AnálisesNintendoPC

Crypt Stalker: De forma clássica com muita nostalgia e frustração | Análise

Crypt Stalker no Switch oferece diferenças entre os modos console e portátil, com o modo console ao estilo NES e portátil ao estilo Game Boy

Analisado no Nintendo Switch


Crypt Stalker é um jogo de ação e plataformas desenvolvido e distribuído por Sinclair Strange. O título foi inicialmente lançado para PC em 2020, recebendo um port para o Nintendo Switch em 22/03/2024.

Inspirado nos clássicos do fim dos anos 80 e início de 90, Crypt Stalker traz uma experiência simples, divertida e desafiadora que foca bastante no fator nostalgia e no valor cobrado.

O título traz uma trama bem simples e aqui tudo acontece após o nonagésimo eclipse solar em um ciclo, os demônios abrem um portal para nosso mundo, sendo estes localizados em diferentes criptas. Sempre que um novo portal aparece, humanos treinados (os Stalkers) são chamados para invadir a cripta, enfrentar os demônios e fechar o portal e com essa premissa nós iremos acompanhar a jornada de Gladys, uma Stalker que munida de um chicote e uma pistola, irá se aventurar em uma cripta com o objetivo de eliminar essa nova ameaça.

Crypt Stalker

Desenvolvido no Clickteam Fusion 2.5, um motor popular que se utiliza de visual scripting e requer pouca, à nenhuma experiência com programação. O Fusion 2.5 é um motor que tem suas limitações, mas seus recursos são suficientes e combinam perfeitamente com o objetivo do projeto, que é de um título com visuais e jogabilidade inspirada nos clássicos do NES. Dito isso, a jogabilidade é completamente retrô e remete a títulos como “Castlevania” e “Vice: Project Doom”, com uma protagonista que se utiliza de um chicote e de uma pistola para enfrentar os diversos inimigos, em diferentes cenários, pulando entre muitas plataformas que serão responsáveis por várias mortes.

A jogabilidade é simples e no controle da personagem podemos pular, abaixar e atacar, alternando entre as duas armas, o chicote infinito e a pistola que tem munições limitadas. Os mapas consistem nas típicas alternâncias de seções com inimigos e outras de plataformas, o diferencial fica por conta de switches que influenciam na jogatina, seja subindo e descendo plataformas ou até mesmo ligando e desligando luzes.

Tecnicamente esta aventura é composta de 2 jogos diferentes, com um destes tendo várias variações. Você não leu errado, para jogar Crypt Stalker é possível escolher entre o modo console e handheld, onde no modo console temos uma experiência que remete aos jogos do NES e o modo handheld trazendo uma aventura no estilo do clássico Game Boy. Todas as opções são únicas, com o handheld sendo composto de uma única aventura e o console se dividindo em três, um modo casual para jogar sem estresse, modo clássico que remete a dificuldade dos jogos clássicos e por último temos o que seria um modo DLC de capítulos perdidos. Além desses também temos desafios extras que adicionam uma camada a mais para a jogatina, esses desafios fazem o jogador rejogar os mapas com objetivos e limitações como corrida contra o relógio, armas limitadas, uma única vida, entre outros.

A ambientação é completamente retrô, temos gráficos compostos de uma pixel art baseada em 8-bit que remete bastante ao estilo da época, com o diferencial sendo a mistura de cores mais acentuada que ajuda a diferenciar os inimigos do cenário e a temática dos níveis. A trilha sonora também segue esse padrão clássico com músicas e efeitos baseados no estilo chiptune de música eletrônica sintetizada que adiciona aquela dose de nostalgia.

Crypt Stalker

No final, apesar de interessante Crypt Stalker não inova e não impressiona, mas o título traz uma experiência sólida que com certeza irá agradar os fãs do gênero por algumas horas. O preço cobrado é bastante camarada e com certeza vale a pena adicioná-lo à sua biblioteca.

Confira no vídeo abaixo o gameplay de Crypt Stalker no Nintendo Switch:

Crypt Stalker

7.5

Nota

7.5/10

Positivos

  • Arte e trilha sonora retrô
  • Nostalgia
  • Divertido
  • Preço

Negativos

  • Algumas mecânicas antigas frustrantes
  • Curto

Jeferson Vasconcelos

PC Gamer desde os anos 90, entusiasta de VR que não consegue ficar sem jogar os velhos consoles. Aguardando há anos pelo próximo Lineage
Botão Voltar ao topo