West of Dead – Um purgatório frustrante | Análise

Você irá morrer muito, muito mesmo.

Analisado no PC


West of Dead é um jogo de ação roguelike, desenvolvido pela Upstream Arcade e distribuído pela Raw Fury. O jogo foi lançado em 18/06/2020 para PC e Xbox One, está incluso no Xbox Game Pass e deve receber versões para PS4 e Switch no decorrer do ano.

O recém falecido William Mason, acorda em um bar no purgatório com a maior parte de suas memorias apagadas. Lembrando somente de seu nome e de uma figura de preto, Mason ira desbravar o purgatório para tentar conseguir respostas e recuperar sua memória.

O jogo conta com diversas mecânicas, temos cover, iluminação, habilidades, o fator RNG e geração procedural, teremos de conviver, utilizar e aperfeiçoar todas essas mecânicas durante a exploração. Primeiramente temos o cover (cobertura), sendo essencial e fazendo toda a diferença durante os combates, o personagem quando em cover não toma dano e recarrega as armas mais rapidamente, porem as coberturas são destrutíveis e após alguns tiros você deve procurar um novo lugar para se esconder.

A mecânica de iluminação é interessante. Só é possível travar a mira em inimigos que estão visíveis no cenário, assim nós somos forçados a procurar e acender as lanternas espalhadas nos mapas, ao acender uma lanterna os inimigos revelados são atordoados aí é só meter bala.

Você irá morrer muito, muito mesmo. O jogo é desenhado de uma forma que tecnicamente faz o personagem ficar mais forte após cada morte. Sempre que você conseguir completar um nível, você terá a opção de gastar alguns pontos em habilidades que ficam disponíveis para as próximas tentativas, o sistema é um pouco punitivo, pois você acaba dependendo do sistema de RNG para conseguir itens.

Os gráficos do jogo são bastante simples, mas é essa simplicidade que dá um certo charme para tudo. A trilha sonora é ok, porem a dublagem ficou muito boa. Temos Ron Perlman (ator conhecido especialmente por Sons of Anarchy e Hellboy) dublando William Mason e também servindo como narrador da história. Além da boa dublagem, temos legendas em português.

Infelizmente a falta de polimento das mecânicas acaba deixando o jogo bastante frustrante. Durante a jogatina, você irá se deparar com várias imperfeições. Para começar, o sistema de mira que é automático, sempre irá escolher o alvo mais próximo do personagem, mesmo esse alvo não sendo o mais perigoso, fazendo você errar disparos em situações críticas.

Por diversas vezes, inimigos apareceram em locais escuros do mapa onde não tem nenhuma possibilidade de iluminação, acontece que a mira não trava neles e você tem que atirar às cegas. O cover é automático e como é ruim, o personagem demora demais para sair do cover e ao mesmo tempo ele entra muito rápido no cover, fazendo com que você tenha uma movimentação agarrada, a esquiva segue a mesma linha e você acaba sendo punido, sendo acertado por um ou mais projeteis, mesmo após acabar de realizar uma esquiva perfeita.

O jogo conta com geração procedural de mapas, esse sistema em teoria ajuda a quebrar a repetição, pois a cada morte você volta ao início do jogo. O sistema funciona, mas todos os elementos dos mapas são parecidos e quando você junta esse fator com o RNG de itens e as mecânicas falhas, o resultado é um jogo que mais pune do que diverte o jogador.

West of Dead não é um jogo ruim, porem a falta de refinamento de suas mecânicas faz com que a experiência seja mais frustrante do que divertida, pois não é legal ter de reiniciar a partida toda vez que uma mecânica falha e causa sua morte. O jogo está disponível pelo Game Pass para PC e Xbox, assim é interessante você experimentar ele antes de decidir comprar. Vale lembrar que o jogo pode ser corrigido com atualizações.

O vídeo abaixo mostra um pouco do que você pode esperar.

Confira o vídeo de gameplay de West of Dead

 

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