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Godfall – É bonito, mas não empolga | Análise

Gráficos bonitos não salvam um título. Godfall é visualmente incrível mas quase nada empolga no título.

Analisado no PlayStation 5


Anunciado como o primeiro grande título do PlayStation 5, Godfall aparentava ter potencial para uma nova IP, além de gráficos belíssimos, enaltecendo o que a nova geração de consoles poderia proporcionar. Após o lançamento, é fácil entender que Godfall é quase um “Godfalha” e nesta análise, explicarei os motivos!

É evidente que a cada nova geração de consoles, a expectativa para gráficos incríveis, jogabilidade inovadora é normal e Godfall não erra, ao menos no quesito gráfico. Logo de imediato somos surpreendidos com uma introdução de alta qualidade ainda que a história seja rasa, não há como negar que a premissa é boa e cria um hype.

Godfall

Assim como Destiny, Godfall apresenta um mundo vasto com inimigos, cenários, armas, loot e ainda permite que você possa jogar com um amigo o que deixa o gameplay mais interessante, porém, acaba aí. Ao se aproximar de outros títulos, Godfall peca pela falta de criatividade, pois nada que exista aqui já não foi visto anteriormente em outros games, o que por si só, já deveria ser motivo de trazer ao menos uma mecânica diferente, aproveitando porque não, a nova tecnologia e poderio do PlayStation 5.

O matchmaking funciona e traz com ele alguns bugs, como ver o outro player atravessar paredes, ou um ligeiro atraso nas animações de finalização. Não atrapalha e muito provavelmente será corrigido com patchs.

A falta de empatia com o personagem é provavelmente o calcanhar de Aquiles do game. Títulos como The Last of Us em que as expressões faciais trazem o tom da narrativa, deixam você automaticamente imerso ao enredo, qualquer que seja o desfecho. Sim, existem games que não há menções de expressões faciais e isso é facilmente resolvido criando um arco narrativo aos personagens que lá estão.

Em Godfall, as armaduras parecem ter vida própria, como se não houvesse uma persona por baixo, com seus anseios e objetivos. É uma alegoria de brilho reluzente no melhor estilo Slasher-looter. Não bastasse o ambiente “sem vida”, o game lhe proporciona áreas e cenários até que interessantes, o quais permitem uma leve exploração, bem próximo ao que vimos em God of War do PlayStation 4, porem os elementos em torno destas áreas exploráveis não trazem qualquer desafio, do tipo “não estou forte o suficiente para abrir tal baú, ou enfrentar tal inimigo, volto mais tarde”. Tudo é muito repetitivo e pouco desafiador.

Godfall

Por falar em desafio, Godfall é um misto de Dark Souls com Sekiro, trazendo personagens com habilidades próprias, e literalmente mixados com as armas que utilizam, influenciando muito nos combates. Nisso o game tem méritos, pois existe uma grande variedade de loot, dentre eles: Marretas, Espadas, Adagas, Lanças etc, cada um com um nível de força e agilidade.

O sistema de loot é vasto, e requer uma boa atenção na administração do espaço de armazenamento. Com 2 horas de gameplay você já vai estar carregando peças e armas desnecessárias, forçando a manutenção dos itens, artefatos mais fortes e usuais durante a campanha

Ao escolher essas armas, enfrentar o mesmo inimigo pode proporcionar diferentes oportunidades de combate assim como a dinâmica dos movimentos. Se você quer agilidade, provavelmente causara menos dano, se seu intuito é causar dano, algumas armas podem deixa-lo mais lento, forçando cautela com sua retaguarda. Essa transição é muito interessante e apesar de ser confusa de início, temos aqui um ponto positivo.

Os efeitos sonoros, trilhas e toda a ambientação musical que poderiam ser épicas, são apenas“ok”. Não decepcionam nem empolgam. Longe da vitalidade sonora de um Devil May Cry com seu hack and slash marcante, Godfall empaca naquele instante em que um Heavy Metal cairia bem para enaltecer uma batalha contra algum boss, mas por fim, não o faz.

Godfall

Temos aqui algo que já sabemos, porém é sempre bom reforçar. Gráficos bonitos não salvam um título. Godfall é visualmente incrível, ainda mais rodando a 60 fps e com todos os efeitos de luz impulsionados pelo poder do PlayStation 5. Se o intuito era ser um Destiny, faltou dedicação a história e principalmente aos personagens, pois tudo aparenta ser vazio, sem qualquer motivo para estarmos ali. Ter uma enorme quantidade de itens, loot e mecânica de combates até interessantes, não serão suficientes para que Godfall seja lembrado dentro de alguns anos.

Godfall

6.5

Nota

6.5/10

Positivos

  • Gráficos
  • Loot
  • Sistema de Combate

Negativos

  • Repetitivo
  • Pouca Criatividade
  • História

Thiago Bonito

Administrador, apaixonado por vídeo game, já sofri quando queimei meu Atari, super fã de jogos clássicos e economizando até a alma para comprar o PS5 no dia do lançamento
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