Elden Ring: Nightreign – Uma nova experiência Souls que ainda precisa de ajustes | Impressões do Beta

Jogo testado no PS5

No último dia 14 de fevereiro a FromSoftware liberou, através de um Beta fechado, a primeira amostra de Elden Ring Nightreign, onde, em horários agendados, durante quatro dias, parte dos jogadores fãs do game poderiam experienciar pela primeira vez essa proposta inusitada da empresa japonesa.

A proposta de Elden Ring: Nightreign, como amplamente divulgado, é levar três jogadores a um vasto mapa repleto de desafios, onde devem enfrentar inimigos, coletar almas e fortalecer seus personagens. Ao final do dia, quando o círculo de chamas se fecha, os players encaram um chefe principal em busca de recompensas valiosas. Esse ciclo se repete por mais duas noites, encerrando o ciclo com uma batalha épica contra os mais lendários inimigos vistos nos jogos da FromSoftware.

Desde sua revelação, Elden Ring: Nightreign despertou tanto curiosidade quanto preocupação entre os fãs da saga, devido à sua proposta ousada e singular. No entanto, após quatro dias de Beta, ficou evidente que o jogo tem uma identidade bem definida: uma experiência focada na diversão, na exploração e em uma gameplay envolvente. A intenção é trazer à fanbase dos jogos Souls uma nova abordagem multiplayer, repleta de inovações, mas que ainda apresenta algumas falhas ao longo do caminho.

Com o Beta finalizado, já podemos ter uma noção do que Elden Ring: Nightreign realmente é e se representa uma aposta bem-sucedida da FromSoftware para consolidar sua presença no mercado multiplayer. Resta saber se o jogo será uma adição inovadora e bem-vinda ao legado do estúdio ou apenas mais um título que prioriza práticas questionáveis em prol do lucro, em detrimento da experiência dos jogadores.

Elden Ring: Nightreig é praticamente uma cópia de Elden Ring em relação a sua jogabilidade, com reciclagem de armas, armaduras, inimigos e mapas do jogo original, sendo incrementada com alguns aspectos de gameplay de outros jogos da empresa, como o pulo duplo em superfícies, visto em Sekiro.

Essa grande mistura é satisfatória em seu macro, esbanjando os melhores pontos dos jogos da From, com uma jogabilidade fluida e extremamente agradável. Porém peca em seu micro, não trazendo novidades notáveis, ao menos no que nos foi disponibilizado no Beta.

As novidades ficaram por conta de algumas armas e habilidades únicas de personagens, como o gancho retrátil de um dos personagens disponíveis que foram disponibilizados nesta versão do game. É esperado que diversas outras novidades sejam apresentadas junto com o lançamento do jogo. Porém, pelo que foi apresentado nesta versão, o conteúdo extra deixa a desejar.

Além disso, a estrutura cíclica das noites de batalha pode ser um ponto de divisão entre os jogadores. Para alguns, a progressão dinâmica e a crescente dificuldade proporcionam um loop viciante e recompensador, semelhante à adrenalina de um roguelike. No entanto, a repetitividade e a limitação de tempo podem decepcionar aqueles players que gostam da exploração e um estilo mais livre de aventura, marca registrada dos títulos anteriores da FromSoftware.

Vale ressaltar também que durante a Beta, diversos jogadores tiveram sua experiência multiplayer recheada de problemas técnicos, como matchmaking inconsistente e conexões instáveis, que comprometeram a experiência de parte das partidas.

No geral, Elden Ring: Nightreign se apresenta como uma experiência curiosa e ambiciosa, que tenta reinventar a fórmula Souls com uma abordagem voltada ao multiplayer cooperativo. O Beta serviu como um indicativo das suas forças e fraquezas, deixando claro que o jogo tem potencial, mas ainda precisa de ajustes para conquistar de vez o público. Resta aguardar para ver se a FromSoftware conseguirá polir os aspectos mais criticados e entregar um jogo que esteja à altura do legado de Elden Ring.