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Crumbling – Fez o dever de casa antes de descer para o play | Análise

Analisado no PC VR/Quest 2


Crumbling é um jogo de aventura hack’n slash roguelike, desenvolvido e distribuído pela Crumbling Games. O título está com data de lançamento prevista para 18/01/2024 nas plataformas Meta Quest e PC VR, com uma possível versão para PICO que deve chegar mais tarde.

Fazendo um excelente uso dos recursos da realidade virtual e trazendo uma boa acessibilidade, Crumbling traz uma experiência simples e divertida que mexe um pouco no fator nostalgia dos jogadores mais velhos.

Crumbling - VR

Como um desenho animado misturado com um quadrinho, Crumbling tem uma história contada através de um narrador e separada através de quadrinhos que vão sendo preenchidos conforme recuperamos as páginas escondidas pelos níveis. A trama se passa dentro da Crumbles Crafts and Comics, uma pequena loja de brinquedos artesanais criados pelo Sr. e Sra. Crumble que começou a fazer sucesso pois além de únicos, seus brinquedos também tinham um toque especial de mágica. Infelizmente o sucesso durou pouco, pois a popularidade dos brinquedos fez o lucro de uma corporação rival cair e como retaliação, a malvada Böse Corp destruiu a loja dos artesãos e roubou a mágica para dar vida aos seus brinquedos monstruosos. Com esse contexto, nós embarcamos em uma jornada como um cliente que vai tentar parar a corporação e recuperar a mágica para os artesãos, isso tudo em uma jogatina que faz um bom uso dos recursos da realidade virtual e do gênero rogue.

A jogabilidade traz um sistema inspirado na experiência de brincar com bonecos de ação e aqui tudo começa com o jogador escolhendo e arrancando o boneco da embalagem plástica. Inicialmente temos só um personagem, mas com o tempo é possível liberar outros dois e todos funcionam de forma única com ataques e habilidades exclusivas de cada um. Toda a experiência é baseada no gênero roguelike e com o boneco em uma das mãos, nós iremos nos aventurar por belos dioramas, enfrentando os brinquedos monstruosos para coletar recursos e progredir para o próximo cenário, repetindo essa dinâmica até chegarmos ao chefe.

O jogo conta com uma dificuldade progressiva e conforme avançamos teremos de lidar com novos inimigos que aparecem em maior quantidade, com alguns níveis tendo o potencial para se tornarem um pouco caóticos, mas nem tudo é só combate e para dar uma quebrada de ritmo o jogo introduz alguns minigames entre uma sequência e outra de mapas. Por causa do gênero, após cada tentativa tecnicamente sempre voltaremos mais fortes, pois é possível utilizar os recursos para liberar melhorias fixas para o personagem, após terminar cada confronto também é possível escolher uma melhoria temporária que só vale para aquela tentativa e pense bem pois algumas combinações facilitam bastante o combate.

Crumbling

Como dito mais acima, o jogo faz um bom uso dos recursos da realidade virtual, sendo esta uma experiência bastante acessível. Os controles aqui são simples, temos um botão para atacar, um para especial, outro para esquiva e um para controle de mapa, tecnicamente só precisamos de uma mão para jogar controlando o personagem, a outra fica livre para rotacionar e elevar o mapa durante a jogatina, algo que dependendo do zoom pode facilitar no combate, mas não é necessário. O jogo é bastante acessível e além da jogabilidade simples temos recursos de localização com legendas para vários idiomas incluindo o PT e também uma ferramenta de ampliação de cenário que dá ao jogador a possibilidade de adaptar o tamanho do cenário para o seu melhor conforto.

A apresentação visual é simples de uma forma que acompanha e complementa a proposta, com tudo sendo baseado em uma arte cartunesca. A qualidade gráfica é boa mas é perceptível uma certa variação de qualidade entre os modelos, temos uma loja bem feita e belíssimos dioramas, mas os modelos de personagem possuem uma certa inconsistência, com alguns bem feitos e outros com poucos detalhes. Não se preocupe pois, embora exista essa variação, ela não é nada que vá estragar a jogatina, até porque estamos falando de uma experiência inspirada em brincar com bonecos de ação e tanto no PC quanto no Quest temos uma qualidade visual muito boa.

Testamos as versões de PC e Meta Quest e em ambas as plataformas a performance foi satisfatória, sendo que no PC tudo rodou sem problemas e no Quest 2 o jogo apresentou pequenos slowdowns em situações específicas, onde geralmente tínhamos vários inimigos e projéteis na tela. Não encontramos nenhum bug que afetasse a jogatina durante nossos testes e o único incômodo foi o fato de ser necessário centralizar o campo de combate diorama toda vez que avançamos para o próximo nível. Lembrando que jogamos uma versão pré lançamento e o jogo pode receber atualizações com correções e melhorias.

No final, Crumbling é mais um título que fez o dever de casa, o jogo utiliza muito bem os recursos da realidade virtual de forma a criar uma experiência divertida e acessível para todos. O jogo é divertido e com certeza vale a pena jogá-lo, porém ainda não temos um preço definido e por conta da plataforma Meta ter uma loja que cobra exclusivamente em dólares americanos é preferível optar pela versão de PC VR na Steam.

Confira no vídeo abaixo as primeiras impressões de Crumbling:

Crumbling

8.5

Nota

8.5/10

Positivos

  • Divertido
  • Boa Acessibilidade
  • Temática
  • Controles

Negativos

  • Precisa reposicionar a câmera em todo nível
  • Alguns slowdowns no Quest

Jeferson Vasconcelos

PC Gamer desde os anos 90, entusiasta de VR que não consegue ficar sem jogar os velhos consoles. Aguardando há anos pelo próximo Lineage
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