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Undead Citadel – Brutal, imersivo e cheio de estilo | Análise

Analisado no PlayStation VR2


Já faz um tempo desde que Undead Citadel foi anunciado para o PSVR2 e finalmente a espera chegou ao fim! A grande questão é: Será que valeu a pena esperar?

O jogo se passa na era medieval e nele somos Sir Anvil Capheus, um soldado da fortuna que encontra uma cidadela em meio à chuva e escuridão, ao adentrar os muros da cidade percebe que está sozinho em uma vila devastada, sem qualquer rastro de vida.

Entrando em algumas casas conseguimos comida para recuperar as energias e ao explorar um pouco mais as ruas nos deparamos com um morto-vivo devorando o que restara de um ser humano, ou seja, estamos em uma cidade de mortos vivos, e assim como o começo clichê dessa análise, o jogo se baseia em acabar com vários inimigos usando todas as armas possíveis que encontrarmos para conseguirmos chegar até a torre mais alta e acabar com a maldição.

Undead Citadel não foge muito do que outros jogos de “zumbis” nos oferecem, mas confesso que mesmo estando um pouco enjoado desse tema, esse jogo me surpreendeu tanto pelos gráficos quanto pela maravilhosa física que tem.

A parte gráfica é muito boa lembrando logo de cara o jogo Skydance’s Behemoth, talvez a referência venha por se tratar de outro jogo medieval que tem um dos melhores gráficos que já vi em um jogo de PSVR2, mas infelizmente a comparação com ele acaba logo após a primeira fase, pois parece que em Undead a qualidade gráfica vai diminuindo conforme progredimos, várias partes possuem texturas e detalhes muito bonitos, mas algumas delas também trazem pontos em baixa resolução que não tem como não notar, efeitos de iluminação impressionam e a fluidez da taxa de frames em 90hz só deixam a experiência mais gostosa de jogar.

O jogo trás uma ambientação muito boa com várias casas que podemos entrar e explorar, aliás isso é algo que praticamente a maioria das fases nos força a fazer pois devemos procurar uma chave para abrir o portão no final do nível, sem contar os alimentos que aumentam nossa vida entre outras armas.

Mas o que mais me chama a atenção em um jogo de VR além dos gráficos, com certeza é a física pois se é bem feita consegue deixar-nos mais imersos naquele ambiente e em Undead a física quase beira a perfeição pois conseguimos interagir com praticamente todos os objetos dentro de uma casa, desde estantes, livros, cadeiras, mesas, candelabros, etc…

O fato de nossas mãos virtuais não atravessarem paredes e objetos dá uma sensação que apenas a realidade virtual é capaz de trazer, que é a de estar vivendo dentro de um jogo podendo interagir com tudo sem que um pixel passe por dentro do outro estragando a experiência, e isso também acontece nos combates com os inimigos, pois cada uma arma das mais de 60 armas presentes no jogo tem um peso próprio incluindo espadas, machados, maças, escudos, armas de duas mãos ou uma mera faca de cozinha que ao encontrarem o corpo podre dos inimigos dá pra sentir a lâmina entrando na carne, além de desmembrar maravilhosamente onde acertamos seja no braço, nas pernas, cabeça ou torço tornando os combates muito satisfatórios, isso também acontece nos móveis e objetos do cenário que se comportam como se fossem reais, desde enfiar a lâmina em uma mesa de madeira até nos lustres que fazem com que a iluminação do cômodo mude conforme a luz.

Algumas vezes essa física falha principalmente quando aparecem muitos inimigos ao mesmo tempo e parece que estamos batendo em um boneco de borracha, mas nada que atrapalhe muito.

Infelizmente nem tudo funciona como deveria e tem dois pontos cruciais que me fizeram passar muita raiva no jogo, o primeiro deles é o botão de agachar que se encontra no botão R3, que ao invés de apertarmos apenas uma vez para agachar e outra para levantar, devemos segurar apertado para manter o personagem agachado, dificultando muito a vida de quem joga sentado pois há alguns baús com cadeados que devemos destrancar e girar um botão nele ao mesmo tempo, o que torna a tarefa muito frustrante, e posso acrescentar o mesmo para o botão de correr que se encontra no L3 e deve ficar apertado enquanto corremos o que dificulta algumas horas que precisamos lutar e correr.

O segundo ponto negativo vai para o arco e flecha que não funciona com perfeição quando puxamos a corda acima de nosso ombro fazendo com que o controle perca o rastreamento e se mexa sozinho, e acredite precisamos puxar a corda até esse ponto para lançar a flecha com força total, mas na maioria das vezes isso atrapalha e muito o funcionamento dessa arma.

Além de escudos e armas, também encontramos três tipos de poções no jogo que ao tomar nos concedem algumas habilidades especiais, a poção verde deixa o combate em câmera lenta, a poção azul congela os inimigos e a poção amarela é uma bomba explosiva.

O som do jogo é muito bom e nos deixa tenso a maior parte da campanha pois qualquer barulhinho já achamos que é um morto vivo prestes a nos atacar pelas costas.

A voz de Sir Anvil é um pouco exagerada, mas mostra o quão bravo ele está com Carnax o vilão do jogo que controla os mortos vivos. As músicas aparecem em momentos de batalha e dão o toque que precisam para tornarem o combate mais emocionante, mas na maior parte é o silêncio e efeitos sonoros que imperam trazendo a sensação de estar sozinho.

Um dos pontos positivos aqui é a opção de legendas em português brasileiro que mostra o quanto o estúdio se preocupa com seu público, incluindo a gente aqui.

A campanha conta com 10 fases o que dá aproximadamente umas 5 horas de jogo, dependendo do seu desempenho, que incluem os modos Fácil, Normal e Difícil. Também contamos com um modo horda que estende o gameplay para mais algum tempo e o modo arsenal que permite testarmos todas as armas que encontramos no jogo.

Undead Citadel conta com 25 troféus incluindo a platina e é um jogo muito bom que você passará horas desmembrando esqueletos e zumbis fortemente armados enquanto vasculha casas abandonadas em uma vila amaldiçoada, recomendo fortemente.

Dito tudo isso minha nota é 8.5 mas se arrumarem o arco e flecha, os botões de correr e agachar, mudo ela pra 9.0

Confira neste vídeo as primeiras impressões de Undead Citadel:

Undead Citadel

8.5

Nota

8.5/10

Positivos

  • Gráficos limpos, texturas boas e uma ótima imersão
  • Física beirando à perfeição
  • Combates muito satisfatórios
  • Desmembramentos fascinantes
  • Legendas em português

Negativos

  • Ter que segurar o botão de agachar é frustrante
  • Ter que segurar o botão de correr também é frustrante
  • O arco e flecha poderia funcionar muito melhor
  • A fórmula de ter que vasculhar todas as casas pra encontrar a chave torna a experiência um pouco repetitiva
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