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Smart TV 43” TCL Semp R6610 – Simples e funcional para o uso básico | Análise

Aparelho cedido pela TCL Semp do Brasil


Próxima a completar um ano de mercado, o modelo ROKU TV R6610 carrega a marca SEMP e está disponível em duas versões, o modelo de 32” com resolução HD de 1280x720px e o modelo maior de 43”, esse full HD com 1920x1080px, modelo esse que pude testar por um período razoável. Como o nome do modelo já indica esses aparelhos carregam o sistema Roku TV, e isso não é nenhum problema, pelo contrário, mas uma TV full HD em 2025 ainda faz sentido?

Vamos começar pelo básico, o conteúdo da caixa da TV, lá temos o painel de 43”, dois pezinhos em plástico rígido, bem semelhantes ao de outras TVs da TCL Semp, cabo de energia, controle remoto já conhecido da linha SEMP • ROKU TV, par de pilhas, quatro parafusos para fixação dos pés e um adaptador para entrada áudio e vídeo (os antigos cabos vermelho, branco e amarelo). O controle remoto é bom, mas parece feito de um plástico um pouco rústico demais, por outro lado, ele tem boa pegada e um peso ok. Nele estão os comandos de acesso rápido a aplicativos como YouTube, Netflix, Prime Video e os demais comandos de operação da TV, como setas direcionais, números, volume e mudança de canal, entre outros.

O modelo de 43” da R6610 pesa 6,2Kg, tendo 95,5cm de largura, 55,5cm de altura e 9cm de profundidade, o modelo ganha mais alguns cm na atura e profundidade quando os pés estão instalados passando para 60,7cm e 18,5cm respectivamente, mas caso o consumidor desejar, ele pode colocá-la num suporte usando o padrão VESA 100X100. Todo esse conjunto é composto por uma tela de iluminação LED e design minimalista, contando com bordas infinitas nas laterais e topo, sendo a base um pouco mais espeça contendo o logotipo da marca SEMP e a inscrição Roku TV do lado inferior direito. O botão liga/desliga fica numa posição meio estranha, muito recuado e a esquerda de onde a luz de modo de espera fica, logo abaixo da marca na área central, essa luz é branca, levemente azulada e dá um aspecto bonito ao aparelho num ambiente escuro, mas felizmente ela pode ser desativada se desejado, uma vez que se o modelo for usado num quarto ela pode criar uma iluminação muito forte. O painel traseiro também é todo de plástico, algo comum em TVs desse tamanho e categoria, as conexões ficam em ambos os lados, com energia de um e portas do outro.

O modelo apresenta um número de conexões dentro do esperado, talvez até exceda um pouco dado a faixa que atua (modelos full HD). A R6610 de 43” conta com 3 portas HDMI, uma porta LAN para conexão cabeada, 2 portas USB 2.0, entrada RF para conexão de antena de TV, entrada audio e vídeo atravez do adaptador incluso, saída de audio óptica e saída P2 para fones de ouvido. Em conexões sem fio, espere apenas pelo Wi-Fi, esse dual band com 2,4 e 5Ghz, Bluetooth não é suportado, mas ela tem integração nativa com o Apple Air Play e acesso via app móvel da Roku para iOS e Android, podendo controlar a TV por lá e usar o recurso de escuta privada, mandando o som da TV para o app no smartphone e ouvir com os fones desejados, seja por cabo ou sem fio.

Quanto ao uso com assistentes virtuais, a TV até tem, mas não achei fácil configurar e não sei se é muito funcional, em outro modelo a SEMP • Roku TV eu fiz uso da Alexa, que é a assistente que uso, porém nessa, não foi muito fácil, são necessários mais passos para a configuração que o desejável e o assistente não reconhece a TV de imediato.

No quesito aplicativos, pode ficar tranquilíssimo, o Roku é líder no mercado dos Estados Unidos e com isso ele vai ter um suporte bem abrangente no que diz respeito a apps, todos os mais importantes e conhecidos estão aqui, e tudo funciona bem, alguns melhores que outros, por exemplo, alguns apps deixam você fazer login direito pela sua conta Roku, salvando os dados por ela e fazendo o login mais facilmente, já outros, vai ser necessário digitar tudo para acessar, algo normal.

