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Oninaki – Onde a morte é apenas o começo | Análise

Analisado no PlayStation 4 Pro

 

Vários jogos falam sobre morte, mas com certeza a história por trás de Oninaki mostra uma visão bem construída sobre o assunto, falando sobre reencarnação e também sobre as almas que precisamn ser guiadas para o além, deixando este game muito mais agradável durante nossa jogatina.

Para quem não sabe, o game foi desenvolvido pela Tokyo RPG Factory, já especialista em JRPG como por exemplo os bons I am Setusana e Lost Sphear. Mas desta vez o estúdio preferiu dar uma ousada e criou Oninaki, um JRPG mas desta vez com bastante ação.

 

 

A morte com certeza não é o fim neste game, onde percebemos que algumas almas não conseguem se desligar deste mundo e ir em direção ao além. Seja por culpas ou arrependimentos, essas almas ficam presas e assim não vão conseguir se reencarnar.

Para ajudar essas almas perdidas, existem os Watchers, guerreiros que conseguem passar entre os mundos (dos vivos e dos mortos), como nosso personagem, Kagachi, um jovem watcher, que com a ajuda dos Daemons tenta libertar e conduzir as almas para o além, sempre na companhia de Mayura, sua amiga de infância.

 

 

Os Daemons que citei, são espíritos que nos ajudarão a combater os perigos que encontraremos durante essa dura jornada. Com o passar do jogo, vamos evoluindo esses Daemons, que ganham novos poderes, que influenciam em Kagachi. Aisha é nosso primeiro Daemon, mas com o decorrer do tempo vamos encontramos outros e no final podemos equipar 4 diferentes.

 

 

E a partir daí se desenrola os cerca de 20 horas de jogo para chegar ao final. Passando de um mundo ao outro e usando nossos Daemons, vamos desenrolando a história. O gameplay logo se torna bem tranquilo e até fácil de se praticar. Num primeiro momento o jogo se torna muito agradável e tudo parece muito bem.

 

 

Mas nem tudo são Luz. Temos trevas neste jogo também. Num segundo momento percebemos que a história, muito bem escolhida, acaba se tornando muito superficial, principalmente por causa dos diálogos muito rasos entre os personagens. Volto a dizer, a temática foi excelente e tinha tudo pra receber um 10 enorme, principalmente por causa do começo do game. Mas a Tokyo RPG Factory acabou por não se aprofundar no quesito da culpa e muitas vezes de queremos escolher entre a morte do que uma vida de tristezas, culpas e saudades.

 

 

O personagem Kagachi também perde força. Uma pessoa fria e aparentemente sem sentimentos, que ao decorrer do tempo, começa a perceber a importância que tem essa passagem da vida, e que temos que sim, valorizar a morte. Mas, como disse, infelizmente não é através do nosso personagem que vemos principais pontos desta história e, muitas vezes, a parte mais importante da narrativa acaba ficando com os NPCs.

A jogabilidade é muito boa, mas vale destacar que após algumas horas, percebemos que faltou um pouco de variação das atividades do jogo, ficando tudo muito parecido e até mesmo causando um pouco de monotonia. O efeito de passar entre os mundos também não funciona cem por cento, pois não há muitas diferenças entre um e outro e acaba mesmo só quando necessário passar de um para o outro.

 

 

É bom deixar claro que sua jogabilidade é boa. Muitas vezes como mencionei se torna repetitiva, e poderia ser melhor trabalhada, mas que em muitos momentos funcionam perfeitamente, principalmente no começo e no fim do jogo.

Entrando na parte gráfica, no começo o game parece ser simples, mas logo percebemos que esse lado artístico que a produtora optou, funciona de forma objetiva. Percebemos que ali está o DNA da Tokyo RPG Factory, onde o capricho aparece em pequenos detalhes. Me atrevo a dizer que é o mais bonito gráfico do estúdio.

 

 

Sua trilha sonora também não fica atrás, com músicas muito bem produzidas. Mas, devido ao longo período do game, acaba ficando um pouco repetitivo, mas compensa pela sua sonoridade. Os efeitos sonoros também são muito bons.

Oninaki não conta com diálogos, com exceção de pequenas falas. A maior parte são apenas escritos, mas sem legendas em português. Apesar de um diálogo não muito difícil, é lógico que fica desmotivante para aqueles que não dominam o inglês.

 

 

Oninaki pra mim é uma daquelas pérolas de RPG que acabam não se tornando grandes jóias por falta de uma lapidação maior do estúdio. O game tinha tudo para ser brilhante, a começar pela sua temática, personagens e jogabilidade, mas que acabou se perdendo em diálogos rasos e um jogo mais longo do que devia. Mesmo assim, o game ainda é muito bom e acima da média no gênero e vale a pena o investimento.

 


 

 


 

Oninaki

8

Nota

8.0/10

Positivos

  • Gráficos
  • Trilha Sonora
  • Combate
  • História interessante

Negativos

  • Diálogos rasos e superficiais
  • Mecânicas repetitivas
  • Mais longo do que deveria

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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