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Neo Cab – muito texto, pouco som | Análise

Por ser um jogo focado na narrativa vou tentar passar o mínimo de spoiler possível.

Analisado no PC


 
Neo Cab é um jogo de aventura com foco na narrativa, praticamente um “visual novel”, foi desenvolvido por Chance Agency, distribuído por Fellow Traveller será lançado hoje dia 03/10/2019 e terá versões para PC, Switch e iOS.

Nos dias atuais já falamos e começamos a desenvolver veículos autônomos, carros que andam do ponto A ao B sem a necessidade de um ser humano atrás do volante. A promessa é termos um transito mais eficiente, seguro e parece ser um caminho sem volta para o futuro. Mas atualmente pouco se fala sobre os potenciais milhões de motoristas que vão ficar sem emprego caso sejam substituídos por computadores.

Neo Cab aborda esse conflito entre humanos e maquinas, temos grandes corporações que visam a eficiência, o lucro e pouco se importam se um milhão ou dez ficarem desempregados.

A história nos apresenta a personagem Lina, uma motorista do aplicativo “Neo Cab” que estava tendo problemas financeiros assim como várias pessoas após perderem seus empregos para a inteligência artificial desenvolvida pela corporação Capra. Lina aceita o convite de sua melhor amiga Savy para serem colegas de quarto na cidade de Los Ojos. Após um breve encontro inicial, Savy combina de encontrar Lina após algumas horas, mas acaba desaparecendo e resta a Lina tentar encontrar sua melhor amiga em uma cidade desconhecida enquanto dirige para a Neo Cab.

Durante a jornada Lina ira se deparar com os mais diversos passageiros, temos desde bêbados, atores, ex presidiários, “punks” revoltados com o sistema, até analistas de estatística quântica. Cada personagem é único e tem sua própria história e opinião sobre os acontecimentos relacionados a “Capra”.

A jogabilidade é inteira em “point’n’click”, temos um sistema de humor e um sistema de “sobrevivência”. O sistema de humor é mostrado por um bracelete que fica no braço direito de Lina, dependendo de suas escolhas durante os diálogos o bracelete irá mudar de cor entre vermelho, azul, verde e amarelo (raiva/tristeza/calma/alegria). O humor de Lina ira bloquear e forçar certos diálogos, então pense bem na hora de fazer suas escolhas ou a conversa pode tomar um rumo não desejado.

O sistema de “sobrevivência” consiste em manter o nível de estrelas como motorista e conseguir dinheiro para recarregar as baterias do carro e para pagar o descanso que é necessário a cada 3 corridas. Alguns personagens só aceitam entrar no seu carro se seu nível de estrelas for 5 e caso seu nível fique abaixo de 4 estrelas você pode ser expulso do aplicativo e aí é game over.

Pense bem antes de decidir transgredir as leis de transito ou fazer um favor para algum passageiro, pois isso pode te fornecer um retorno positivo ou negativo mais à frente do jogo. As escolhas influenciam em reações e cenas futuras, podendo facilitar ou dificultar sua progressão.

Os gráficos do jogo são legais, a arte é interessante, temos uma abordagem futurística com muitas luzes e personagens que portam displays holográficos, braços mecânicos e até armaduras completas, todos bem desenhados. O som do jogo é um ponto negativo, não temos sons de efeito o que ofusca uma boa parte das reações dos personagens. Temos somente algumas músicas de fundo que após algum tempo se tornam repetitivas.

O jogo possui o idioma PT-BR, a tradução ficou OK, mas eu ainda preferi jogar em Inglês pois notei que alguns diálogos em português podem não fazer sentido e te levar a escolhas erradas.

Neo Cab é bom para se jogar sem pressa, temos uma boa narrativa com personagens interessantes e apesar da trilha sonora não ser boa, o jogo consegue te entreter do início ao fim. No momento que essa análise foi feita, não tínhamos o preço da versão para PC, mas a versão para Switch está sendo vendida por $19,99 USD ou na pré-venda por $17,99 USD.


 

Confira o gameplay do início de Neo Cab:

Neo Cab

8

Nota

8.0/10

Positivos

  • História
  • Arte
  • Temática

Negativos

  • Som

Jeferson Vasconcelos

PC Gamer desde os anos 90, entusiasta de VR que não consegue ficar sem jogar os velhos consoles. Aguardando há anos pelo próximo Lineage
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