
Fatal Fury: City of the Wolves – O retorno triunfal! | Análise
Analisado no PlayStation 5
Muitos de vocês que estão lendo essa análise, provavelmente nem eram nascidos quando o último título oficial de Fatal Fury foi lançado em 1.999 para os arcades. Garou: Mark of The Wolves foi lançado pela SNK e se consagrou com um excelente e lindíssimo jogo de luta 2D na época, garantindo muito diversão para os fãs da franquia. Devido a vários fatores financeiros e de gestão, a companhia não lançou nada desse título nos últimos 26 anos, entretanto, agora com novos donos e diretrizes mais complacentes, temos City of The Wolves!
Este novo título carrega a essência da saga Fatal Fury, com muita personalidade, estilo e porrada, encontrando e administrando um equilíbrio no atual momento que a SNK se encontra. Diferente do que foi explorado no final dos anos 90, agora temos gráficos que exploram detalhes em 3D, com muitos detalhes e características cartunescas, que são bastante funcionais dentro da atmosfera que o jogo apresenta. Embora não seja o trabalho mais sofisticado e polido do mundo, ele funciona bem, tornando a jogatina bastante divertida.
Aqui, os personagens são bem robustos, ocupando boa parte da tela, com muita individualidade, sendo possível notar suas posturas de forma mais intrínseca, bem como o alcance dos golpes e o dano provocado. As ambientações, mesmo que bonitas, não entregam interação alguma, mantendo um destaque único e exclusivo para a luta, tornando-a sempre como primeiro plano.
Em termos de gameplay, Fatal Fury: City of The Wolves incorpora um sistema já conhecido no meio gamer de luta, o sistema VER, que nada mais é que um recurso recarregável que permite e fortalece ataques e poderes especiais, contra-ataques e quebras de guarda com combos mais avançados. Isso já é padrão no gênero luta, mas a SNK deu uma repaginada, tornando esse recurso mais restrito. Caso você utilize muitos REVs, seu personagem superaquece, impossibilitando a descarga de poderes por alguns momentos.
Tradicionalidade é a palavra que a SNK manteve nesse jogo. Existem muitas opções online e offline para quem quer destrinchar o jogo. Começando pelo modo Arcade tradicional, Versus Local, modo de treinamento e desafios de combo, o jogo ainda oferece um modo com elementos de RPG, que são conhecidas como Episódios de South Town. Totalmente inspirado em jogos anteriores, esse modo te convida a jogar andando por diferentes áreas da cidade, enfrentando outros lutadores e avançando na história individual de cada personagem. Conforme vencemos e avançamos, nossos níveis de força e resistência aumentam, além de habilidades exclusivas de cada lutador.
Sem querer dar spoilers, o maior destaque do jogo são as aparições que vão além do elenco confirmado. Vai dar pra matar aquela saudadezinha de alguns personagens icônicos. Para mim, o único detalhe que me incomodou profundamente foi a presença de Cristiano Ronaldo. De cara eu não entendi o motivo e definitivamente, nem fiz questão de pesquisar o motivo dele estar no jogo. Inclusive o personagem é absolutamente descartável.
Com uma sonorização digna da franquia, legendas localizadas em Português-BR e uma gameplay de tirar o fôlego, o game ganha muita força. Não sei se é possível dizer que valeu a pena esperar 26 anos por um novo título, pois essa espera em si, é muito subjetiva, afinal de contas, cada um cria sua própria expectativa e isso pode ser bom ou ruim e não cabe a mim decidir por vocês. Mas uma coisa posso garantir, o novo Fatal Fury não deixa nada a desejar a seus antecessores na série, sendo assim, merece um lugarzinho no seu coração, pois se trata de jogo muito diverso, com um elenco divertido e variado, que mesmo não tendo trazido personagens do passado como opções jogáveis, ainda garante possibilidades para o player.
Acredito cegamente que com o devido suporte, Fatal Fury: City of The Wolves tem tudo para se estabelecer como um respeitado jogo contemporâneo, garantindo inclusive um próximo capítulo nos próximos anos, não precisando demorar quase 3 décadas para retornar!