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Confira nossa análise de Uncharted 4: The Thief’s End.

Não foi fácil colocar o disco de “Uncharted 4: The Thief’s End” no PS4 sabendo que realmente esta será a última aventura de Nathan Drake. Mas, depois de iniciar, o duro foi parar de jogar.

Desta vez encontramos um Drake aposentado como ladrão, com uma vida mais simples, casado, com menos aventuras em sua vida. Mas, uma vez ladrão…já sabe né? O mundo parece conspirar sempre para levar nosso herói de volta as suas origens. E são nelas que o jogo se inicia.

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O reaparecimento de seu irmão San é que irá recolocar Drake de volta ao caminho das descobertas e dos tesouros.
Hoje em dia é difícil imaginar que a Naughty Dog irá fazer algo normal, e realmente não é isso que vemos em “Uncharted 4”. São tantas coisas que nos fascinam que é complicado achar por onde começar.

Mesmo usando o mesmo motor gráfico do jogo anterior da série (Uncharted 3 do PS3), podemos afirmar com toda certeza que em termos de gráfico é o melhor jogo do Playstation 4. O game roda a 30 frames por segundo cravado, tudo para dar maior fluidez. E não é só por resolução não, os detalhes sejam eles grandes ou pequenos são de surpreender.

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Paisagens quase que reais, as diferentes formas de materiais que encontramos: tijolos, pisos, objetos, luz, sombras, chuva são feitos com tanta perfeição que nem nos lembramos que aquilo é um jogo, muitas vezes parece um filme.

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Falando em filme, sim, Uncharted 4 continua com o mesmo esquema da série em que a produtora mescla cenas de CG com partes de gameplay, só que desta vez com mais perfeição nas passagens de uma para a outra. Isso incomoda algumas pessoas que dizem que a série é um filme em que jogamos. Talvez isso seja até uma pequena verdade. Mas percebemos que isso é importantíssimo para esse quarto episódio, pois o ponto positivo é que com esse artifício, a Naughty Dog consegue contar sua história de uma forma com que poucos jogos conseguem. A narrativa do game é sim o maior ponto positivo do jogo.

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Outro ponto positivo são as mecânicas que encontramos. Drake continua pulando, rolando, se agarrando nas bordas dos penhascos, escalando paredes, mas como tudo tem que evoluir, agora ele tem o auxílio de uma corda com um gancho. Isso faz com que nosso ladrão predileto tenha maior mobilidade, até mesmo em combates. Com certeza muitos vão falar que copiaram de Rise of the Tomb Raider, onde a musa Lara Croft também tem um gancho. Pode até ser uma cópia, mas melhorada. Drake usa isso de diversas formas, bem diferente de Lara.

O ruim nas mecânicas é as vezes a movimentação de Nathan. Dependendo de onde estivermos, ao tentarmos dar um comando a Drake, ele executa outro, por exemplo se agarrando em um beiral na hora errada, mudar de posição em um salto e outras coisas que em alguns momentos se tornam irritantes.

A furtividade também ganhou inovações. Podemos agora usar o mato alto para nos escondermos dos nossos inimigos. Aí talvez o ponto ainda que poderia ser melhorado. A Inteligência Artificial de nossos inimigos ainda longe do que queríamos. Muitas vezes nem entendemos o que eles estão tentando fazer já que se posicionam de formas bizarras. A IA de nossos amigos também não ajuda muito. Mesmo em fases onde estamos com um companheiro, não espere muita ajuda dele.

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Apesar de não estar presente em todos os capítulos, agora podemos ter uma maior liberdade para seguirmos outros caminhos pelo jogo. Calma, muito, muito longe de ser um open world, até porque não é isso que o jogo quer. Apenas teremos como chegar a um ponto de diversas maneiras. E isso é muito importante, pois quem quiser encontrar os famosos tesouros espalhados pelo jogo, terá que explorar essas áreas.

Mas na maioria das vezes o jogo é linear. Mais uma vez repetimos, essa é a fórmula consagrada da série, mas, mesmo aí, tivemos alguns avanços onde pelo menos não fica parecendo que estamos em um trilho fazendo coisas específicas até chegar ao final da fase.

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Todos sabemos que Drake adora um bom e velho tiroteio e pode esperar muito disso no jogo. E aí notamos uma das grandes melhoras no jogo. Desta vez é bom não ficar escondido sempre no mesmo lugar, pois quase todos eles são destrutíveis e de uma forma bem feita. Muros, barracas, frutas, pedras, tudo vai se destruindo com os tiros e as explosões.

No jogo encontraremos armas de diversos tipos e para todas as ocasiões, de pistolas a lança mísseis. Outro detalhe que acompanha a série e também teve uma pequena melhora foi os quebra-cabeças e as fases de exploração.

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O jogo também traz o modo multiplayer. Diferente do modo single player, aqui o game roda a 60 frames por segundo, para dar uma maior fluidez. Apesar de estar presente desde “Uncharted 2”, é sempre bom dizer que o modo multiplayer deste jogo é um bom refugio para aqueles que querem algo diferente de um Call of Duty. São quatro modos a nossa disposição: Team Deathmatch, Plunder, Command, Ranked Team Deathmatch. Os mapas são todos inspirados em algumas fases do modo história. Nos nossos testes, encontramos jogadores facilmente e os servidores estavam funcionando perfeitamente. Além disso, nos divertimos muito em todos os modos.

Se será o último Uncharted é difícil de dizer, até porque quem manda é a Sony e os produtores falaram que Drake pode sim voltar. Mas se esse for o encerramento, pode ter certeza que o bordão aqui vale sim: “fechamos com chave de ouro”.

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Por tudo isso, é impossível não conceder a “Uncharted 4: The Thief’s End o selo Platina. Com certeza mais um grande candidato a Goty do ano.

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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