Analisado no PC usando Windows Mixed Reality
Eternal Starlight é um RTS com temática espacial, desenvolvido e distribuído pela White Noise Games e lançado para PC VR e Oculus Quest em 17/06/2021.
De pouco em pouco os jogos de RTS vão chegando à realidade virtual, Eternal Starlight VR é um destes que chega para somar, trazendo uma jogabilidade e história simples que te prendem em seus vários inícios, meios, fins e recomeços.
A história é bem clichê, neste universo a Terra não consegue mais suportar vida e os humanos partiram para as estrelas para procurar um novo lar. O sistema escolhido foi o de Proxima, só que quando chegaram lá os humanos descobriram que não estávamos sozinhos no universo. O sistema de Proxima é habitado e cobiçado por raças alienígenas, algumas amigáveis e outras hostis, cabe a humanidade agora fazer alianças e defender Proxima das ameaças.
Com esse background em mente, o jogo se resume basicamente a “rápidas” batalhas para defender o sistema. De sete em sete dias o sistema será atacado e o jogador precisa utilizar o tempo entre os ataques para se preparar, fazendo missões para conseguir recursos, construir alianças e aumentar a sua frota. Cada missão conta como um dia e no final do prazo o ataque irá acontecer mesmo se você não estiver pronto, é possível falhar missões, porém tenha em mente que a morte é permanente e caso você morra terá de começar tudo novamente do zero.
A jogabilidade é interessante, a realidade virtual possibilita que o jogador esteja dentro do campo de batalha e é isso que ocorre aqui. Jogamos soltos dentro do espaço como “deuses”, nos movimentamos agarrando e puxando o espaço, é possível diminuir a velocidade do tempo para modificar as táticas, além de podermos aumentar ou diminuir o zoom, o que muda completamente a perspectiva dos combates.
O controle das naves e táticas é feito da forma “point’n’click”, que aqui pode ser traduzido como “agarre e solte”. Basicamente tudo é feito desta forma, você seleciona a unidade e escolhe uma ação, “agarra e solta” onde você quiser, seja para movimentar, criar uma formação ou utilizar alguma arma ou dispositivo. Os controles são fáceis e confortáveis de se utilizar, é possível jogar em pé ou sentado sem problemas e basta pouco tempo de jogo para entender como tudo funciona.
Apesar de ser um RTS, as táticas e estratégias aqui não são absurdamente complexas. Como todo bom RTS as naves (unidades) podem possuir fraquezas e defesas, que podem ser descobertas ao fazer um scan da unidade, aí é só planejar qual arma utilizar ou de qual ângulo atacar. Não espere entender e decorar todas as mecânicas de primeira, mas bastam algumas partidas para se pegar o jeito.
Os gráficos são OK e atendem a proposta do jogo. Não espere por alta definição ou modelos complexos, todos os elementos são um pouco cartunizados, as naves são simples e parecem brinquedos, existem poucas estrelas no plano de fundo, com várias partes do campo de batalha preenchidos por uma nuvem. A impressão é que os gráficos foram simplificados com a intenção de atender o hardware mais básico encontrado nos Oculus Quest 1 e 2.
A trilha sonora também não é lá essas coisas, vários efeitos são genéricos e a música de fundo é bem simples. Como disse mais acima, não espere por muito, gráficos e sons não são o forte de Eternal Starlight VR, mas a jogabilidade é boa e o jogo diverte.
No final Eternal Starlight VR é um RTS simples e divertido que vai te render boas horas de jogatina. O preço cobrado é bem camarada e este é um título que posso indicar para todos que possuem um headset de realidade virtual e que queiram jogar um RTS em VR sem precisar se preocupar com muito gerenciamento.