No que diz respeito a games, eu diria que a R6610 não é uma TV indicada para o uso, ao menos não para os consoles mais atuais. Digo isso por alguns motivos, primeiro, ela ainda é um modelo full HD, ou seja, nada de 4K ou 1440p, o único que estaria em casa nela é o Nintendo Switch e talvez o Xbox Series S, mas esse é capaz de oferecer mais que isso. Para uso com consoles da geração passada como o Xbox One e PS4 é ok, afinal aceita apenas os 60fps, mas não conta com HDR, sendo assim, espere uma experiência limitada. Se formos falar de aplicativo integrados para jogar, aí esquece, porém isso é uma “falha” do Roku e não da TV em si, afinal, a loja não oferece aplicativos para TV como o Xbox Cloud Gaming ou o GeForce NOW, então a R6610 não carrega essa culpa.

Em uso o aparelho vai bem, sem problemas maiores, trocas de aplicativos e navegação de forma fluida, para dizer que não tive problemas, ela apresentou engasgos uma vez entre a mudança do Disney+ para a Netflix, mas isso pode ter ocorrido por uma oscilação da conexão, uma vez que não pude mais identificar o problema. No quesito imagem ela é boa, apresenta bons níveis de cores e tons de preto, claro, dentro do esperado para um modelo LED, nada nos níveis de uma QLED ou OLED, ela oferece boas opções de configurações de imagens, mas infelizmente, mais uma vez, esse modelo também não é capaz de oferecer um bom modo noturno sem que seja claro demais para assistir num ambiente completamente escuro sem incomodar, isso não é um problema só dela, mas ela está nesse grupo.

A parte sonora oferece apenas 16W de potência, é um pouco baixo, já estamos mais acostumados com o mínimo de 20W para modelos desse tamanho, mas aqui é ainda menor, mesmo contando com Dolby Audio, eu estranhei bastante o som da TV por um tempo, parecia muito agudo e sem graves, mas com o tempo me acostumei e até achei que ele era um som limpo, mas graves passaram longe, isso não deu para ignorar.

Se for apontar pontos que me desagradaram na TV posso dizer que o raio de captação do controle remoto é bastante limitado, mas ainda vou dar um desconto porque ele pode ter sido prejudicado pelo local onde a TV estava, tinha uma área mediana de bancada a frente dela, por outro lado, todos os demais modelos de TV que eu já analisei sempre ficaram no mesmo local e não tiveram esse problema, pode ser que o sensor desse modelo fique muito baixo no corpo dela ou ainda não seja de grande capacidade, uma vez que por vezes mesmo o controle estrando direcionado para ela, se não fosse bem preciso, ele não daria resposta ao comando.

Em resumo, a SEMP LED Smart TV 43” R6610 FHD Roku TV é um modelo competente para o que ele se propõe, eu até acredito que em 2025 ainda exista aplicação para um modelo apenas full HD, mas como a minha análise visa modelos bons para o uso com games, eu diria que ela é boa como uma TV substituta ou como secundária para ser usada em consoles mais antigos, como uma substituição de alguma que seja parecida, mas não como upgrade. Vale a pena como aquela TV da sala de casa que vai ser usada apenas no uso convencional de canais de TV e aplicativos no plano básico, para consoles atuais e futuros não.

Smart TV 43” TCL Semp R6610

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Boa tela Full HD
  • Preço competitivo
  • Ótima oferta de apps
  • Integração com o Apple Air Play
  • Aplicativo na Roku no celular

Negativos

  • Não oferece nada de diferencial para games
  • O receptor do controle remoto é limitado
  • O som poderia ser mais grave

Saulo Fernandes

Publicitário de formação, editor do Gamers & Games desde 2015. Gosto de jogos de exploração, aventura e corrida, comecei a jogar no Master System, mas o meu console queridinho até hoje é o GameCube.
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