas Nintendo, essa é uma ótima hora para jogar.