
Ghost of Yōtei: PlayStation mostra os aprendizados culturais
Equipe fez imersão em museus, dialogou com especialistas locais e viveu experiências autênticas.
Em postagem recente no blog oficial da PlayStation, a Sucker Punch, criadores de Ghost of Yōtei, explicaram como o respeito à cultura ainu e ao contexto histórico de Hokkaido em 1603 foi prioridade máxima durante o desenvolvimento do jogo.
A equipe americana, reconhecendo suas limitações culturais, buscou consultoria de especialistas locais, vivências reais e absorção do cotidiano indígena ainu para criar um universo envolvente e autêntico. O início do processo envolveu o contato direto com uma assessora ainu e sua família, cuja generosidade permitiu aos desenvolvedores participarem de atividades tradicionais como a colheita de vegetais aos pés de montanhas — inspiração direta para mecânicas de coleta e sobrevivência presentes no gameplay.
Exploração histórica e paisagística

Visitas a museus como o Ainu Nibutani e discussões com conhecedores da cultura orientaram desde o uso de objetos até a ambientação do cotidiano. O estudo do clã Matsumae e a imersão na Península de Oshima permitiram recriar fielmente uma Hokkaido dominada por natureza intocada e com presença mínima dos wajins (japoneses de Honshu), elemento importante do contraste cultural e da riqueza do cenário.
Sob liderança do produtor Ryuhei Katami, a equipe também viajou por Honshu para aprofundar a compreensão da cultura de Edo, passando pelo santuário Nikkō Tōshō-gū — local simbólico onde o jogo foi oficialmente anunciado.
Da experiência real ao universo digital

Segundo os desenvolvedores, toda a jornada de pesquisa foi decisiva para fundamentar a ficção de Ghost of Yōtei. O resultado é um mundo inspirado na vivência direta, respeito à tradição e consulta contínua a especialistas, elementos que pretendem celebrar a história, a diversidade e a herança dos ainu no contexto do Japão do início do século XVII.
Qual sua expectativa para Ghost of Yōtei?