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Confira nossa análise de Rise of the Tomb Raider – 20 Year Celebration.

Depois de 20 anos, Lara Croft não poderia estar melhor. É isso mesmo, a franquia Tomb Raider está comemorando os 20 anos de vários jogos, com muito sucesso, alguns fracassos, mas que leva como principal triunfo, a criação da heroína mais conhecida dos games, que cativou tanto os gamers que acabou indo para outras mídias como o cinema.

Eu sou um fã da franquia admito. Lara sempre teve o poder de me surpreender, principalmente por mostrar na maioria dos jogos, um roteiro com muito mistério e exploração. Lógico que, tanto ela quanto Nathan Drake, de Uncharted, beberam da mesma fonte: Indiana Jones.

Rise of the Tomb Raider

Mas o que importa é que depois de alguns jogos que merecem pouca atenção, a Square Enix e a Crystal Dynamics tiveram o bom senso de colocar a franquia na geladeira e depois, quando tiveram um bom roteiro, decidiram dar um reboot na série com “Tom Raider” de 2013, que trouxe Lara de volta em grande estilo.

Mas as produtoras conseguiram fazer melhor. Ano passado foi lançado a continuação “Rise of the Tomb Raider”, mostrando que sim, a continuação pode ser melhor do que o original. Mesmo com problemas de comunicação em seu anúncio, onde nunca deixaram claro a exclusividade que tinham com a Microsoft, o que descobrimos depois ser apenas temporária. E pouco temporária, já que meses depois o game saia para PC e agora finalmente chega para PS4, com o título de “Rise of the Romb Raider – 20 Year Celebration”, que vamos analisar.

Rise of the Tomb Raider

Desta vez vemos uma Lara obcecada em descobrir uma cidade perdida que guarda os segredos para a vida eterna, mas que destruiu a vida de seu pai, que por esse mesmo motivo, acabou se distanciando de tudo e de todos. Para provar que seu pai estava certo, Lara não poupa esforços para desvendar os segredos que levarão para esse local.

Quando o jogo começa, percebemos todo o trabalho que foi feito pela produtora. As imagens são de tirar o fôlego e fazem pensar que não estamos jogando uma franquia qualquer. A neve, o gelo, a água, as rochas e principalmente os personagens, tudo com modelagens quase perfeitas e em muitos momentos do jogo, nos pegamos apreciando toda a beleza das paisagens.

Mas não se preocupe. O jogo é bonito desde que saiu. Não existem diferenças entre as versões que saíram no Xbox One e no PS4, não se preocupe.

Rise of the Tomb Raider

Depois que o jogo começa, percebemos que felizmente, deram um ar mais aventureiro e explorador para Lara. Isso dá o tom para o jogo, e ao meu ver, foi um passo muito importante para o sucesso. Diferente do game de 2013, o jogo não tem longas sessões de ação. Tudo está muito mais dosado, até mesmo o sofrimento da personagem, o que torna o primeiro jogo um pouco depressivo. Isso não acontece agora.

Essa mudança na forma de condução, faz com que a exploração de quebra-cabeças seja feita de maneira mais natural, fazendo parte mesmo do jogo e não apenas para ganhar um troféu ou fazer isso depois de fechado o game. Só para reforçar: longe de o jogo ser parado, ele apenas está mais dosado. E, pra mim, muio melhor.

A mecânica não mudou muito, apenas foi acrescentado algumas coisas que Lara não fazia em 2013 como escaladas e alguns novos truques com seu arco. Mas tudo muito intuitivo e fácil. Com poucos minutos de jogo, nos ambientamos perfeitamente aos controles. Tanto me habituei que alguns dias depois de começar a jogar, fui avisado pelo nosso editor Ricardo Calonga que ele achou o controle sensível demais. Dito e feito. Dias depois a Square lançou um patch para correção deste problema.

Rise of the Tomb Raider

Depois do reboot, Lara ficou bem mais frágil que nos primeiros jogos há 20 anos atrás. Isso nos força a progredir a personagem, que também evoluiu bem em relação ao jogo de 2013. Além de podermos evoluir as armas, o instinto de sobrevivência e o lado caçadora, agora teremos que se preocupar com o lado historiadora e a capacidade linguística de Lara para desbloquearmos o mapa e descobrirmos mais segredos do game. Para evolução, teremos que coletar itens como madeira, corda, penas, carne de animais, nada muito complexo, mas funciona bem.

Além de toda a história que por si só já é demais de interessante, temos outras atividades para que o game se torne ainda mais atraente como enfrentar as masmorras, ouvir todos os documentos secretos, achar os artefatos, as missões secundárias, as caixas fortes e outras coisas. Tudo bem feito e tenho certeza que vai entreter bem todos os tipos de jogadores.

Rise of the Tomb Raider

O sistema de mapa continua bem parecido. O jogo foi dividido em áreas e em cada uma foi estabelecido os famosos acampamentos, onde podemos fazer viagens rápidas.

Rise of the Tomb Raider

Várias coisas foram adicionadas nesta edição especial de 20 anos. Uma delas é o Laço de Sangue, uma campanha que pode até ser jogada com o Playstation VR. Nela somos obrigados a explorar a mansão e acharmos um documento, como se fosse um testamento para que Lara não perca a sua casa. Com um ritmo totalmente diferente do restante do game, mistura exploração com uma história emocionante, o que surpreendeu e é obrigatório.

Uma outras surpresa, foi que agora o modo exploração pode ser jogado em co-op, o que deu mais agilidade para esse modo.

Rise of the Tomb Raider

Já um conteúdo que chamo apenas de bacaninha é o modo Lara´s Nightmare que nada mais é que um modo horda, mas agora com zumbis. Será que tem que ter zumbis em tudo hoje em dia? É gostoso de jogar, mas poderiam ter feito algo mais diferente.

Se você comprou a versão de Xbox One ou PC, fica tranquilo. Você pode baixar todo o conteúdo adicional de “Rise of the Tomb Raider – 20 Year Celebration” totalmente de graça.

Mais uma vez Lara mostrou que é muito mais que apenas uma personagem feminina no mundo dos games e que já é um ícone. O reboot fez muito bem a série e com certeza esse jogo vale cada centavo gasto. Por isso, “Rise of the Tomb Raider – 20 Year Celebration” ganha nosso selo Platina, com méritos.

Confira nossa Live feita de “Rise of the Tomb Raider – 20 Year Celebration”:

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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