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Etherborn – a gravidade não é mais a mesma | Análise

Analisado no PlayStation 4 Pro

 

Etherborn é um jogo de puzzle com uma pegada artística, ele foi lançado em 18 de Julho de 2019 e está disponível para todos os consoles e PCs com Windows, algo que faz tempo que não faço nas análises é colocar a trilha sonora dela, mas vale a pena ler enquanto ouve parte da trilha do jogo.
 

 

Para inicio de conversa, Etherborn tem uma pegada relaxante e bastante intrigante logo de inicio, você é um ser de luz que acabou de nascer, sem pele e sem voz, num mundo lúdico a sua volta, tudo o que possui é uma voz em busca de um corpo que vai te guiando por caminhos.

 

Logo ao passar pelo primeiro, digamos, estágio que mais é um tutorial das mecânicas básicas do jogo, chegamos aos pés da Endless Tree, ou da Árvore sem Fim, nela estão os desafios que devemos enfrentar para abrir caminhos e transpassar cada um deles a fim de encontrar a saída desse universo e encontrar finalmente a voz que nos guia.

 

 

Etherborn tem uma jogabilidade simples, muito simples na verdade, nosso personagem sem nome pode andar, correr e saltar, nada mais, mas isso já é o bastante para as mecânicas propostas pelo jogo, como falei lá no inicio ele é um game de puzzle, o cenário se molda e se modifica de acordo com o andar do personagem, a gravidade é mudada de acordo com a superfície onde estamos pisando, imagine um dado de seis lados, cada parte do cenário é composta por esses seis lados e com isso é possível explorar cada uma delas para achar o melhor caminho, a melhor rota, a saída, a solução.

 

 

O jogo tem uma proposta única de como o mundo gira ao seu entorno, todas as superfícies são possíveis de acesso, desde que você descubra como chegar lá, um pulo no momento errado pode levar ao abismo, mas se for bem pensado vai te levar até o elemento que pode criar junções e abrir novos caminhos, em Etherborn tudo está conectado e tem uma solução, a dificuldade mora justamente ai, alguns momentos senti minha cabeça doer com as mudanças constantes da câmera, afinal, ao chegar na ponta de uma superfície se ela fosse curvada é possível caminhar e a antiga parede vira chão e eventualmente todo o cenário foi retorcido para que você possa explorar mais e mais, quando você finalmente encontra a solução, tudo parecia tão obvio, como eu não vi isso antes? Sim, parecia, mas nem de longe era.

 

 

Ao completar o game ele oferece o New Game+, e adivinhe? Tudo ficou mais complicado ainda, está pensando o que, que tinha decorado a solução de cada estágio? Engano seu, o jogo não é longo pela quantidade de estágios, são apenas cinco, mas sim pela dificuldade de vencer cada um deles. Infelizmente ele não conta nem com legendas em nosso idioma, mas a trilha sonora casa bem com o estilo proposto, principalmente pela natureza de seus gráficos, belo e relaxantes, um contraste interessante com a proposta de quebra-cabeças do jogo.

 

 

Eu diria que Etherborn não é um jogo para todos, ele tem uma pegada que vai agradar jogadores que já jogaram games como Journey, Flower e coisas do tipo no PlayStation, sei que existem muitos outros do estilo por ai, mas de momento não me vieram à mente, sendo assim para aqueles que apreciam um jogo nesse estilo, Etherborn vai agradar em cheio, eu particularmente gosto.

 


 

Etherborn

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Oferece um bom desafio
  • As mecânicas propostas são interessantes
  • Tem uma duração ok

Negativos

  • Não possui localização em nosso idioma
  • A mudança de câmera pode dar dor de cabeça

Saulo Fernandes

Publicitário de formação, editor do Gamers & Games desde 2015. Gosto de jogos de exploração, aventura e corrida, comecei a jogar no Master System, mas o meu console queridinho até hoje é o GameCube.
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