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Stray – O jogo do gatinho é bastante competente | Análise

Se você gostou de The Last Guardian ou Shadow of the Colossos, de uma chance para Stray.

Analisado no PlayStation 5


Stray, game de aventura desenvolvido pelo estúdio Blue Twelve com publicação pela Annapurna Intecavtive, é uma grata surpresa que chegou em 19 de julho e vem colecionando elogios por trazer uma proposta diferente, desafiadora e emocionante.

Disponível para os consoles PlayStation 4 e Playstation 5, incluso nos planos de assinatura da PS Plus Extra e Deluxe aqui no Brasil e também para PC, o primeiro grande acerto da desenvolvedora foi exatamente dar acesso aos assinantes desses serviços pois estamos falando de um game Indie que dificilmente teria um alcance maior de divulgação se não fosse o fator da disponibilidade.

Temos enfim um game o qual controlamos um simpático gatinho que por um enorme azar e descuido, escorrega em um cano daqueles de esgoto e acaba caindo em uma cidade literalmente abandonada de “vida”. Em primeiro momento temos que voltar a superfície pois é lá que estão os demais felinos e por assim dizer, amigos do gatinho aventureiro.

De imediato o título aborda de forma evidente que se trata de uma ideia futurista em que há dois mundos que coabitam, porém se divergem. Os mais ricos ficam em uma cidade alta, com recursos visivelmente melhores do que estão na parte baixa e que expõe com uma excelente direção de arte, cantos escuros, sujos e toda a precariedade de algo que está abandonado a muito tempo.

Stray

Tudo acontece quando um vírus de nome Zurks, criado em laboratório, que erroneamente escapa de controle exterminando os humanos e até mesmo os robôs deixando assim o planeta devastado. Não é uma ideia original, porém trazer um gato como protagonista é um tanto quanto inusitada.

Além disso, os robôs com vestimentas de humanos é literalmente uma distopia pois não afasta a ideia de que ainda que seja um jogo de temática new age, a realidade de divisão de classe ou tal qual “ricos e pobres” é presente.

Stray

A jogabilidade de Stray é simples e como uma agilidade felina, se faz intuitiva uma vez que estamos falando de um game com aspectos verticais em que saltar de plataformas, entre paredes, janelas e até mesmo locais altos é algo constante durante toda a jornada. Cabe aqui ressaltar que temos um botão exclusivo para miados e sim, é viciante fazer o bichano miar mesmo que isso não influencie em absolutamente nada nos comandos principais.

Existem puzzles simples e inteligentes, mas um tanto lineares e talvez aqui seja um dos pontos fracos do game, levanto em conta toda a ambientação e o fato de termos um gato como personagem principal, faltou criatividade nos puzzles. Há sim um aspecto original tal como mudar objetos de lugar, evitar ser visto por inimigos e interagir com os cenários e na visão de um gato, tudo parece ser grande e desafiador, porém a facilidade em resolver tais puzzles tira um pouco o peso da dificuldade.

Stray

Stray foca na ideia de um mundo pós apocalíptico e para auxiliar no enredo os desenvolvedores tiveram a bela sacada de inserir o B-12, um companheiro nas aventuras do gatinho que o ajuda a entender os diálogos com os personagens robóticos e até mesmo enfrentar alguns inimigos. A história de origem do simpático robô é cheia de mistérios e se desenvolve no desenrolar da trama.

A trilha sonora é um vislumbre a parte e acompanha praticamente todos os aspectos dos cenários, desafios, puzzles, etc. Impressiona o fato de existirem games AAA que não conseguem sequer chegar perto do que há em Stray e não é ousado dizer que lembra muito The Last of Us parte 1 tanto nos momentos de tensão quanto na calmaria.

No quesito gráfico, temos uma ótima direção de arte, mas não espere por algo de início de nova geração pois o intuito é contar uma história por uma perspectiva única sem deixar de lado os desafios. O game sabe de suas limitações e nem por isso deixa de lado o bom uso luzes, efeitos neon e sombras que no geral.

Stray

Alguns ambientes são melhores trabalhados que outros e isso fica mais evidente na metade do game, porém não atrapalha em nada a imersão, sendo apenas um detalhe observado para citarmos nesta análise.

Stray já pode ser considerado como um dos melhores games de 2022 e pelo fato de estar disponível na PS Plus Extra e Deluxe, é quase que uma obrigação para quem assina o serviço ao menos conhecer o título.

Confira neste vídeo em Live o começo de Stray:

Stray

8.5

Nota

8.5/10

Positivos

  • Ritmo constante
  • O próprio gatinho
  • Botão de miado

Negativos

  • Game literalmente curto
  • Puzzles simples

Thiago Bonito

Administrador, apaixonado por vídeo game, já sofri quando queimei meu Atari, super fã de jogos clássicos e economizando até a alma para comprar o PS5 no dia do lançamento
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