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Blair Witch – Um jogo muito competente | Análise

Pode jogar sem medo...ou melhor, com muito medo.

Analisado no Xbox One X


Blair Witch chegou esta semana ao Playstation 4, sendo que antes já estava disponível para Xbox One e PC.

Para quem não se lembra, o game foi anunciado durante a E3 deste ano e foi produzido pela Blooper Team, a mesma que trouxe Layers of Fear.

Como já deu pra perceber, o game segue no Universo dos filmes a Bruxa de Blair, filme de 1999. Mas fique tranquilo, a história é totalmente original e pensada para o jogo.

Estamos na pele de de Ellis, um investigador que recebe difícil tarefa de tentar encontrar uma criança desaparecida em uma floresta. Isso tudo se passa em 1996, alguns anos antes dos acontecimentos do primeiro filme.

Nesta investigação não estaremos sozinhos. Teremos a companhia de Bullet, um simpático cão que nos ajudará em diversas ocasiões no jogo. Digo isso porque ao entrarmos na floresta, Ellis começa a ter flashbacks de seu passado e isso fica cada vez mais perturbador até ao ponto de não sabermos mais o que é sonho do que é realidade.

Se você é um daqueles que gostam de muito suspense e sustos, pode jogar sem medo. A adaptação de uma floresta assustadora foi muito boa. A sensação de solidão é imensa ao percebermos em muitos momentos que estamos completamente sozinhos, apenas com a presença de Bullet. Além disso, temos que sempre procurarmos um caminho em um ambiente muito escuro para tentarmos achar o caminho correto para prosseguirmos no game.

Ellie tem a sua disposição alguns itens como um celular, walkie talkie, uma lanterna e uma câmera de vídeo. Vou comentar sobre os 2 últimos itens. A lanterna é fundamental para nos guiarmos, principalmente pois todos os ambientes são muito escuros e ainda por cima, em algumas poucas vezes, ela serve como uma arma contra os monstros que nos persegue. Mas é a câmera que tem um papel fundamental. Será com ela que vamos resolver os puzzles que o jogo tem. Para isso teremos algumas mecênicas muito interessantes como voltar uma fita, encontrar um frame certo para que o presente possa ser alterado e para continuarmos nossa caminhada.

A história vai se desenrolando através do tempo, mas que acaba se perdendo um pouco e em certos pontos ficando bem confuso. No decorrer de cerca de 6 horas, que é a duração do jogo, percebemos que o grande erro foi no personagem Ellie que não passa nenhum tipo de emoção e acaba frustando um pouco mais a narrativa do jogo. A sorte é que o carisma de Bullet ajuda, e muito, a manter a vontade de continuar.

Como disse antes, a floresta foi bem feita, mas tem certos problemas, como por exemplo não nos deixar chegar em um lugar específico, com aquelas “barreiras invisíveis” que deixam a gente muito bravo. Outro detalhe é que facilmente ficamos perdidos e olha, nem sempre é fácil interpretar os sinais que mostram realmente qual o caminho correto a seguir.

O jogo tem gráficos razoáveis, como deveria ser dado ao orçamento que provavelmente o game teve, mas foi muito competente nesse quesito. O mesmo podemos falar do som, apenas ok.

Mas temos que dar os parabéns a Blooper Team que fez de Blair Witch um jogo muito competente para esse nicho de jogos de terror/suspense. Apesar de alguns erros técnicos e de ser curto, o game consegue agradar facilmente aos fãs do gênero.

Confira nossa live de Blair Witch:

 

Blair Witch

8

Nota

8.0/10

Positivos

  • Boa ambientação
  • Enredo interessante
  • Muitos momentos de suspense
  • O cão Bullet
  • Boas mecânicas

Negativos

  • Personagem Ellie inespressivo
  • História confusa
  • Falta de inimigos
  • Problemas técnicos

Marcelo Rodrigues

Old Gamer, se aventurando no ramo dos video-games deste o Atari. Já foi só do lado "Azul" da Força, mas hoje distribui sua atenção para todas as plataformas. Apesar de jogar todos os estilos, Adventures e Plataformas ainda tem um lugar especial em seu coraçãozinho.
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