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Espire 1: VR Operative – Até que enfim um jogo “furtivo” para VR | Análise

Você já pensou como seria vivenciar um dia na pele de Snake ou Sam Fisher, confira na nossa análise.

Analisado no PC com Windows Mixed Reality


Espire 1: VR Operative é um jogo furtivo de ação exclusivo para VR, foi desenvolvido pela Digital Lode e distribuído pela Tripwire Interactive, foi lançado dia 22/11/2019 e está disponível para PC e PSVR.

Metal Gear e Splinter Cell são jogos que te colocam na pele de espiões e te forçam a usar o modo furtivo para cumprir os objetivos. Nocautear inimigos, evitar luzes e radares, tudo isso sem fazer barulho ou chamar a atenção, esses são requisitos essenciais para a progressão. Apesar desses jogos serem excelentes, a nossa imersão é limitada pela a grande tela plana dos monitores e televisores.

Espire 1 traz toda essa abordagem furtiva, utilizando-se do ambiente VR para uma total imersão. Você já pensou como seria vivenciar um dia na pele de Snake ou Sam Fisher, continue lendo e descubra como o jogo aplicou esses elementos.

Começando pelos controles que são excelentes e não precisei configurar nada. A movimentação é direta pelos analógicos e temos várias opções de configuração, incluindo uma aba para conforto. Começamos calibrando a altura do jogador, temos modos para virar com vários níveis de snap turn ou smooth turn, podemos escolher várias opções no modo conforto que podem ajudar quem sofre de motion sickness (enjoo) e finalizamos já no tutorial do jogo com opções de calibragem para o cinto e coldre do personagem.

Sem spoilers, a história do jogo é simples e basicamente nos coloca como um operador de “drones” que assume o controle de um robô (Espire) e deve cumprir objetivos dentro de uma instalação fechada, a abordagem pode ser furtiva ou não e fica a sua escolha.

A jogabilidade é boa, temos câmeras nas mãos do robô que nos permitem expandir o campo de visão sem comprometer o modo furtivo, podemos arrastar e esconder o corpo dos inimigos abatidos, escalar várias partes do cenário, abrir portas e dutos de ar. Som é algo extremamente importante, fazer o mínimo de barulho é interessante para a abordagem furtiva, então você pode, por exemplo, arremessar itens e até o carregador de sua arma para atrair os inimigos e liberar o caminho, temos um sistema de voz onde podemos utilizar o microfone para pequenos comandos, como chamar a atenção de algum inimigo ou surpreende-lo, porém esse sistema é falho e apesar de ser uma ideia legal é dispensável.

Durante as missões teremos armas com e sem silenciador, temos um “bullet time“ quando somos detectados que nos permite, atacar os inimigos roubando suas armas ou somente meter bala neles e se você estiver sem munição, não se preocupe pois podemos fechar os punhos do robô e sair no soco contra os soldados.

Olha a experiência de Espire 1 é boa mas temos alguns problemas. A AI é meio fraca e pode deixar a desejar fazendo com que o modo furtivo seja opcional, pois você não irá encontrar dificuldade se for no modo tiro porrada e bomba. Existem alguns bugs no jogo, como alguns inimigos que podem te ver atrás de paredes e outros que te detectam facilmente mesmo quanto você está “escondido”.

Espire 1: VR Operative teve um desenvolvimento um pouco conturbado, o jogo foi adiado algumas vezes e faltou comunicação por parte dos desenvolvedores. O produto final é ok e consegue ser uma boa experiência furtiva para VR, não espere algo ao nível das grandes produções pois o jogo possui alguns problemas e pode não agradar aos jogadores mais exigente, mas acaba sendo uma boa opção especialmente se adquirido em promoção.

Espire 1: VR Operative

7.5

Nota

7.5/10

Positivos

  • Gráficos
  • Som
  • Controles

Negativos

  • Bugs
  • Falta polimento

Jeferson Vasconcelos

PC Gamer desde os anos 90, entusiasta de VR que não consegue ficar sem jogar os velhos consoles. Aguardando há anos pelo próximo Lineage
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