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DE-EXIT – Eternal Matters – A morte não é necessariamente o fim! | Análise

A gameplay de DE-EXIT – Eternal Matters é bem curtinha, não ultrapassa as 10 horas de jogo durante toda a campanha.

Analisado no PlayStation 4


A vida após a morte é um tema bastante interessante e alguns games costumam beber dessa fonte vez ou outra. A abordagem acerca deste tema já foi vista em jogos como The Medium, Death Stranding e mais recentemente The Banishers: Ghosts of New Eden. Em DE-EXIT – Eternal Matters temos um vislumbre do panorama compartilhado pela SandBloom Studio e HandyGames, responsáveis por Endling: Extinction is Forever.

DE-EXIT – Eternal Matters é um joguinho indie gostosinho com foco em aventura e resolução de puzzles e um mundo quase aberto. A diversão que esse jogo proporciona é daquelas que merecem ser apreciadas, tanto por sua qualidade, quanto por seu apelo narrativo reflexivo. A utilização do que é incomum é muito imersiva, seus elementos são bem ordenados graficamente, a tal ponto de conseguir passar a mensagem que carrega de forma clara sobre todas as formas reflexivas que existem acerca da vida de tudo que existe durante e após ela.

O jogo apresenta uma mecânica bastante simples, entretanto esse fator não torna a experiência menos desafiadora, muito pelo contrário, os puzzles em si são complexos e exigem do player uma habilidade precisa para posicionar tudo em seu devido lugar, bem como saltar ou atravessar determinados lugares. É tudo muito preciso! A exploração é muito interessante também, permitindo conhecer alguns lugares à medida que ocorre a progressão por meio de 6 capítulos.

A gameplay de DE-EXIT – Eternal Matters é bem curtinha, não ultrapassa as 10 horas de jogo durante toda a campanha. E assim como eu, sei que muitos gostam de histórias mais longas, mas esse jogo se basta pelo fato de manter uma narrativa bastante imersiva e emocionante, cativando o jogador e fazendo-o questionar diversos pensamentos pré-existentes sobre diversos assuntos. O conceito gráfico do jogo evoca uma estética satisfatória, que permite a visualização direta do que estão tentando provocar com as imagens.

O sistema de ambientação é muito interessante, ele faz uso de cenários de diversos centros étnicos ao redor do mundo, utilizando elementos que remetem às crenças de determinados locais acerca do tema morte. Tudo é muito simples, mas segue uma dinâmica muito fluída e orgânica.

Em termos narrativos, DE-EXIT – Eternal Matters oferece uma história bem amarrada com bagagem emocional notória, abordando questionamentos da vida e da pós vida de maneira sensível e tocante. Vox, o esqueleto protagonista é um acerto em cheio para a trama, pois sua personalidade e seu carisma dão um toque especial ao que já se mostrava muito competente no que diz respeito a identidade, riqueza de detalhes e potencialidade para se tornar algo muito maior. A forma como DE-EXIT adotou características minimalistas com texturas detalhadas para entregar recursos cinematográficos de qualidade são o ponto alto, apesar de possuir um visual imaterialista, ele consegue contrastar isso com animações realistas e dinâmicas.

DE-EXIT - Eternal Matters

Para quem é fã de jogo indie ou está se aventurando por esses vales recentemente, DE-EXIT – Eternal Matters é um excelente jogo para se desafiar e se questionar sobre tudo o que a morte, o luto e todas as camadas fascinantes que este tema aborda. Gameplay no limite do que é realmente bom, associado a um gráfico bonito e detalhado que ilustram uma história profunda e emotiva que entrega uma experiência cinematográfica de altíssima qualidade!

DE-EXIT – Eternal Matters

9.8

Nota

9.8/10

Positivos

  • História
  • Gráficos
  • Gameplay

Negativos

  • Jogo curto

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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