The Coma 2: Vicious Sisters – Frio na barriga e corre corre | Análise
The Coma 2 faz de tudo para deixar o jogador sempre com aquele friozinho na barriga de suspense
Analisado no Xbox One X
The Coma 2: Vicious Sisters é um jogo de aventura e exploração, com elementos de sobrevivência e temática de terror, foi desenvolvido pela Devespresso Games e publicado pela Headup e Chrous World Wide Games. O jogo que é a sequência do premiado The Coma, foi lançado em janeiro deste ano no PC, em Junho no PS4 e Switch, e no começo de Setembro ao Xbox One, versão essa da análise.
Em The Coma 2: Vicious Sisters você joga com a jovem Mina Park, uma estudante do ensino médio no período noturno que tem seus problemas no colégio, seja com as notas e com os colegas como qualquer estudante comum. O jogo começa com uma cena animada mostrando Mina indo para a escola, nesse percurso, ela pensa em seu colega de classe (e interesse afetivo), Youngho, que está em coma a semanas no hospital da cidade, nesse mesmo dia, Mina precisa fica até mais tarde na escola a pedido da professora por conta de conversarem sobre seu rendimento, ao sair, Mina percebe que a escola está vazia, e nota uma movimentação estranha em um dos corredores da escola, bem em frente ao depósito abandonado. Quando nota que seu colega Seho entra nessa sala, Mina faz o mesmo, mas nota que o ambiente está vazio, apenas encontra uma espécie de altar improvisado e um telescópio apontado para a visão da lua de sangue, após desmaiar subitamente ela acorda e está em um ambiente decrépito e tomado pelas sombras, seu único companheiro é um isqueiro deixado por Seho, ai sair da sala Mina nota que está no mundo do Coma.
Logo de início podemos explorar algumas áreas da escola, mas muitas ou estão bloqueadas ou com as portas fechadas, Mina tenta sair tanto pelas portas da frente e dos fundos, mas ambas estão trancadas, com isso ela começa sua busca por opções de como sair dali, nesse percurso vamos enfrentar os primeiros obstáculos, não chamo de inimigos porque de fato eles não te atacam, mas sim atrapalham, por exemplo, alguns corredores tem corpos presos no teto, as vezes existem sombras (os espíritos vagantes do Coma) no chão e eles te arranham, em outras áreas uma planta explosiva venenosa pode contaminar o ar e assim por diante, todos esses obstáculos podem ser vencidos com as habilidades de Mina, como correr ou se esquivar, mas use isso com cautela, porque ambos consomem fôlego da personagem, fora isso todos os cenários do jogo termos um ou dos inimigos que nos persegue, seja alguma sombra mais poderosa e possuída ou até mesmo pelas Vicious Sisters.
Falando nesses personagens e nas irmãs, ai vem a dificuldade do jogo, alguns momentos é fácil notar que você está sendo seguido, da para ouvir facilmente os passos, com isso a melhor forma de evitar ser detectado é andar calmamente e não usar o isqueiro para iluminar o caminho, se isso for possível, se não for, saia correndo e se esconda em alguns dos esconderijos, como embaixo de mesas, armários ou cabines de banheiro, quando feito isso, o jogo ativa comandos de quick time, que serve para acalmar a Mina e ela não seja detectada, também é possível esquivar desses inimigos, não é fácil, mas é possível, e por fim, se você por pega pode usar um spray de pimenta ou ainda sofrer algum dano leve, mas se ocorrer novamente a morte é certa.
Durante o jogo vamos explorar outras áreas além da escola, entre elas estão a delegacia, o mercado de rua, a estação de metrô, hospital e o ginásio do colégio, em casa um deles temos que resolver alguns puzzles de coleta de itens e criação de armas de defesa pessoal, seja um teaser, uma máscara de gás, até um carrinho de controle para distrair o inimigo, nessa jornada também encontraremos muitos NPC’s, que são espíritos que estão no coma mas sem o intuito de provocar mal, além de alguns humanos que consegue entrar nesse reino e lutar contra as Vicious Sisters.
The Coma 2: Vicious Sisters tem uma história longa e envolvente, tudo isso é contado pela exploração e por anotações que são recolhidas ao longo do jogo, além disso, a influência do folclore sul coreano se faz presente, incluindo o estilo gráfico baseado em mahwa (o mangá coreano), que é bem bonito e casa bem com a atmosfera do game. Um ponto importante de destacar é que o jogo está completamente em português, tanto a interface e menus como legendado, o que ajuda bastante na imersão proporcionada, em contra partida a trilha sonora apesar de funcionar bem não empolga e acaba ficando cansativa.
Outro ponto negativo é a jogabilidade do game, por alguns momentos tive a impressão que o mapeamento dos botões parece confuso e você facilmente vai se perder nos quicktime eventos antes de se acostumar, por fim, o backtracking é um pouco cansativo, e apesar do sistema de mapas ser bem completo, é fácil ficar um pouco perdido, principalmente no momento do desespero quando está sendo perseguido.
Analisando todos os pontos, da pra se dizer que The Coma 2: Vicious Sisters é um bom jogo, que implementa coisas até então não comuns ao gênero de terror, mas ele não atinge seu ápice por conta de pequenos incômodos no gameplay e no tempo de jogo, que pode ser um pouco curto dependendo do quanto você vai explorar a fundo cada área.