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Grécia, finalmente – Assassin’s Creed Odyssey | Análise

Analisado no Xbox One X

 

Depois de visitar o oriente médio, a Itália, França, Inglaterra e o Egito, finalmente a saga Assassin’s Creed chegou à Grécia, para mim um dos maiores berços culturais e lar de grandiosas histórias mitológicas, além de personalidades e lugares famosos. Assassin’s Creed Odyssey, assim como seus antecessores usa como base esse contexto histórico para criar sua própria linha narrativa.

 

Logo no início do jogo presenciamos e lutamos na famosa batalha dos 300, na pele do general Leônidas enfrentamos o poderoso exército de Xerxes, o temível rei Persa e partindo daí a história do jogo tem início, sendo sua escolha entre Kassandra ou Alexios, as histórias andam em paralelo, com algumas diferenças e similaridades no decorrer da trama, assumo que por um longo tempo do jogo eu fiquei procurando onde de fato que a história daria a Odyssey a relação aos demais jogos da série, fazendo dele um verdadeiro Assassin’s Creed, e posso dizer que isso demora um pouco, mas ele vem e assim como em demais detalhes que falarei adiante ele se relaciona muito com o jogo de 2017, o Origins.

 

 

Falando um pouco de Kassandra e Alexios, eles têm basicamente o mesmo estilo de gameplay, não senti diferença, vantagens ou desvantagens na escolha de um ou outro, dessa forma vou considerá-los idênticos no quesito gameplay e demais dados daqui por diante, mas tenha em mente que essa análise é baseada no jogo com o Alexios. A base da história do jogo é feita sobre a mágoa e desejo de vingança dos irmãos, dessa forma sua odisseia (sim é assim que é conhecia a linha principal do jogo) se baseia em encontrar seu pai, o general espartano Nikolaos e sua mãe para resolver os problemas do passado, mas durante a jornada outras informações são descobertas e com isso tudo fica mais complexo e profundo, saindo desse tema e ganhando novas metas e ramificações da história principal, tudo isso em meio a uma guerra sem fim entre Atenas e Esparta.

Algo que é importante nesse Assassin’s: suas escolhas interferem no jogo, então pense bem e saiba que durante as conversas quando aparecer um ícone de balança é uma decisão que vai impactar o jogo dali pra frente, dessa forma o jogo oferece diferentes finais.

 

 

Assassin’s Creed Odyssey parte do sistema proposto por Origins, com isso o jogo é mais furtivo e tem uma batalha mais cadenciada, sendo necessário estudar mais os movimentos, golpes e usar a esquiva de forma muito mais efetiva e necessária, principalmente no começo do jogo onde seu nível ainda é baixo, é muito fácil morrer pelas mãos de um soldado de mesmo nível que o seu, essa sensação de fraqueza diminui com a evolução do jogo, dessa forma o senso de força e confiança aumenta no jogador, seja para invadir fortes inimigos, sejam eles de domínio espartano ou ateniense, caçar animais lendários, enfrentar mercenários, sim eles estão de volta e não largam do seu pé, te caçam e atrapalham um bocado durante o jogo, ao final de cada batalha, missão ou nova área descoberta recebemos pontos de experiência, os comumente conhecidos XP, coletando esses XP eventualmente seu nível vai subir e com ele você recebe um ponto de habilidade, a forma de gastar esse ponto de habilidade é diferente nesse jogo do que era em Origins, agora são três árvores distintas a sua escolha, você pode escolher novas habilidades ou melhorias nas que já possui nas áreas de caçador, guerreiro ou assassino, cada uma delas com focos diferentes em evolução, mas ainda assim sempre melhorando o seu rendimento num geral.

 

 

Outro ponto que pode ser comparado com o jogo do ano passado são os gráficos, eu disse comparado, porque Odyssey consegue ser ainda mais belo e detalhado que Origins, claro que a temática grega ajuda nisso, afinal por mais belas que as paisagens egípcias eram é duro competir com as ilhas gregas nesse quesito, mas vamos ao que interessa, Assassin’s Creed Odyssey usa o mesmo motor gráfico de Origins, isso traz familiaridades aos títulos, o que por si só e algo bom, mas existe um melhor trabalho nas texturas, detalhes e vegetação, fauna, a água, tudo foi mais polido e trabalhado, um exemplo disso? Eu fiquei besta quando me toquei que existiam borboletas no jogo, sim, eu ainda fiquei observando se não estava vendo algo errado, mas não, elas estavam lá, outra coisa que foi muito bem trabalhada é a atmosfera no jogo, ou seja, primeira vez que visitei Atenas era uma cidade limpa, bem organizada, ensolarada, já na segunda ela estava sitiada por tropas espartanas, com isso o clima era outro, existia muita poeira, corpos no chão, pessoas morrendo pelas ruas, uma peste assolava a cidade muitos focos de incêndio levantavam fumaça por toda parte, são detalhes como esses que nos mostram a atenção do estúdio com a parte gráfica.

 

 

E por fim, mas não menos importante, Assassins Creed Odyssey conseguiu tirar de mim um dos maiores medos, que era o fato de não parecer ser genuinamente um jogo da série, não digo pela jogabilidade ou estilo, mas falo pela história mesmo, ele é sim um jogo da franquia, e ainda possui uma das melhores histórias entre os títulos mais atuais da saga, seja jogando com Alexios ou Kassandra esteja preparado para conhecer muito da Grécia antiga, visitar pontos famosos do passado e se aprofundar mais ainda na origem dos assassinos ao lado de Layla, mas não pense que tudo é perfeito, o jogo ainda peca em missões repetitivas, nas inúmeras vezes que temos que invadir e enfrentar fortes muito parecidos e que depois de um tempo não oferecem muito desafio, além de alguns pequenos glitches, mas nada que tire pontos muitos graves do jogo, por esses motivos eu recomendo que todo fã e não fã da série de uma chance ao jogo.

 

 


 

Confira nossa Live de Assassin’s Creed Odyssey:

 

Assassin's Creed Odyssey

9

Nota

9.0/10

Positivos

  • O tema grego cai muito bem ao jogo
  • Jogabilidade excelente
  • Gráficos e trilha sonora
  • A dublagem é uma das melhores

Negativos

  • Missões um pouco repetitivas
  • A história demora um pouco a mostrar ao que veio

Saulo Fernandes

Publicitário de formação, editor do Gamers & Games desde 2015. Gosto de jogos de exploração, aventura e corrida, comecei a jogar no Master System, mas o meu console queridinho até hoje é o GameCube.
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