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God of War – Confira nossa análise.

Quando começamos a jogar “God of War”, percebemos que não estamos a frente de apenas um jogo muito bem produzido. Estamos no meio de um jogo muito bem elaborado, desde suas mecânicas até, e principalmente, de sua história.

Sim, ainda estamos na pele do Deus da Guerra, mas desta vez estamos em Midgard e diante de um Kratos diferente. Os eventos se passam após “God of War III” e vemos um Kratos tendo que resolver problemas bem diferentes do que estava acostumado.

Kratos se tornou novamente pai, mas sua nova esposa morre e é nesse momento que uma luta começa, a de ter que se relacionar com seu filho Atreus. Pode até parecer bem piegas, mas a forma que foi conduzida a história, mostra todos os medos de um pai ausente, tendo que ensinar e conviver com seu filho para cumprir uma promessa: a de levar as cinzas de sua esposa até o alto de uma montanha.

Desta vez o principal deixou de ser os inimigos, os Deuses ou os monstros, mas sim a de uma jornada para se tornar um pai melhor e também, uma pessoa melhor. Sim, Kratos não é mais aquele sanguinário que vimos em “God of War 3”, estando mais calmo até parecendo se arrepender um pouco de tudo o que já fez na sua vida, humanizando essa pessoa que é conhecida como Deus da Guerra. Mas calma, isso não significa que ele deixou de enfrentar seus inimigos de forma brutal. Veremos durante nossa jornada várias batalhas épicas.

Falando em batalha, desta vez “God of War” está inserido no mundo Nórdico, por isso, fique atento pois veremos alguns dos deuses, inimigos e muitas referências desta mitologia.

Diferente do que algumas pessoas queriam, esse novo jogo da franquia não é de mundo aberto, e sim formado por caminhos bem definidos e arenas para batalhas. Mas é um mundo que te convida a exploração, pois tem vários lugares que contém muitos segredos escondidos. Portanto, saia olhando em todos os cantos. Outra característica deste jogo é que poderemos revisitar lugares onde já passamos. Isto porque com a evolução de nossas habilidades, podemos voltar para conseguirmos acessar lugares que antes não conseguíamos ou obter baús que antes não era possível sua abertura.

Uma ausência bastante percebida pelos fãs é a do botão de pulo. Sim, Kratos agora não pula a qualquer hora, mas apenas em momentos específicos. Isso porque vários movimentos foram limitados, como agora não podemos cair em determinados buracos ou penhascos (nos matar) ou descer onde bem quisermos no mapa. Mas é bom salientar que nada disso atrapalhou a experiência do jogo.

É bom alertar que esse novo “God of War” marca uma virada na franquia. Desta vez, até os combates mudaram. Se você espera ações frenéticas, é bom ir tirando o cavalinho da chuva. Desta vez teremos combates mais elaborados e táticos. Além disso, as tão famosas lâminas foram substituídas pelo mágico machado Leviathan. Sim, ele é mágico, podendo ser arremessado e com um toque ao botão triangulo, ele volta para as mãos de Kratos. Além disso, ele pode congelar seus inimigos por alguns segundos. Mesmo com o poderoso machado, saiba que Kratos continua com muita potência em seus punhos.

O mais interessante é a Fúria Espartana que é uma habilidade de combate que podemos usar por tempo limitado, onde um enraivecido Kratos acaba tendo mais força e causando muito mais dano que o normal. Ótimo para usar em momentos com bastante inimigos.

Mas o ponto que deixa ainda mais tático do combate é poder usar Atreus e seu arco nas lutas. Atreus pode atacar quando mandamos, ele pode atacar automaticamente e até podemos desabilitar a ajuda do garoto. Mas diferente de alguns personagens de outros jogos, não precisa ficar muito preocupado com Atreus, já que ele não morre.

Como dissemos anteriormente, desta vez há pontos de evolução. Apesar de não ser nada parecido com um RPG, desta vez podemos upar as peças de Armaduras e também o Machado. Além disso, através de nossas habilidades podemos definir a melhor forma de combate que queremos de Kratos.

Como não podia ser diferente, a Santa Monica entregou um jogo com gráficos impressionantes seja no PS4 normal, ou seja em um PS4 Pro, onde preferi jogar em 4K, que mesmo conseguido via checkerboarding, faz com que o jogo seja um dos mais bonitos que eu já vi. Mas, o que mais chama a atenção no game é sua direção de arte que é primorosa, sem contar que os diretores do jogo conseguiram que toda a história fosse contada a partir de apenas uma câmera. Sim, você leu certo, apesar dela poder ser dirigida, só existe uma câmera no game do início ao fim, sendo mudado apenas quando morremos ou quando entramos nos menus.

Outro ponto positivo do game é sua trilha sonora, composta por Bear McCreary, que está espetacular, combinando com todos os momentos dos jogos, seja nas batalhas ou nas partes mais emotivas. Vale frisar que a trilha sonora do jogo está disponível no Spotfy.

Sim, “God of War” não é mais o mesmo. Assim como Kratos, os diretores e os fãs envelheceram. Mas, desta vez, podemos comparar como um vinho que ficou muito melhor. Desta vez não temos mais um Deus da Guerra louco por mortes e sangue, mas sim um humano sentindo o duro desafio de ser um pai presente. O jogo mostra que as maiores lutas muitas vezes são travadas dentro de nós.

Confira nossa Live do jogo:

God of War

199,90
9.5

Nota

9.5/10

Positivos

  • Ótima História
  • Graficos impressionantes
  • Trilha sonora
  • Jogabilidade
  • Tático

Negativos

  • Combates um pouco repetitivos

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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