EA pode vender Dead Space enquanto prioriza jogos multiplayer

A Electronic Arts pode estar prestes a fazer mudanças profundas no seu catálogo, especialmente no que diz respeito às franquias singleplayer. Em uma fase em que microtransações e modelos de receita recorrente se tornaram centrais dentro da companhia, são justamente as séries multiplayer que vêm recebendo maior atenção, e isso deixa o futuro de propriedades clássicas como Dead Space, Mass Effect, Dragon Age e Need for Speed envolto em incerteza, ainda mais depois da transição da EA para uma gestão privada com grande participação de um fundo saudita, que agora controlaria mais de 93% da empresa. A necessidade de pagar uma dívida significativa adquirida no processo só reforça essa priorização de projetos mais lucrativos.

Segundo fontes ouvidas pelo Insider-Gaming, uma das possibilidades em avaliação, e que inclusive seria desejada por funcionários da própria EA, é a venda de franquias “congeladas”, entre elas Dead Space. A empresa, de acordo com o site, não demonstra interesse em financiar novos projetos da série no futuro próximo. O remake de Dead Space (2023), embora bem recebido, vendeu cerca de 2 milhões de unidades, muito abaixo da meta interna não oficial de 5 milhões, o que teria contribuído para colocar a série novamente no limbo.

O curioso é que, dentro da EA, há quem realmente espere que a companhia venda a IP para um estúdio interessado em continuar o legado. A ideia é evitar que Dead Space passe mais outra década no congelador, como aconteceu após o lançamento de Dead Space 3. De acordo com as fontes, a EA não está planejando novos jogos da série, mas estaria aberta a negociar a marca caso apareça um comprador disposto a tocá-la adiante.

Por enquanto, nada disso é oficial, mas, se confirmado, seria um dos maiores movimentos da EA em anos e mudaria completamente o destino de Dead Space, uma série que muitos fãs ainda consideram um dos pilares do horror sci-fi moderno.