Analisado no PC
Rogue Heroes: Ruins of Tasos é um jogo de ação e aventura com elementos rogue like e RPG, desenvolvido pela Heliocentric Studios e distribuído pela Team17 Digital. Foi lançado em 23/02/2021 e está disponível para PC e Switch.
Nos últimos anos a Team17 vem sendo responsável por publicar vários sucessos dentre eles temos títulos co-op como Overcooked, Overcooked 2, Moving Out, Golf With Your Friends e títulos rogue como Neon Abyss e Crown Trick. Rogue Heroes combina co-op com elementos rogue e RPG, em uma aventura que parece uma mistura dos Zeldas clássicos com Goof Troop do SNES.
Um botão para ataque, outro para defesa, um para habilidade especial e outro para itens, a movimentação, os comandos e vários elementos do mapa certamente foram inspirados nos primeiros Zeldas. Explorando a primeira masmorra você irá enfrentar inimigos, resolver pequenos puzzles, arrastar blocos e arremessar jarros, temos até uma versão de um gancho de arremesso, qualquer semelhança com Goof Troop é mera coincidência.
As semelhanças param por ai, pois após a primeira morte você é apresentado ao sistema rogue e sendo bem sincero o começo é bastante cansativo. Basicamente o início se resume a entrar na dungeon, avançar, morrer, renascer e gastar as gemas adquiridas em pequenas melhorias para o personagem ou construindo a cidade. As melhorias são pequenas e sempre aumentam de preço, mas não tem jeito, sem elas o progresso é quase impossível.
Tecnicamente toda vez em que morrer, gastar suas gemas e voltar para a masmorra, você terá o potencial de avançar um pouco mais, até chegar em um ponto onde um ou dois ataques serão o suficiente para te matar. O progresso inicial é lento e tudo fica bastante repetitivo, na minha opinião os sistemas rogue tiram um pouco do brilho do jogo, mas não desanime, assim que conseguir concluir a primeira masmorra, você ira liberar o herói cavaleiro, aí a dificuldade cai bastante.
Existem várias classes para se escolher, todas elas têm pontos de ataque, defesa e agilidade diferentes, bem como habilidades, indo desde a investida, invisibilidade, teleporte, esquiva, entre outros. Inicialmente temos somente o herói disponível, todas as outras classes devem ser liberadas, seja por alguma missão ou objetivo, contudo falta balanceamento entre elas.
Olha o início foi sofrível, todas as classes que tinha liberado eram fracas e o jogo começou a ficar repetitivo e sem graça, até o momento em que terminei a primeira masmorra e liberei o cavaleiro. O cavaleiro tem pontos de ataque e defesa altos, com mobilidade baixa, só que quem vai correr quando se pode passar por cima de tudo que está na sua frente. Como disse, falta balanceamento, a dificuldade caiu bastante com essa nova classe, porem o jogo foi ficando um pouco sem graça, você possui todo um arsenal de classes disponível, mas não tem incentivo para usá-las.
Graficamente Rogue Heroes é bonitinho, porem falta consistência em alguns lugares. Tudo é feito em pixel art e muita coisa é bem detalhada, seja os efeitos das sombras ou o movimento das árvores ao vento, temos vários detalhes espalhados pelas construções, monstros e personagens. Tudo é bem feito no mapa inicial, entretanto ao conseguir avançar para outras partes do mapa, fica nítido que a qualidade da arte cai um pouco, não é nada que incomode, mas é perceptível.
Jogar sozinho é bom, mas com amigos é melhor ainda. Além do modo single player, o jogo possui suporte para até quatro jogadores, nos modos local, online ou via remote play. Testamos todos os modos de jogo, e o melhor modo cooperativo sem dúvidas é via Steam Remote Play, onde é necessário somente uma cópia do jogo e não tivemos nenhum problema de conexão. O modo online já é uma experiência intermediaria, além de problemas de sincronia entre os jogadores e de conexão serem comuns, se um jogador pausar o jogo dele, ele irá pausar o de todos, definitivamente só jogue co-op com amigos ou é quase certeza que você irá passar raiva.
Rogue Heroes: Ruins of Tasos é um jogo divertido para se jogar com amigos e enjoativo e repetitivo se jogado solo. Definitivamente este seria um título bem melhor sem os elementos rogue, o jogo seria mais interessante se os upgrades fossem adquiridos através de exploração ou missões e não em um loop de vida e morte. O preço cobrado é um pouco salgado pelo que o jogo entrega, portanto eu o recomendo somente em promoção e se for jogar com amigos.