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Forza Horizon 4 – O Festival chega à Grã-Bretanha | Análise

A divisão Horizon da franquia Forza desde seu lançamento lá em 2012 ainda no Xbox 360, sempre foi conhecida pela sua jogabilidade, qualidade gráfica e mundo aberto, com o passar do tempo e a chegada ao Xbox One à série ganhou mais conteúdo e inovações em diversos quesitos sem perder o estilo que conquistou tanto os fãs, agora em 2018 a quarta entrada na série trás ainda mais inovações, já de inicio no game somos introduzidos a grande novidade dessa vez, a mudança das estações do ano e como isso vai afetar não apenas a jogabilidade, mas também todo o mundo que cerca o jogador, a Playground Games, desenvolvedora do game levou a sua experiência na construção de mundo abertos a um novo nível nesse jogo.

 

Desta vez a novíssima McLaren Senna é o carro do jogo!

Conhecido como o irmão descolado de Motorsport, a variação Horizon da séria Forza sempre foi primorosa em jogabilidade e gráficos, não que o irmão mais velho também não fosse, mas junte a isso o estilo mais arcade de corridas em um gigantesco mundo aberto e você tem um jogo mais amigável aos jogadores, dessa vez o festival Horizon chega à Grã-Bretanha e traz consigo todos os eventos presentes nos games anteriores, provas em pista, cross-country, arrancadas, perícias ao volante, como bater records em radar de velocidades, saltos em rampas, áreas de drifts, além é claro das exibições contra os mais variados tipos de veículos, que tal competir contra um jato? Ou ainda um grupo de MotoCross? Porque não? Tudo isso vai trazer mais fama e créditos ao seu jogador no festival, junte a isso 450 carros à sua escolha das mais diversas marcas e categorias e pronto, é diversão garantida.

 

Corridas em Edimburgo estão presentes.

Duas inovações foram incluídas em Forza Horizon 4, a primeira delas é de participar de eventos dentro de um suposto filme, história essa que é contada através de algumas cutscenes que explicam o que está acontecendo e o porque você cumpre aqueles desafios, isso acrescenta uma dose especial aos eventos de exibição, dando uma ideia do porque eles existem, não sendo apenas algo para ganhar novos fãs. A segunda delas – e a mais importante do jogo – sejam as mudanças de estações do ano, primavera, verão, outono e inverno, todas elas extremamente bem representados e com eventos e etapas específicas durante o jogo, ou seja, até você ser de fato classificado para o festival é possível experimentar cada uma das estações e disputar provas em diferentes condições climáticas, mas a partir do momento que você se torna um membro efetivo do festival o sistema passa a funcionar da forma como foi pensado, a cada uma semana a estação muda, e com ela todos os eventos recebem diferenças, além disso, eventos sazonais são criados, com isso eles só podem ser disputados dentro daquele período climático.

 

Modo foto volta ao jogo, visual é incrível!

Ainda falando em clima, o jogo se transforma quando a mudança ocorre, para aqueles que jogaram a DLC Blizzard Mountain (Montanha Nevasca) de Forza Horizon 3 vão entender do que estou falando, não é apenas uma simples mudança de paleta de cores ou texturas, muito longe disso, todo o mundo muda bastante, seja de forma visual através da vegetação, mais florida na primavera, com cores extremamente vivas no verão, ressecada e com muitas folhas no chão no outono ou ainda tudo seco e coberto por neve no inverno, mas também é possível sentir mudanças na forma de controlar os veículos, tanto é assim, que existem carros que são mais apropriados para uma estação ou outra, e ao contrário do que aconteceu em Horizon 3 que isso era restrito a uma região específica do jogo, em Horizon 4 toda a Grã-Bretanha passa pelas mesmas mudanças de clima.

 

Eventos de exibição estão de volta, com provas ainda mais malucas!

Forza Horizon 4 teve uma grande evolução também na interface do jogo, ela é mais limpa e bonita que a presente em seus antecessores, outro ponto a ser destacado são os modos de jogo oferecidos para o Xbox One X, por ser o primeiro da linha Horizon a ser pensado para a máquina aprimorada da Microsoft, ele oferece duas opções de jogo, o modo qualidade que é exibido em 4K a estáveis 30 frames por segundo e o modo performance que prioriza 60fps na resolução Full HD (1080p) sempre com o HDR disponível, ai cabe a você decidir qual modo mais lhe agrada.

As famosas rádios estão de volta, Pulse, Bass Arena, Block Party, XS, Hospital e Timeless, mas ainda tenho dúvidas se a seleção musical supera a presente no jogo anterior, acho que estão empatados nesse quesito. Algo que me incomodou um pouco no jogo foi o tanto de itens e customizações disponíveis para o seu avatar, é possível customizar quase tudo nele, seja a aparência, trocas de roupas, acessórios, até mesmo o estilo de comemoração ao final de uma corrida, dizer que isso é chato é uma mentira, mas também pra mim não agrega nada demais ao game, outra coisa implementada é a possibilidade de comprar casas no game, sendo possível transformar elas na sua “base” naquela região, com isso o acesso aos eventos na área são mais fáceis, acho que o pessoal da Playground andou trocando algumas figurinhas com a equipe da Ivory Tower que desenvolveu o The Crew 2.

 

Provas de Drift estão presentes

Com mais um grande acerto na franquia, Forza Horizon 4 atinge um novo patamar dentro da série, ele é bem feito, roda liso, tem bom nível de customização, seja da jogabilidade, do nível dos oponentes ou ainda dos carros, além da já presente trilha sonora que consegue agradar a gregos e troianos com músicas e estilos variados, o jogo oferece horas e mais horas de diversão com a experiência de mundo aberto mais satisfatória em jogos do estilo, alguns pontos poderiam ser menos cansativos, como a falação “super cool” do pessoal da organização do festival, mas isso não chega a incomodar, digo com total certeza, após analisar mais três jogos de corrida esse ano, Forza Horizon 4 é o melhor em todos os quesitos.

Forza Horizon 4

9.5

Nota

9.5/10

Positivos

  • São os mais belos gráficos de um jogo de corrida
  • A jogabilidade continua precisa e divertida
  • O nível de customização de praticamente tudo

Negativos

  • Muitos itens de customização de personagem faz você perder o que é interessante
  • A falação dos organizadores do festival é um pouco forçada

Saulo Fernandes

Publicitário de formação, editor do Gamers & Games desde 2015. Gosto de jogos de exploração, aventura e corrida, comecei a jogar no Master System, mas o meu console queridinho até hoje é o GameCube.
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