NotíciasPlayStation

Death Stranding 3 já tem conceito, mas Kojima não pretende dirigir

Kojima revela ideia para Death Stranding 3 e reflete sobre conexões e isolamento.

Hideo Kojima, o icônico criador de Metal Gear e Death Stranding, revelou que já tem um conceito em mente para um potencial Death Stranding 3. Porém, o mestre japonês deixa claro: dificilmente ele será o diretor deste possível novo capítulo.

Às vésperas do lançamento de Death Stranding 2: On the Beach no PS5, Kojima, hoje com 61 anos e cheio de projetos no horizonte, admite que não estará à frente da direção caso a saga continue. “Já tenho um conceito para uma sequência, mas quero deixar nas mãos de outra pessoa,” confessou em entrevista para a VGC.

Plate Gates: O conceito que pode abrir infinitas possibilidades para Death Stranding

Death Stranding 2 (01)

Entre as ideias que Kojima gostaria de ver no futuro da franquia, destaca-se a proposta de “Plate Gates”, introduzida em Death Stranding 2. Com elas, futuros jogos poderiam se passar em países totalmente diferentes ao redor do mundo:

“Se eu usar o conceito de Plate Gate, posso fazer sequências infinitas… Não pretendo dirigir, mas já tenho um conceito que poderia passar adiante.”

Ou seja: o universo Death Stranding pode crescer de inúmeras formas, com times diferentes e novas autorias, explorando realidades e desafios de diferentes povos ligados pelas “placas”.

Pandemia e Metaverso: Como Kojima repensou o tema central de Death Stranding 2

Death Stranding 2 (05)

Kojima também compartilhou bastidores da criação de Death Stranding 2, especialmente quanto ao impacto da pandemia de COVID-19 em sua visão criativa. O primeiro jogo era centrado na ideia de “conectar”, contra isolamento e divisão. Após experimentar o mundo pandêmico, ele mudou o tom:

  • “Após lançar Death Stranding, o mundo viu o isolamento crescer, e três meses depois veio a pandemia… Foi como ver o jogo virar realidade.”

  • A internet e a tecnologia serviram como ponte para sobrevivência, mas trouxeram novos desafios para nossa saúde emocional e relações humanas.

  • O próprio Kojima notou uma transição preocupante: “Até eventos e concertos ficaram apenas online. Não conheço nem os rostos de alguns colegas do meu estúdio.”

O slogan de Death Stranding 2 — “Não deveríamos ter se conectado” — nasce justamente dessa reflexão sobre os excessos e limites da hiperconectividade contemporânea.

Simbolismos, logo e a teoria do bastão

Death Stranding 2 (06)

Kojima enfatiza que a diferença entre os logotipos dos dois Death Stranding reflete as mudanças nos temas. Se antes os fios (“strands”) vinham de baixo, agora vêm de cima, sugerindo uma nova perspectiva sobre conexões.

Além disso, ele destaca que a ideia de “conexão” no jogo não é apenas positiva — há ambiguidade, perigo e crítica do excesso. Fãs atentos encontrarão pistas em personagens (como Dollman e soldados mecânicos) e suas relações.

“O que significa conectar de verdade? Quando você pensa nisso, começa a questionar… Muitas dicas estão espalhadas pelo jogo,” antecipa.

Kojima: agenda cheia e legado garantido

Na sequência de On the Beach, Kojima está focado em um novo jogo para Xbox (OD), um projeto de ação/espionagem para PlayStation e ainda um filme em produção. O futuro de Death Stranding pode estar seguro nas mãos de novos criadores, mas o DNA conceitual do japonês seguirá vivo.

Você imaginava que Kojima já tinha um conceito para Death Stranding 3? Quer ver outros estilos de direção na franquia? Comente, compartilhe e marque quem zerou o primeiro e está de olho em On the Beach!

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
Botão Voltar ao topo